Militares desfilam quarta-feira, em Lisboa, em protesto contra a indefinição de carreiras, protecção social e assistência na saúde, noticia a agência Lusa.
O protesto, que se inicia às 18:30 com uma concentração no Largo de Camões e prossegue uma hora depois com um desfile até à Assembleia da República, é organizado pela Comissão de Militares, Associação Nacional de Sargentos e Associação de Praças da Armada.
Justificando a iniciativa, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, sustentou à Agência Lusa que «há problemas que continuam a afectar a família militar, e até se agravaram», e para os quais o Governo não mostrou o «mínimo interesse» em «discutir soluções».
Atrasos nas comparticipações médicas para tratamentos crónicos e «indefinição» quanto à renegociação de protocolos com unidades de cuidados de saúde, dos «mecanismos de protecção social» e da revisão de carreiras são alguns dos «problemas» apontados.
Lima Coelho lembrou que continua por elaborar o anteprojecto de revisão de carreiras, suplementos e remunerações, não obstante um despacho de Março ter nomeado uma equipa e dado um prazo de dois meses, que terminou em Maio, para que o documento fosse feito.
«Há sargentos que estão no mesmo posto há 16 anos sem perspectivas de carreira», alegou o mesmo dirigente, indicando casos de outros militares que, pelas mesmas razões, se arriscam à «reserva compulsiva».
O presidente da Associação Nacional de Sargentos recordou ainda a «dívida do Estado à família militar», que ronda mais de mil milhões de euros do Fundo de Pensões e do Complemento de Reforma, e para a qual os sargentos das Forças Armadas sugeriram recentemente que o Governo pagasse em títulos.
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