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terça-feira, 3 de junho de 2008

Marisa Serrano diz sentir-se derrotada com a conclusão da CPI dos Cartões Corporativos

MARINA NOVAES
Colaboração para a Folha Online

A presidente da CPI dos Cartões Corporativos, Marisa Serrano (PSDB-MS), lamentou nesta segunda-feira (2) as conclusões da CPI, que deve ter relatório do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) aprovado nesta terça-feira (3), sem o indiciamento de autoridades e ministros envolvidos. "Para mim é uma derrota. Não vejo como não indiciar a Dilma [Rousseff, Casa Civil], por exemplo", afirmou a senadora.

Marisa participava do evento em homenagem ao ex-ministro Sérgio Motta (Comunicações) em São Paulo, que reuniu políticos tucanos, como o governador José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin, além do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

"Ela [Dilma] disse no senado que não havia dossiê. E o José Aparecido [Nunes Pires, ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil], que fez questão de dizer que era petista e que os amigos dele eram todos do PT, disse que o dossiê existiu. Então se o dossiê existiu, era impossível que a Dilma não fosse indiciada, que a Erenice [Guerra, secretária executiva do órgão] não fosse indicada", disse.

Para a senadora, desde o início houve dificuldade em realizar as investigações, já que todo o material requisitado era entregue pelo governo. "E o governo não iria entregar um material que o incriminasse", afirmou.

A senadora classificou como "frustrantes" as conclusões do relatório, mas acredita que as investigações tenham "dado resultado", já que teriam "moralizado" o uso dos cartões corporativos. Para ela, no entanto, a minoria da oposição foi decisiva para que a CPI terminasse sem indiciados. "Faltou a oposição ser maioria ou, pelo menos, equilibrar a disputa. E faltou que os governistas tivessem ido à CPI com o intuito de fazer um serviço sério e de realmente investigar e de moralizar este país".

Homenagem

Entre os tucanos presentes na homenagem à Sérgio Motta, estava o presidente nacional do partido, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), que comentou a disputa eleitoral à prefeitura de São Paulo.

"O melhor que podia haver era um acordo [entre o PSDB e o DEM] desde o início. Eu trabalhei o tempo todo e trabalharei enquanto for possível para que ela se dê. Mas na falta desse acordo, vamos ter dois candidatos democráticos que vão disputar o primeiro turno e se apoiar no segundo", disse.

Já o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou a possibilidade de manter a aliança com o DEM no primeiro turno. Porém, acenou com possibilidade de nova união com o democratas no segundo turno.

Ao contrário de Guerra e Alckmin, Kassab e Serra evitaram falar sobre as eleições na noite desta segunda-feira, e mantiveram o clima de cordialidade durante o evento. Kassab, Alckmin e Serra cumprimentaram-se sorridentes e dividiram o palanque do Jockey Club de São Paulo durante cerimonial.

A opção do PSDB pela candidatura própria rachou o partido na capital. Enquanto a executiva municipal do partido banca a eleição de Alckmin, 11 dos 12 vereadores da sigla na Câmara Municipal defendem a reeleição de Kassab, seguindo a orientação de alguns caciques do PSDB no Estado --como o governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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