Presidente da Câmara afirma que só acordo pode tirar proposta da pauta.
Novo tributo pode dar R$ 10 bilhões extras ao governo, para aplicação na saúde.
A Câmara dos Deputados pode criar nesta terça-feira (3) a Contribuição Social para a Saúde (CSS), tributo que substituiria a CPMF, extinta em dezembro pelo Senado. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nessa segunda (2) que o tema só não irá a votação caso haja acordo de lideranças.
A proposta é que o novo tributo tenha alíquota de 0,1% sobre movimentações financeiras, o que geraria uma arrecadação extra de R$ 10 bilhões ao ano para o governo. Os recursos seriam usados exclusivamente para o financiamento da saúde. Estariam isentos da cobrança pessoas com rendimento de até R$ 3.038, teto dos benefícios da Previdência Social.
A CSS deve ser votada junto com a regulamentação da Emenda 29, que define percentuais mínimos de investimento na área da saúde para os governos federal, estadual e municipal.
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A votação da CSS foi adiada na semana passada, depois de uma manobra da oposição para obstruir a sessão em que o governo pretendia aprovar o novo tributo. A oposição adiou ao máximo a votação de uma medida provisória que trancava a pauta para esvaziar o plenário.
Caso a proposta seja levada a plenário, é esperada uma sessão longa. Chinaglia prevê que a votação poderá entrar madrugada adentro. “Se preciso for, ficaremos trabalhando até de madrugada”, disse na segunda-feira.
A proposta de criação da CSS é defendida pelo governo, apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter anunciado que não haveria a "recriação da CPMF".
O ministro José Temporão (Saúde) é um dos maiores defensores da proposta. Para ele, o novo tributo pode dar uma fonte segura de recursos para a saúde.
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