29 de dezembro de 2009 (Bibliomed). Crianças que são expostas regularmente à fumaça do cigarro correm mais riscos de desenvolverem enfisema pulmonar precoce na idade adulta, segundo estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, os pulmões não se recuperam completamente dos efeitos da exposição ao cigarro no início da vida.
Os especialistas avaliaram a tomografia computadorizada de 1.781 não- fumantes sem doença cardiovascular recrutados de seis comunidades nos Estados Unidos. E, segundo a pesquisadora Gina Lovasi, aproximadamente metade deles relatou ter pelo menos um fumante regular em seu domicílio durante a infância.
Os resultados das análises mostraram que aqueles expostos à fumaça do cigarro na infância apresentavam alterações pulmonares que poderiam evoluir para um enfisema mais tarde. "Conseguimos detectar uma diferença no CT scan (tomografia) entre os pulmões de participantes que viviam com um fumante quando crianças e daqueles que não", destacou a pesquisadora. "Alguns efeitos prejudiciais conhecidos do tabagismo são de curto prazo, e esta nova pesquisa sugere que os efeitos do tabagismo sobre os pulmões podem também persistir por décadas", acrescentou.
Publicados no American Journal of Epidemiology, os resultados indicam ainda uma associação entre o tabagismo passivo e o enfisema precoce entre pessoas cujas mães nunca fumaram, o que sugere que o efeito apontado no estudo se refere à exposição ambiental em casa durante a infância, e não a exposição ao cigarro durante a gestação.
Fonte: American Journal of Epidemiology.Sphere: Related Content