Família materna passou o dia fazendo malas, negociando transição e resolvendo viagem da avó; pai não falou
Fabiana Cimieri e Luciana Nunes Leal
.Família brasileira desiste de brigar para ficar com Sean
"Ele (S.) está muito triste, não queria ir. O (presidente do STF) Gilmar Mendes cassou um direito dele de se expressar, um direito de ele abrir a boca e dizer que não queria ir." Segundo ela, a família tentou negociar com Goldman uma transição que fosse menos traumática ao menino. Uma das propostas era a de que a entrega da criança não fosse feita no Consulado dos Estados Unidos no Rio, conforme determina a decisão do TRF, mas o acordo não foi adiante. "Isso vai ser um trauma na vida desse menino. A criança não é um pacote que você despacha de um país para o outro", declarou a avó.
Um dos tios, Artur Guimarães, disse que Silvana precisou de cuidados médicos após falar com a imprensa, mas, ainda assim, estava decidida a embarcar para os Estados Unidos no mesmo dia que o menino. "O advogado (Sergio Tostes) vai deixar de passar o Natal com a família para acompanhá-la."
Os advogados de ambas as partes passaram a tarde reunidos para negociar como seria feita a transição. No encontro, foram conversados detalhes da rotina de S., como os hábitos alimentares, os remédios que pode tomar e os horários que está acostumado a cumprir.
De acordo com Guimarães, S. estava triste, mas vinha acompanhando toda a longa batalha judicial. "Ele é muito maduro, já está apresentado ao mundo cão. (A mãe de S., Bruna, morreu no parto em julho de 2008, reabrindo a disputa pela guarda do menino). Ele participa de todas as reuniões com os advogados, pergunta o que pode ser feito, mas, nesse momento, estamos com as armas 100% recolhidas. Tentamos tudo porque acreditamos que o melhor para ele seria ficar no Brasil. Perdemos, mas nunca vamos abandoná-lo."
O tio descartou qualquer acordo com o pai biológico para que S. passe o Natal com a família brasileira. "Mandamos uma carta, mas ele não se sensibilizou. (Goldman) É judeu e essa data não tem para ele a importância que tem para nós." S. passou as últimas horas com a família brasileira no apartamento onde morava com a avó, Silvana, seu marido, Raimundo Ribeiro, o padrasto João Paulo Lins e Silva, os tios Lucca e Guimarães. Segundo este, a família não antecipará o Natal para que o menino possa participar. "Estamos muito tristes, seria um contrassenso fazer festa."
O PAI
Goldman mantém-se "recluso"( com sempre estve na vida de SEAN ) no hotel em Copacabana. Seus advogados também não deram entrevista. O Consulado dos EUA no Rio deixou dois carros à disposição, mas os veículos não foram usados ontem. O Consulado divulgou nota expressando "satisfação com o fato de que S. finalmente se unirá com seu pai".
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