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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Estou chocada, triste, decepcionada e envergonhada, diz avó de Sean Goldman



Sean deve ser entregue ao pai hoje de manhã; consulado dos EUA monta esquema de segurança

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

A família brasileira do menino Sean Goldman, 9 --pivô de uma disputa diplomática entre Brasil e Estados Unidos-- tem até as 9h de hoje --véspera de Natal-- para entregar a criança ao pai, o americano David Goldman. A entrega ocorrerá na sede do Consulado dos Estados Unidos no Rio e, para evitar tumultos, o órgão já isolou a área e preparou um esquema de segurança especial. O pai do garoto chegou ao local por volta das 7h30.

Avó de Sean diz que pretende viajar aos EUA com o neto
Família de Sean negocia transição "menos traumática"
Cai represália contra Brasil nos EUA após decisão sobre Sean
STF determina entrega imediata de Sean ao pai americano

15.mar.2009/Reuters
Em março, manifestação pediu a permanência de Sean no Brasil, onde criança mora; pai americano diz que ele foi sequestrado
Em março, manifestação pediu a permanência de Sean no Brasil, onde criança mora; pai americano diz que ele foi sequestrado

A entrega ocorre após decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, que decidiu cassar a liminar que permitia a permanência da criança no Brasil.

O advogado Sergio Tostes, que representa a família brasileira, afirmou que não recorreria da decisão, mas que tentaria um acordo para uma transição "menos traumática" para o menino.

A avó materna, Silvana Bianchi, disse ontem que estava disposta a ir com o neto para os Estados Unidos no mesmo voo, mas ainda não tinha conseguido comprar a passagem. Ela afirma que Sean está abalado, não quer viajar, e que recebe cuidados médicos.

Nascido nos EUA, Sean veio ao Brasil em 2004 com a mãe, Bruna Bianchi. Desde então David Goldman tenta levar o filho de volta com base na Convenção de Haia sobre sequestro internacional de crianças. Com a morte de Bruna, em 2008, a batalha judicial passou a ser travada entre o americano e o segundo marido da mãe, o advogado João Paulo Lins e Silva.




Para ela, decisão de o menino ficar com o pai atende a interesses políticos.
Silvana Bianchi reclama de não ter recebido resposta de carta a Lula.( lula o filho da outra!)

Aluizio Freire Do G1, no Rio


Silvana Bianchi disse que está “chocada, triste, decepcionada e envergonhada” (Foto: Marcos de Paula/Agência Estado)

A avó materna do menino Sean Goldman, de 9 anos, Silvana Bianchi, disse, na tarde desta quarta-feira (23), que está “chocada, triste, decepcionada e envergonhada” ao comentar, em entrevista ao G1, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que determina que a criança seja entregue imediatamente ao pai biológico, o americano David Goldman.

Este é o seu primeiro desabafo à imprensa, depois de divulgar uma carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O advogado da família, Sérgio Tostes, disse nesta quarta que não pretende recorrer. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou também nesta quarta que o menino seja entregue até as 9h de quinta (24) no Consulado dos Estados Unidos, no Rio de Janeiro.

Para ela, o neto foi “objeto de um acordo político e econômico”, disse, se referindo a uma reportagem publicada na BBC Brasil, que informa que o “Senado americano aprovou por unanimidade a extensão do programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras e de mais 131 países, depois que o STF determinou a entrega do menino Sean ao seu pai”.


Na semana passada, de acordo com a notícia, o senador do Partido Democrata Frank Lautenberg, de Nova Jersey -mesmo estado do pai de Sean-, havia apresentado uma moção suspendendo a votação em retaliação ao Brasil, por conta da disputa pela guarda do menino.



“Não esperava que meu neto seria trocado num acordo econômico. Por enquanto, não pretendo fazer nada, diante disso. O meu país, o país do Sean, já que ele é brasileiro nato, vendeu uma criança”, afirmou. “Ele está sendo posto para fora do país”.


Silvana Bianchi disse que vai passar o pior Natal de sua vida. “Estão separando dois irmãos”, disse ela, se referindo à outra neta, Chiara, de 1 ano e 3 meses”.
Um dos desapontamentos de Silvana foi não terem permitido ao garoto manifestar sua vontade de ficar com a família brasileira ou seguir com o pai para os Estados Unidos.


“Foi negado o direito de ele falar. A gente está numa democracia, mas respirando a lei da mordaça. A fala dele seria fundamental”, acrescentou. A avó do menino também reagiu de forma negativa à mensagem que divulgou abertamente ao presidente Lula e não obteve nenhuma resposta. “Estou decepcionada, muito revoltada. É meu neto. Merecia mais respeito, uma explicação”, concluiu.




Gilmar Mendes concede liberdade ao médico Roger Abdelmassih

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da Folha Online

Atualizado em 24/12/2009 às 03h43.

Roger Abdelmassih deve passar o Natal em casa. O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, concedeu um habeas corpus na noite desta quarta-feira determinando a soltura do médico. O pedido foi impetrado no STF na segunda (21) pelos advogados Márcio Thomaz Bastos e José Luis Oliveira Lima. O médico ficou preso por cerca de quatro meses.

De acordo com o advogado de Abdelmassih, o médico deve deixar a prisão ainda hoje, o que depende apenas do alvará de soltura que será concedido pela Justiça, informou o noticiário da Globonews. A defesa aguarda a soltura, que pode ocorrer a qualquer momento.

Na decisão, Mendes afirma que a prisão preventiva do médico, "sem a demonstração de fatos concretos", resultou em "mero intento de antecipação de pena".

Abdelmassih está preso desde o dia 17 de agosto, sob a acusação de ter cometido atentado violento ao pudor e estupro contra ex-pacientes. Ele já teve pelo menos outros cinco pedidos de liberdade negados pela Justiça, e permanecia detido em São Paulo.

Fred Chalub/Folha Imagem
Abdelmassih é acusado de atentado violento ao pudor e estupro contra ex-pacientes
Abdelmassih, acusado de atentado violento ao pudor e estupro contra ex-pacientes

Os advogados do médico alegavam entre outras coisas, que não existia nenhum indício de que a liberdade dele afrontava a ordem pública, já que o médico teve seu registro profissional suspenso pelo Conselho Regional de Medicina. Eles pediram a concessão de uma liminar (decisão provisória) para que seja expedido um alvará de soltura com caráter de urgência.

Acusações

Segundo o Ministério Público de São Paulo, Abdelmassih é acusado de 56 crimes sexuais. Em geral, as mulheres o acusam de tentar beijá-las ou acariciá-las quando estavam sozinhas --sem o marido ou a enfermeira presente. Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação.

Desde que foi acusado pela primeira vez, Abdelmassih negou por diversas vezes ter praticado crimes sexuais contra ex-pacientes. O médico afirma que vem sendo atacado há aproximadamente dois anos por um "movimento de ressentimentos vingativos".

Abdelmassih também sustenta que as mulheres que o acusam podem ter sofrido alucinações provocadas pelo anestésico propofol, usado durante o tratamento de fertilização in vitro. De acordo com ele, as pacientes podem "acordar e imaginar coisas".

Segundo sua defesa, o médico nunca ficava sozinho com as pacientes na clínica, pois estava sempre acompanhado por uma enfermeira.



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