RÍO DE JANEIRO (AFP) - La justicia brasileña dio de plazo hasta el jueves a las nueve de la mañana para que Sean, un niño de nueve años nacido en Estados Unidos, sea entregado a su padre estadounidense, David Goldman, en Río de Janeiro, poniendo fin a una larga batalla por la custodia del menor.
Los abogados de Goldman estudiaban este miércoles "cómo hacer efectiva la reunión" de padre e hijo, en cumplimiento de la decisión de la noche del martes del presidente del Tribunal Supremo brasileño, Gilmar Mendes, informó a la AFP un portavoz del consultado estadounidense.
Mendes decidió que Sean, que vive con su padrastro y abuelos maternos en Río de Janeiro, debe ser entregado a su padre biológico en el consulado estadounidense de esa ciudad, en cumplimiento de la sentencia del tribunal federal local que dio un plazo de 48 horas para el cumplimiento de esa decisión.
El Tribunal Federal de Río de Janeiro informó en la tarde de este miércoles de que el plazo de entrega del menor en el Consulado estadounidense termina el jueves a las nueve de la mañana (11H00 GMT).
"¿Cuándo podremos Sean y yo ir a casa como padre e hijo?", había expresado Goldman a la cadena de televisión estadounidense NBC, mostrando cautela tras una disputa judicial que parecía no tener fin.
El abogado de la familia brasileña, Sergio Tostes, anunció este miércoles a la prensa que no habrá apelación.
Sean es hijo de Goldman y la empresaria brasileña Bruna Bianchi y nació en Estados Unidos en 2000. En 2004, su madre lo llevó Brasil, aparentemente para unas vacaciones, y desde allí comunicó a su marido en Nueva Jersey que quería el divorcio. Posteriormente, Bianchi volvió a casarse, pero falleció en 2008 al dar a luz a una hermana de Sean, por lo cual Goldman resolvió pedir la guardia, pero la familia brasileña inició una batalla legal por la custodia del menor.
El caso ganó atención en la prensa y de las autoridades estadounidenses. La secretaria de Estado Hillary Clinton reclamó a Brasil y el Congreso pidió que acabara el "secuestro" de Sean.
La abuela brasileña de Sean, Silvana Bianchi, apeló el martes en una carta al presidente Luiz Inacio Lula da Silva. Perder a Sean "en vísperas de Navidad es inhumano", dijo. "Quiero quedarme en Brasil para siempre", escribió Sean en una carta divulgada por la familia brasileña.
Dia de Natal é quando os sonhos são realizados ou ao menos sonhados.
Crianças sofrem por não poderem estar com o pai e a mãe juntos.
(Arte/G1)
Hoje é uma das noites mais esperadas do ano. Ao menos para as crianças. É a noite de Natal. Em que sonhos são realizados ou ao menos sonhados. Quando se acredita que alguém virá para trazer algo de bom.
Não é assim para todo mundo. Há coisas que até os pequenos sabem que nem mesmo o tão poderoso Papai Noel pode dar jeito. Como a ausência de uma pessoa querida que já se foi. Ocasiões como essas deixam a saudade evidente. É o momento que se quer estar com quem se ama e de quem se espera ser amado. Nem sempre isso é possível. E, na noite mágica, a ausência se faz presente dolorosamente.
Alguns desejos são tão secretos que nem ao Noel ousa-se dizer. Tê-los já seria algo absurdo. Dizê-los beiraria ao ilícito. Como, por exemplo, quando papai ou mamãe moram em outro lugar. Como seria bom vê-los e abraçá-los. Ou apenas ouvi-los ao telefone. Tal ideia pode deixar aquele com quem se mora muito triste.
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Outras crianças vivem algo oposto: parecem ser tão desejadas que todos a querem. Para consegui-las, os adultos não medem esforços e não se importam a que ponto chegam. Esquecem-se de que o que mais uma criança necessita é de segurança e que disputá-la como a uma coisa não contribui em nada para isso. O sentido de lar se perde para ela – algo muito precioso para qualquer ser humano.
Garoto Sean
Sean Goldman e outras crianças têm vivido isso. A Justiça demora em decidir seus destinos, de tantos recursos que surgem, no sentido apenas de protegê-las. Mas acabam se esquecendo da pessoas humanas que são. Ficam como um joguete para ver qual advogado é o mais esperto ou o mais competente. Elas mesmas não têm voz. Segundo consta, o garoto Sean não conseguiu dizer em juízo com quem gostaria de ficar. Acho que a Justiça não está preocupada com isso. E com outros casos assim.
Papai Noel também não dá jeito na angústia dessas crianças não saberem com quem vão ficar. Talvez a noite de Natal para elas não será tão mágica assim.
E todos ficam um pouco tristes nessa noite, principalmente os adultos. Mas quando o amor e a esperança circulam, tudo pode se transformar. Assim como a criança que sabe que alguém partiu e nunca mais voltará. Se alguém puder apontar-lhe que têm algo que nunca vão tirar dela, suas lembranças, quem sabe encontrará a magia dentro de si própria -podendo, inclusive, chorar a ausência e essa descoberta.
Ou a que espera a visita de papai ou mamãe que nunca vem. Qualquer um poderá perceber seu desejo mesmo que ela não diga. Deixando o orgulho de lado, quem ficou com a criança poderá providenciar que ela visite aquele que não está mais junto, se esse realmente for seu desejo. E se isso for possível.
E, para as crianças que esperam que a Justiça decida seus destinos, que os adultos que a cercam tenham mais consideração por elas, vendo-as como pessoas e não coisas. Recursos legais sempre vão existir. Vamos contar que elas também tenham recursos emocionais para lidarem com tudo isso – hoje e no futuro.
E, para todas essas crianças, ter suas dores e desejos reconhecidos e compreendidos, já é um caminho bem precioso. Mesmo que a realidade impeça que as coisas sejam diferentes.
Assim, acredito na magia da noite de hoje. Desejo a todos um feliz Natal. E uma noite mágica.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)
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