Em São Paulo
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Em seguida, pai e filho seguiram para o aeroporto internacional Tom Jobim, onde embarcam para os Estados Unidos.
Familiares do garoto seguiram para o aeroporto em carro separado. Ainda não há informações sobre o horário de partida do voo, porém, o avião fretado já se encontrava posicionado na pista de decolagem.
Sean, de 9 anos, chegou ao consulado vestido com uma camiseta da Seleção Brasileira, chegou amparado por seu padrasto, João Paulo Lins e Silva, e pela avó, Silvana Bianchi. A família brasileira do menino chegou antes das 9h, prazo final dado pela Justiça para entregar a criança ao pai, David.
Disputa encerrada
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Sean chega ao consulado dos EUA no Rio abraçado ao padrasto, João Paulo Lins e Silva
O consulado americano ofereceu à família brasileira acesso pela garagem, mas a família brasileira optou por entrar pela porta principal, onde jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas estavam posicionados. Policiais tiveram dificuldade para controlar jornalistas e curiosos que se amontoavam no local.
Entenda a polêmica sobre o caso Sean
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O pai de Sean, David Goldman, chegou ao Rio de Janeiro para reencontrar o filho na quinta-feira (17). O americano lutou pela guarda do menino, que foi trazido para o Brasil pela mãe e, depois da morte dela, ficou com a família brasileira
A entrega do menino ocorre após decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) cassar a liminar que permitia a permanência da criança no Brasil.
Luta desde 2004
Goldman lutava pela custódia do filho desde 2004, quando a brasileira Bruna Bianchi, sua então esposa e mãe de Sean, trouxe o menino dos EUA, onde a família vivia, para o Brasil. Uma vez aqui, ela se divorciou de Goldman. Em 2008, Bruna morreu.
Goldman e o governo norte-americano dizem que, sob a Convenção de Haia para a proteção de crianças, assinada por ambos os países, o caso de Sean configura sequestro infantil internacional.
O norte-americano voltou ao Brasil na semana passada escoltado por parlamentares do seu Estado, Nova Jersey. Desde 2004, ele só viu Sean em rápidas visitas.
"Eu estava com David quando ele recebeu a notícia dos seus advogados. Ele abriu um sorrisão e estava muito feliz", disse o deputado Chris Smith a jornalistas na noite de terça-feira.
A família de Bruna Bianchi e o segundo marido dela lutaram para manter o menino no Brasil, alegando que ele havia criado raízes aqui e não queria voltar para os EUA. "O Sean está muito triste, ele estava esperando que ele pudesse manifestar a vontade dele", disse sua avó materna, Silvana Bianchi, a jornalistas. "A criança não é um pacote que você despacha de um país para o outro".
"Um ministro do Supremo cassa o direito de uma criança de se manifestar e faz um acordo econômico com essa criança. Essa criança vai pra lá, não fala nada, fica caladinha e a gente assina", acrescentou ela, afirmando que os interesses econômicos do Brasil falaram mais alto que as vontades do seu neto.
Em resposta à decisão do STF, o Senado dos EUA aprovou imediatamente, ainda na noite de terça-feira, a lei comercial que prorroga benefícios alfandegários de bilhões de dólares para algumas exportações brasileiras. O senador Frank Lautenberg, de Nova Jersey, havia obstruído a votação como forma de protesto.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, também interveio no caso para pressionar o governo brasileiro a entregar Sean ao pai.
*Com informações da Jovem Pan, da Agência Estado da Reuters
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