por PATRÍCIA JESUS e LUÍS MANETAAmanhã
A notícia do falecimento do feto com oito meses, após a vacinação da mãe contra a gripe A, veio aumentar o medo das grávidas, que já estavam a aderir pouco à campanha. Mas os especialistas garantem que se tratou de uma coincidência. Primeiros resultados da autópsia são inconclusivos
A notícia da morte de um feto de 34 semanas após a futura mãe ter sido vacinada contra a gripe A, em Portalegre, está a assustar as grávidas. Se muitas já tinham dúvidas sobre a segurança da nova vacina, o caso de Portalegre veio piorar a situação. "Já estava reticente, por isso aconselhei-me com o meu médico que me disse para não tomar. Agora esta situação de Portalegre vem dar-me razão", contou Carla Duarte, grávida de oito meses ao DN, no centro de Saúde dos Olivais, em Lisboa. Também Maria Carvalho, grávida de três meses, ficou com mais dúvidas e não tenciona vacinar-se.
No entanto, os especialistas lembram que todos os anos morrem 300 fetos, depois das 28 semanas, e dizem que tudo indica que o caso de Portalegre tenha sido uma coincidência. Os primeiros resultados da autópsia revelam que a morte do feto ocorreu após alterações da circulação sanguínea que causaram uma anóxia (falta de oxigénio). Mas desconhece-se a causa destas alterações e sãoprecisos mais testes.
O director do serviço de Obstetrícia do São João, Nuno Montenegro, lembra que não se consegue determinar a causa da maior parte das mortes antes do nascimento. O obstetra Luís Graça diz ainda que a existir uma relação entre a vacina e morte do feto "seria a primeira do mundo". Visão partilhada por Nuno Montenegro, que não duvida que o risco de não tomar a vacina é muito superior ao de tomar. Francisco George garantiu ainda que a vacina usada em Portugal, com adjuvante, não representa "qualquer risco acrescido" em relação às outras. Entretanto, é preciso dizer às grávidas que a vacina é a única protecção contra uma doença em que estas têm 10 vezes mais risco de terem complicações, diz Jorge Branco, director da Alfredo da Costa.
Na casa de Carla e Orlando Romacho em Alegrete, Portalegre, estava tudo preparado para acolher a bebé, que devia nascer a 27 de Dezembro. E, conta o cunhado, João Romacho, "ninguém previa" que pudesse ocorrer alguma complicação com uma gravidez de 34 semanas. "A médica sempre disse que estava tudo a correr bem", assegura o familiar revelando que houve um episódio em que "foram detectados batimentos cardíacos extremamente elevados".
Carla foi vacinada na quarta-feira e segundo a família, as reacções à vacina começaram a manifestar-se logo, com "dores no corpo". No dia seguinte, a família assusta-se com a agitação da bebé, e sábado foram ao Centro de Saúde onde se terá verificado que o feto tinha um batimento cardíaco baixo. João Romacho admite que existam "outras causas, que não exclusivamente a vacina" para explicar o sucedido, colocando a possibilidade de ter resultado de uma reacção adversa devido aos medicamentos que Carla estava a tomar para a depressão.
Trânsito em SP pela Rádio SulAmérica
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