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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Diretor de Política Monetária do BC, Mário Torós deixa o cargo

Cai o diretor do BC que revelou o tamanho da “marolinha”

segunda-feira, 16 de novembro de 2009 | 20:33

O Banco Central confirmou no início da noite desta segunda a demissão de Mário Torós, diretor de Política Monetária do Banco Central. Há duas coisas diferentes que se combinam aí: 1) tinha mesmo de ser demitido, pouco importa se queria sair mesmo sair, como se noticia; 2) ele não deixou de colaborar para revelar a verdade.

Ao primeiro aspecto: em entrevista ao Valor Econômico, publicado na sexta, 13, ele revelou que, no auge da crise, uma bolada de R$ 40 bilhões migrou dos pequenos para os grandes bancos. Também revelou que o governo ficou sabendo que o Banco Votorantim estava com problema — aquele que foi parcialmente comprado (ou, então, socorrido) pelo Banco do Brasil.

Esses dados eram considerados, e eram mesmo!, sigilosos. E é evidente que acho inaceitável que um diretor do BC saia falando por aí. Tem de ser demitido. Isso não anula o fato, no entanto, de que, na sua indiscrição, tenha dado o tamanho da “marolinha” vivida pelo Brasil.

“O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, encaminhará ao Presidente da República a recomendação da indicação do nome de Aldo Luiz Mendes, 51, para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária”, informa comunicado do BC.



Por Cristiano Romero e Alex Ribeiro, de Brasília
Os bastidores da crise

Mário Torós, diretor de política monetária do BC, revela piores momentos da turbulência financeira no Brasil e detalha corrida bancária com saques estimados em R$ 40 bi em apenas uma semana e ataque especulativo de US$ 5 bilhões em dezembro de 2008.

Publicada em 16/11/2009 às 20h10m

Patrícia DuarteO GloboReuters

Mário Torós / Marco Antônio Cavalcanti

RIO - Mário Torós, diretor de Política Monetária do Banco Central, deixou o cargo nesta segunda-feira, alegando motivos pessoais. O substituto será Aldo Luiz Mendes, presidente da Companhia de Seguros Aliança do Brasil. Torós, que desde o ano passado demonstrava vontade de deixar o BC, tornou sua permanência insustentável na última sexta-feira. Em entrevista ao jornal "Valor Econômico" publicada aquele dia, Torós expôs os bastidores da atuação da equipe econômica durante a crise internacional.

Na reportagem, Torós descortina a atuação do BC durante a crise global e cita que o país sofreu um ataque especulativo em dezembro de 2008 e os bancos pequenos e médios enfrentaram uma corrida, com saques estimados em R$ 40 bilhões em apenas uma semana. E contou que presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, por pouco não foi demitido às vésperas de o país ser arrastado pela turbulência internacional.

Entre outros, abriu e-mails trocados com o presidente do BC, Henrique Meirelles, e colegas de diretoria, afirmou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tornou públicas informações estratégicas para segurar o câmbio no auge da crise, em outubro de 2008, e ainda revelou que a presidência do BB foi avisada de que o banco Votorantim passava por problemas - a instituição teve 49% vendidos ao BB meses depois.

Torós evitou a imprensa no Rio

No Rio de Janeiro, onde participava de um seminário nesta segunda-feira, Torós evitou a imprensa mas, em discurso, voltou a falar da atuação do BC durante a crise global.

A crise "foi o grande teste por que o BC passou e conseguimos atingir nossos objetivos", disse no evento em comemoração aos 30 anos do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

Torós também avaliou que a turbulência global foi um problema menor para o Brasil do que para outras economias. Após uma série de medidas para melhorar a liquidez do mercado, incluindo operações com swaps cambiais feitas até junho deste ano, o diretor do BC acrescentou no seminário "não achamos necessário estar neste mercado de derivativo cambial".

Procurado, o BC informou por meio de sua assessoria de imprensa que não iria se manifestar sobre o assunto, mas por volta das 19h50, a assessoria de imprensa da autoridade monetária soltou comunicado à imprensa informando que Meirelles encaminhará a Lula a recomendação da indicação do nome de Aldo Luiz Mendes, 51, para ocupar o cargo. Aldo ex-vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil (BB) e já exerceu o cargo de vice-presidente da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) e integrou os conselhos de administração da BM&F e da Central Interbancária de Pagamentos (CIP).







Trânsito em SP pela Rádio SulAmérica








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