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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

'Viver a vida': Luciana diz a Miguel que pensa mais nele que em Jorge


 Miguel faz carinho em Luciana

Miguel (Mateus Solano) vai aparecer na casa de Luciana (Alinne Moraes) com um buquê de flores na mão em "Viver a vida". Ele já sabe do fim do namoro dela com Jorge (Mateus Solano), porque Moretti (Lionel Fischer) lhe contou. Luciana justifica: “A gente já não estava se entendendo”. Miguel sabia e fica preocupado  com o irmão. Ela pede que ele se aproxime: “Adoro você”. Miguel diz o mesmo. E acaricia seu rosto, segura sua mão. Só falta um beijo, mas dá para perceber, mesmo assim, o quanto eles estão envolvidos: ela diz que lembra muito mais de situações vividas com ele do que com Jorge. Leia aqui como será o diálogo dos dois, na cena que está prevista para ser exibida segunda-feira:

Luciana dorme encostada em Miguel


LUCIANA — Não estava com saudades, não?
MIGUEL — Morrendo!
LUCIANA — Acho o Neto uma graça, não tenho nada contra ele, mas não queria que eles trocassem você, assim, sem ninguém falar comigo.
MIGUEL — Não se fala mais nisso, tá bom? Tô sabendo de tudo, que o doutor Moretti me contou.
LUCIANA — Eu não terminei com o seu irmão por causa disso que aconteceu. Esse foi só mais um motivo, mas terminei porque estava na hora. A gente não estava se entendendo e você sabe disso muito bem.
MIGUEL — E como é que ele está?
LUCIANA — Nâo sei, mas o Jorge é equilibrado. Tirei um peso da minha cabeça e do meu coração. E tenho certeza que ele também está se sentindo mais leve.
MIGUEL — Será?
LUCIANA — Claro que sim. Onde já se viu um ciúme doentio desses. E do próprio irmão. Tudo bem, que a gente às vezes dá razão pra isso, eu principalmente que nem sempre me comportar direito na frente dos outros e me esperramo em cima de você.
MIGUEL — Eu não quero nenhuma situação constrangedora entre mim e o meu irmão.
LUCIANA — Não vai ter nada disso, Miguel, mas também não posso tratar você friamente, com indiferença, como se fosse um amigo qualquer e não o meu melhor amigo, meu amigo da vida toda, só pra agradar o seu irmão. Vem aqui, mais perto de mim.

Ele se aproxima.

LUCIANA — Adoro você.
MIGUEL — Eu também te adoro.

Ele segura na mão dela.

LUCIANA — Sabe o que eu faço agora, quando acordo a noite e demoro pra pegar no sono outra vez?
MIGUEL — Não, me conta.
LUCIANA — Faço meus exercícios de felicidade.
MIGUEL — Que é isso?
LUCIANA — Me lembro de coisas: situação, cenas, palavras – que me fizeram feliz.
MIGUEL — Hum, uma boa idéia.
LUCIANA — Esta noite aconteceu isso. Acordei, perdi o sono e não tinha jeito dele voltar. Aí me lembrei daquele dia em que nós dois, com todas as meninas, dançamos a salsa na sala da casa amarela.
MIGUEL — Também não me esqueço desse dia.
LUCIANA — Mas a sensação era tão forte, tão viva, Miguel, que eu ouvia a música, as risadas das meninas, e via a cara da minha mãe, olhando para nós e... (RINDO) ... não aprovando muito aquela intimidade entre uma moça noiva, comprometida, com o irmão do próprio noivo.
MIGUEL — Também não esqueço disso!
LUCIANA — Lembro muito de nós dois. Mais do que de mim e do Jorge. Mas sempre gostei muito dele também. Nunca o traí, nunca o enganei. O que eu sempre fui com você, fui na frente dele, na frente de todo mundo...

Olham-se.
LUCIANA — Lembro de tudo. Aquela casa amarela está cheia das minhas melhores recordações e acho que é muito por essa razão que eu quero voltar pra lá.
MIGUEL — Entendo.
LUCIANA — É lá que eu estou viva. É lá que eu ando, corro, pulo na piscina e danço com você. Não falo isso com a minha mãe porque ela pode ficar triste de ter insistindo tanto pra gente mudar.... mas aqui, neste apartamento, tudo que eu me lembro está ligado ao acidente. Foi daqui que eu saí quando viajei... e foi pra cá, pra este apartamnto, que eu voltei sem poder mais andar.
MIGUEL — Não pode se atormentar com isso. O que aconteceu, teria acontcido em que qualquer lugar que você morasse.
LUCIANA — Eu sei, mas não foi em qualquer lugar. Foi aqui. E eu quero ir pra onde eu fui sempre feliz. A casa amarela.

Miguel abraça Luciana. Ela adormece encostada nele. Vitória entra. Ele sorri e faz sinal de que não pode sair dali, precisa de ajuda. Vitória se aproxima, livra Miguel e carrega Luciana, colocando-a na cama. Luciana acorda.
LUCIANA — Miguelito.
MIGUEL — Estou aqui, Lu.
LUCIANA — Espera eu dormir pra vale e só aí vai embora, tá?
MIGUEL — Tudo bem, eu espero.

Ela fecha os olhos e ele fica olhando o seu rosto, carinhosamente.

Sulamérica Trânsito












LAST





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