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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Servidores que enterraram vivos dois cães em SC permanecem em liberdade


Luiz Nunes
Especial para o UOL Notícias
Em Florianópolis
A Polícia Civil em Joinville, no norte de Santa Catarina, deve concluir somente na próxima semana o inquérito que investiga o caso de dois cachorros que foram enterrados vivos em uma área da prefeitura. Por enquanto, os dois servidores municipais acusados pelo crime permanecem em liberdade.

Um laudo veterinário divulgado esta semana comprovou que os animais morreram por asfixia e que não havia indícios de intoxicações quando foram colocados em uma cova aberta com maquinário da prefeitura na Secretaria Regional do bairro Costa e Silva. Os cães viviam há pelo menos dois anos nas imediações da repartição e eram alimentados por servidores. Foram eles quem denunciaram o caso à polícia, avisando que os próprios colegas haviam enterrado os animais.

Em depoimento, os acusados alegaram que os cães estavam contaminados por raiva e um deles não havia resistido. Por isso, foram enterrados. A delegada Ana Claudia Pires, responsável pelo caso, afirma que teve acesso a imagens anteriores ao enterro dos animais, que revelam que ambos estavam bem de saúde. “Vendo as cenas, cai por terra qualquer testemunho que dê conta de que estivessem doentes, babando e um já morto, como foi contado”, afirma.

Na semana passada, o servidor que autorizou o enterro dos cães na área da repartição foi exonerado. Alexandre Kniess ocupava o cargo de gerente de Conservação e Manutenção da secretaria. Outro servidor ainda enfrenta processo interno, que pode culminar com sua exoneração.

A delegada deve ouvir novos depoimentos até a próxima quarta-feira e deve encerrar o inquérito na sexta. Outros funcionários públicos estão entre as testemunhas. “Se a gente verificar que algumas pessoas estão tentando acobertar, já que temos acesso as cenas, elas podem responder por omissão ou falso testemunho”, ameaça.

De acordo com a legislação vigente, a prática de abuso ou maus tratos a animais é passível de prisão. A pena varia entre três meses e um ano de reclusão.

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