Cheia destruiu a Igreja da Matriz, do século 19, e a Igreja da Nossa Senhora das Mercês
Bruno Paes Manso, enviado especial
As cheias do Rio Paraitinga, que subiu mais de 10 metros, destruíram a Igreja da Matriz, do século 19, e a Igreja da Nossa Senhora das Mercês. Além disso, existem cerca de 90 prédios históricos tombados, feitos por meio da técnica de taipa de pilão, uma mistura de barro e pedras muito vulnerável às águas. Os que não ruíram ficaram com a estrutura comprometida.
O governo afirmou que vai ajudar o município a reconstruir as estradas rurais da cidade que ficaram interditadas ou foram destruídas. Serra quer pedir uma linha de financiamento ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar os comerciantes locais a recuperarem os estabelecimentos destruídos pelas cheias. "O mais importante agora é avaliar o tamanho das perdas", disse.
Voluntários
O governador foi acompanhado do secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, e do secretário dos Transportes, Mauro Arce. Serra conversou com integrantes das equipes de rafting para agradecer a ajuda nos resgates dos moradores. Pelo menos 500 pessoas foram socorridas pelos 12 botes de borrachas das equipes, sendo que 70 foram retiradas quando a água já atingia os andares superiores das casas.
Uma pessoa morreu na cidade, vítima de desabamentos.
Depois, o governador embarcou em um dos botes de borracha e visitou o lado ilhado da cidade, acessível somente dessa forma. Ao voltar, Serra disse que a prioridade vai ser evitar que a população retorne às suas casas depois que as águas baixarem antes que se tenha uma avaliação de risco dos imóveis.
Cerca de 20 imóveis localizados na encosta de um dos morros da cidade correm o risco de desabar. Quatro geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) estão no local para avaliar as condições dessas residências. "É importante evitarmos que uma nova tragédia aconteça e, para isso, não podemos liberar casas que corram riscos de desabar", afirmou Serra.
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