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domingo, 3 de janeiro de 2010

Com rodovias bloqueadas, turistas fretam aeronaves para sair do litoral norte de SP


Publicada em 03/01/2010 às 17h25m

VNews, O Globo

Queda de barreiras em rodovia isola moradores em Cunha - Foto do leitor Adriano Gutierrez

SÃO PAULO - A volta para a casa depois do feriado do Ano Novo foi complicada durante todo este domingo nas rodovias que ligam o litoral norte de São Paulo ao Vale do Paraíba. As fortes chuvas que atingiram as duas regiões provocaram danos em rodovias e geraram enromes filas. Por conta dessa situação, alguns turistas tiveram de fretar aeronaves para retornar à capital. Segundo a empresa de táxi-aéreo Helicharter helicópteros, que opera em Ubatuba, quatro voos partiram com destino a São Paulo neste domingo. Os aviões bimotores chegam da capital e têm capacidade para cinco passageiros além do piloto. Ir de Ubatuba para São Paulo custa R$4,5 mil.

Na Rodovia dos Tamoios o trânsito ficou acima do normal desde o começo do dia. No trecho paulista da Rio-Santos, somente entre Ubatuba e Caraguatatuba, a viagem demorou cerca de 8 horas, segundo a Polícia Rodoviária Estadual. Já quem partiu de Ubatuba, demorou mais de 10 horas para chegar a São José dos Campos. (Leia também: Chuva causa ao menos 10 mortes em SP e São Luiz do Paraitinga está isolada )

Confira como estão as interdições nas rodovias da região

A Rodovia Oswaldo Cruz ainda está totalmente interditada no km 44, em São Luiz do Paraitinga, devido ao transbordamento do Rio Paraitinga. A ponte onde o rio transbordou cedeu. A água já baixou, mas ainda não há previsão para liberação da estrada. (Leia ainda: Chuva provoca desmoronamento e interdição de casas em Jundiaí, SP )

A Rodovia Rio-Santos, que foi interditada às 18h45m de sábado, no Km 477, em Sapinhatuba, Angra dos Reis, devido ao risco de deslizamentos, foi liberada no meio desta manhã. No trecho paulista, o trânsito é tranquilo entre Caraguatatuba e Bertioga. Já no trecho entre Ubatuba e Caraguatatuba o tráfego travou e a viagem foi feita em até 8 horas.

Outra rodovia que apresentou problemas neste domingo foi a Via Dutra, com 20 km de congestionamento no sentido São Paulo. Na última quinta-feira, o asfalto cedeu na altura do km 102, sentido São Paulo, em Pindamonhagaba. O tráfego no local flui de forma alternada pela pista contrária.

Em São Luiz do Paraitinga, município do Vale do Paraíba, onde a Prefeitura decretou estado de calamidade pública na última sexta-feira, a população continua sem água, luz, telefone e comida. Como o município está sem energia elétrica, a rede das operadoras de telefones celulares pararam de funcionar. Apenas os celulares de uma operadora seguem funcionando.

De acordo com uma telespectadora da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo na região do Vale do Paraíba, os moradores da cidade estão passando fome e os caminhões com mantimentos ainda não conseguiram chegar.

Três helicópteros estão na cidade auxiliando no resgate de vítimas da enchente do Rio Paraitinga. Nove mil dos 11 mil moradores da cidade tiveram de deixar suas casas. Cerca de 4 mil pessoas estão desabrigadas na cidade e outras 5 mil foram para casa de parentes e abrigos improvisados.

Apenas os bairros Alto do Cruzeiro, São Benedito e Santa Terezinha não foram alagados. O Rio Paraitinga subiu 10 metros e a Defesa Civil orienta as pessoas a não tentarem voltar para casa. As vítimas estão andando pelas ruas e em casa de amigos, porque o abrigo da prefeitura também foi afetado. A CESP informou que a Represa Paraitinga vazou, o que não acontecia há 13 anos.

Neste domingo foram enterrados os seis turistas de São Paulo que passavam o Réveillon em Cunha, a 46 km de Parati, também no Vale do Paraíba, e morreram soterrados. Apenas uma mulher sobreviveu. Alice Moron Silva, de 41 anos, sofreu vários traumatismos, passou por uma cirurgia no abdômen, mas o estado de saúde dela é considerado estável.

Ainda em Cunha, moradores da zona rural permanecem isolados e a rodovia que liga o município a Guaratinguetá permanece bloqueada por conta da queda de barreiras. Segundo a Prefeitura da cidade, o temporal destruiu 300 pontes e provocou 600 quedas de barreira no município.

Outras rodovias de SP

O motorista que passou o Réveillon no litoral de São Paulo e volta para a capital encontrou lentidão durante todo o dia nas rodovias dos Imigrantes e Padre Manoel da Nóbrega, de acordo com a concessionária Ecovias. Até o fim da tarde, dos quase 562 mil veículos que desceram a serra neste Réveillon, 513,5 mil já retornaram para São Paulo.

Na Rodovia Fernão Dias, quem seguia em direção a São Paulo encontrava mais de 20 km de lentidão, no mesmo horário, entre Atibaia e Mairiporã, na Grande São Paulo, no início desta tarde. De acordo com a concessionária Autopista Fernão Dias, a lentidão se estendia do km 39 ao km 55 por conta do excesso de veículos.

Pela Régis Bittencourt, no fim da tarde, o motorista encontrava, no sentido São Paulo, 16 km de tráfego lentoaté o pedágio de Miracatu. Mais a frente, na Serra do Cafezal, a lentidão chegava a 31 km.

Volta em outros estados

A fila na BR-101 entre Porto Belo e Navegantes, em Santa Catarina, chegou a 40 quilômetros, no sentido Sul/Norte, no início da tarde deste domingo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), outros pontos da rodovia estão congestionados na volta para casa do feriadão

No Rio Grande do Sul, veranistas que lotavam o Litoral Norte no feriadão do Réveillon decidiram antecipar a volta para casa e acabaram presos em um engarrafamento. Às 10h deste domingo, já era registrado trânsito lento e até parado em alguns pontos. Por volta das 12h30m, a Estrada do Mar estava totalmente congestionada, assim como a BR-101, em Osório, onde 30 carros passavam por minuto (o dobro do movimento registrado em dias normais), e a RS-040.










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