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sábado, 7 de novembro de 2009

O caso Celso Daniel e o esquema de propinas do PT


Irmão do prefeito assassinado envolve assessor de Lula no caso de corrupção


Três anos e meio depois do bárbaro assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, surgem novos indícios do crime que permanece obscuro e cuja investigação segue emperrada pelas autoridades. A reabertura do caso Celso Daniel veio na esteira de denúncias e revelações que devassam as relações espúrias entre PT, governo e empresários, nos últimos anos.

Se antes pesavam contra o PT “apenas” denúncias de desvio de recursos públicos e compra de deputados, agora, com o depoimento do irmão de Celso Daniel à CPI dos Bingos, o partido parece cada vez mais envolvido no acobertamento do assassinato do prefeito petista. O caso expõe também a cobrança sistemática de propina das prefeituras petistas para financiar o partido.

Para debaixo do tapete
Pouco antes de sua morte, Celso Daniel, então prefeito de Santo André, era o homem mais cotado para coordenar a campanha de Lula à presidência. Seu estranho assassinato, atraiu suspeitas de se tratar de um crime político. No entanto, pouco tempo depois, tanto a polícia como o próprio PT afirmaram que se tratava apenas de um crime comum. Na época, o deputado Eduardo Greenhalgh foi designado pela cúpula petista para acompanhar o caso e reafirmou a tese.

No entanto, o irmão do prefeito, João Francisco Daniel, revelou que Celso Daniel coordenava um esquema de propina que empresas prestadoras de serviços à prefeitura de Santo André pagavam ao PT. O assassinato teria sido provocado por um desentendimento entre empresários e o prefeito, tendo como mandante Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, que acompanhava Celso Daniel quando ocorreu o crime. Segundo Francisco, Celso Daniel teria tentado acabar com o “caixa três” (dinheiro desviado das propinas ao PT) que Sombra estaria coordenando. Depois da execução, o caso foi decretado como sendo crime comum e jogado para debaixo do tapete.

Crise desenterra caso
Três anos depois, o PT encontra-se afundando em sua maior crise política. A crise atingiu a cúpula petista e escancarou a corrupção sistemática praticada pelo partido. Nesses três meses de crise, os escândalos estão sendo revisitados e as entranhas pútridas do PT postas para fora. Agora, o partido se vê cara a cara com o fantasma de Celso Daniel.

Na interminável torrente de revelações, mais um capítulo dessa história ocorreu na última semana. João Francisco reafirmou em depoimento à CPI, no dia 10 de setembro, denúncias envolvendo o atual chefe do gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. O irmão do prefeito assassinado afirmou ter recebido a visita de Carvalho cinco dias após o crime. Na ocasião, o hoje assessor particular do presidente teria revelado o esquema de propina recolhida por Celso Daniel das empresas de Santo André. Os recursos teriam sido repassados a José Dirceu para o pagamento da campanha eleitoral de Lula e Marta Suplicy.

Tortura
Para piorar a situação do PT e enterrar de vez a tese de crime comum, na noite do dia 28 de agosto, o programa Fantástico da rede Globo divulgou uma denúncia do legista Carlos Delmant Printes de que Celso Daniel foi cruelmente torturado antes de ser morto. Segundo o legista, os seqüestradores do prefeito praticaram o chamado “esculacho” antes de matá-lo, ou seja, atiraram em Celso Daniel caído ao chão, próximo ao seu corpo para amedrontá-lo.

Além disso, o médico apontou vários hematomas no corpo do prefeito. Printes, que descartou completamente a tese de crime comum, tão logo expôs sua análise do crime, foi imediatamente censurado pelo Superintendente da Polícia Científica e pelo diretor do Instituto Médico Legal.

O “Sombra” e o PT
A denúncia de um preso acusado de ter sido um dos assassinos do prefeito revela que o empresário Sérgio Gomes, o “Sombra”, teria pago R$ 1 milhão pela morte de Celso Daniel. A denúncia confirmaria o envolvimento de “Sombra” no assassinato, suspeita desde o início do caso. O prefeito foi capturado quando estava no carro com Sombra. Em depoimento à polícia, o empresário afirmou que as travas das portas do automóvel haviam se quebrado, assim como o câmbio. A perícia, porém, desmentiu Sérgio Gomes.

O “Sombra”, que ganhou novamente os holofotes da mídia, tem origem semelhante à de Rogério Buratti, advogado de Ribeirão Preto (SP) envolvido no caso de cobranças de propina na gestão de Palocci. A famosa história de Buratti dá conta que o então quadro petista chegou à região de Ribeirão a bordo de um modesto fusca. Anos depois, após ter ocupado o cargo de Secretário de Governo do hoje ministro da Fazenda, Buratti assumia a diretoria da empresa de lixo Leão e Leão. Já Sérgio Gomes, também militante do PT, fez fortuna por meio de suas relações com as gestões petistas. À época do assassinato, o “Sombra” acumulava participações em nada menos que quatro empresas de ônibus.

“Sombra” e Buratti constituem, desta forma, mais do que a interminável fila da fauna corrupta que desfila nos noticiários atualmente. São exemplos da burocracia petista que alçaram a condição de burgueses graças às relações espúrias com os governos comandados pelo PT. O caso de Santo André é assim reflexo de um esquema generalizado de corrupção, revelado nas prefeituras petistas e no próprio governo federal.

Crise se aprofunda
A essas alturas, a crise aprofundou-se de tal forma que criou dinâmica própria. O desespero e a tentativa de jogar uma pá de cal no caso Celso Daniel mostram a dimensão que o escândalo pode tomar.

Caso do assassinato de modelo em Minas é reaberto

O promotor Francisco Santiago, de Minas Gerais, decidiu reabrir um caso que vai tirar o sono dos políticos mineiros. Ele vai dar seqüência às investigações sobre o assassinato da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, ocorrido em agosto de 2000. A modelo de 24 anos mantinha estreitas relações com a cúpula do governo Itamar Franco e com políticos em geral. Vários indícios dão conta que Cristiana foi usada em esquemas de corrupção. Seus pais afirmaram que a modelo transportava freqüentemente malas suspeitas de São Paulo a Brasília. Ela ainda freqüentava os mesmos hotéis, nos mesmos dias inclusive, que Marcos Valério e seus funcionários.

Com as denúncias do mensalão e o envolvimento do senador Eduardo Azeredo (PSDB), que teria recebido dinheiro de Marcos Valério para disputar o governo de Minas em 1998, a suspeita de utilização de garotas de programa no esquema de Valério, agenciadas pela cafetina Janne Córner, o caso ganha novo significado. Suspeita-se agora que o esquema do mensalão tenha existido no governo FHC e que a modelo tenha sido assassinada por saber demais.


[ Publicado em 15/9/2005 19:51:00



As provas da tortura

Conforme ISTOÉ antecipou em sua última edição (1891), dois novos fatos contrariam a tese de que o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), não passou de crime comum. O primeiro fato é que o adolescente indiciado como o assassino fugiu da Febem e revelou não ter sido o autor dos disparos que mataram Celso Daniel. O segundo fato é que o Parecer Médico-Legal 001/06 comprova as marcas da torturas no corpo da vítima.
Alan Rodrigues
Conclusão: Celso Daniel não foi morto com a roupa que
trajava quando
o seu corpo foi localizado numa estrada de terra da cidade de Taboão da
Serra (Grande
São Paulo)
Esse parecer será apresentado nessa semana à CPI dos Bingos. Poderá mostrar o seguinte: ou o prefeito estava nu quando foi atingido por fragmentos de projéteis ou a sua roupa foi trocada antes dos disparos fatais – isso porque as vestes de seu corpo, quando ele foi encontrado, não são compatíveis com as marcas apresentadas pelo próprio corpo. Essas revelações caminham na direção de crime encomendado e essa é a linha de investigação adotada pela delegada Elisabeth Sato, responsável pelas diligências: “Nosso trabalho será encontrar esse adolescente. Queremos saber se ele assumiu um crime que não cometeu e, se assim o fez, quem está acobertando.” Para o advogado Roberto Podval, que representa na Justiça o empresário Sérgio Gomes da Silva, acusado de ser mandante do crime, “é comum menores assumirem crimes que não cometeram para acobertar adultos”. E, se isso aconteceu nesse caso, “esse fato não descaracteriza a constatação da polícia de que os criminosos são os acusados que já estão presos”. Quanto ao laudo, Podval diz que “a constatação da violência confirma o depoimento dos acusados porque eles já admitiram à Justiça terem usado de violência antes do assassinato”.

As revelações de ISTOÉ ocuparam lugar de destaque nos principais jornais brasileiros. Todos repercutiram a reportagem de ISTOÉ reinventando a roda – ou melhor, o furo jornalístico. As revelações de ISTOÉ modificam a versão oficial da própria polícia, segundo as conclusões do médico legista Paulo Vasquez. Ele corrobora a versão inicialmente apresentada por seu colega Carlos Delmonte Printes (encontrado morto em seu escritório no ano passado). As fotos publicadas agora por ISTOÉ comprovam a tortura em Celso Daniel, que levou oito tiros (antes dos tiros fatais no tórax, dois outros foram disparados em seu rosto).

NOVA VERSÃO
O corpo de Celso Daniel apresenta lesões na lateral do tórax (foto). E também na região interna do braço direito e na coxa direita. Os ferimentos foram causados por estilhaços de projéteis de arma de fogo (os chamados “tiros de esculacho”). As vestes com as quais o prefeito foi encontrado não apresentam sinais compatíveis com as perfurações encontradas no corpo
O corpo de Celso Daniel tinha duas queimaduras produzidas pelo cano de pistola 9 mm aquecida. Isso sugere que a arma foi pressionada contra o seu corpo após uso contínuo. A camisa não apresenta nenhuma marca compatível com as queimaduras produzidas pelo cano da arma




Lula acumula: -Aposentadoria por invalidez,aposentadoria de Aposentadoria por invalidez,Pensão Vitalícia de "perseguido político" isenta de IR,salário de presidente de honra do PT,salário de Presidente da República.Você sabia???

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