da Folha Online, em Brasília
A ministra Dilma Roussef (Casa Civil) negou hoje, durante cerimônia de anúncio do quarto balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que tenha atuado para facilitar a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.
A ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" que Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis ao negócio.
Segundo Abreu, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.
"As acusações feitas pela doutora Denise Abreu são falsas", disse a ministra. Ela afirmou que estranha as declarações da ex-dirigente da Anac, que inclusive já trabalhou na Casa Civil do atual governo durante a gestão de outro ministro, José Dirceu.
"Eu queria destacar que este tema foi tratado no âmbito da Anac e também no âmbito do processo de falência da Varig. O governo teve uma grande preocupação com a falência da Varig e com a descontinuidade do serviço. As acusações serão respondidas no âmbito da Anac e do processo de falência", afirmou Dilma.
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