Especialista afirma que perícia inicial realizada pela polícia foi superficial
São Paulo
O legista George Sanguinetti, contratado pela defesa de Alexandre Alves Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, acusados de terem matado Isabella, 5, afirmou que os ferimentos encontrados no pescoço da menina não foram provocados por estrangulamento e são característicos de manobras de tentativas de socorro, ou seja, podem ter sido causados durante a tentativa de salvamento da criança.
Sanguinetti foi o legista que questionou os laudos elaborados pelo perito Badan Palhares a respeito da morte de PC Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino. PC Farias foi tesoureiro de Fernando Collor de Mello, ex-presidente e atual senador. Ele analisou o laudo da morte da menina.
Marcas características
Para o perito, caso Isabella tivesse sido enforcada ela teria marcas características no pescoço, como arranhões, por exemplo. No entanto, os machucados encontrados no pescoço, lábio, língua e a característica da mucosa indicam que podem ter sido produzidos quando ela recebia o socorro.
A artéria carótida da menina também não apresentava ferimentos internos, o que indica, segundo o perito, que não houve estrangulamento ou espancamento.
– O laudo é equívoco e nulo (no aspecto do direito). Vim aqui trazer um dado correto! - disse, durante a apresentação de suas conclusões.
Para o Sanguinetti, a perícia inicial realizada no apartamento do casal, onde o crime aconteceu, foi pífia.
– Uma perícia inicial de duas horas é uma vergonha. Normalmente o trabalho inicial é mais profundo. Os laudos foram medíocres e não têm valor ‘provante’ – explicou.
Segundo o perito, chamado pela defesa do casal suspeito, "Não há provas técnicas de que ela tenha sido espancada."(Folhapress)
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