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terça-feira, 27 de maio de 2008

Lula quer aproveitar petróleo para industrializar o país

Denise Luna
Do Rio de Janeiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nessa segunda-feira que não vai se acomodar na posição de grande produtor de petróleo, e quer usar o potencial já anunciado em áreas do pré-sal da costa brasileira para estimular o desenvolvimento da indústria nacional.

LULA DIZ QUE NÃO QUER SER SHEIK

"Não quero que o presidente do Brasil coloque aquele pano na cabeça como se fosse um sheik do petróleo. Quero que aproveite o petróleo para industrializar o país", disse Lula, durante o lançamento de um programa de modernização da frota da Petrobras.

A estatal do petróleo vai encomendar 146 navios de apoio, prioritariamente em estaleiros nacionais, em programa que deve somar um investimento de 5 bilhões de dólares.

"Se deixasse que a nossa Petrobras trabalhasse apenas com a cabeça empresarial, ficaria mais fácil comprar lá fora, quem sabe saísse até mais baratinho", disse Lula.

"Mas estamos construindo com a Petrobras uma visão que não pode ser de curto prazo, ela não pode investir apenas para ser a terceira das Américas, tem que investir para gerar empregos", acrescentou.

Lula salientou que o Brasil ficou décadas sem oferecer oportunidade para a indústria naval, com graves consequências sociais.

"Nas últimas duas décadas, se vendeu a política do prato feito, ou seja, compra tudo pronto. Isso gerou nas periferias dos grandes centros jovens de 15 a 19 anos sem oportunidade (de trabalho)."

O presidente afirmou que a política de seu governo não é transformar a Petrobras na maior empresa do mundo, mas fazer com que ela desenvolva toda a indústria.

No ano passado, a Petrobras descobriu uma reserva na chamada camada pré-sal, na Bacia de Santos, cujo potencial poderia chegar a 33 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás), segundo o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima.

Estudos preliminares indicaram que apenas no Campo de Tupi existiriam reservas de 5 a 8 bilhões de barris de óleo equivalente, que exigiriam muitos novos equipamentos para serem exploradas.

"Estou convencido que esse é um movimento sem volta, que não haverá retrocessos", disse Lula sobre o crescimento da indústria naval no país.

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