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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sanguinetti diz que laudo da polícia não descarta tentativa de estupro de Isabella

Wagner Gomes, O Globo Online, SPTV Sanguinetti afirmou na segunda-feira que não houve esganadura de Isabella - Foto Vania Delpoio, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Contratado pela família Nardoni para buscar falhas nos laudos da polícia paulista que ajudem a inocentar o pai e a madrasta de Isabella Nardoni, 5 anos, o legista George Sanguinetti afirmou nesta terça-feira que não descarta a possibilidade de tentativa de abuso sexual na menina. Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados pelo crime, cumprem prisão preventiva desde o dia 7 de maio e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liberdade por unanimidade nesta terça .

Sanguinetti informou que irá na quinta-feira ao apartamento de Alexandre Nardoni, de onde a menina foi jogada do sexto andar, para verificar se a palmeira existente no jardim do prédio, em cima da qual a criança teria caído, seria a responsável por uma das quatro lesões apresentadas na vagina e que constam no laudo da polícia paulista.

Segundo Sanguinetti, das quatro lesões citadas nos laudos da polícia, uma pode ter sido provocada pela palmeira, uma vez que o ferimento teria sido feito de baixo para cima. Sanguinetti explica que o primeiro laudo apontou três lesões na região da vagina e, num segundo momento, os peritos da polícia informaram a existência de uma quarta lesão no intróito (entrada) vaginal, que seria um esgarçamento.

Sanguinetti afirma que o primeiro laudo apontou três lesões: um edema do hímen, escoriações na região da vulva e uma ecmose (mancha roxa) de 2 milímetros.

- As lesões são características de um ato libidinoso - disse Sanguinetti.

Indícios de que Isabella poderia ter sido vítima de abuso sexual ajudariam a defesa do casal Nardoni. Desde o dia do crime, eles alegam que uma terceira pessoa entrou no apartamento e jogou a menina do sexto andar. Segundo a polícia, Alexandre afirmou inicialmente que um ladrão teria entrado no apartamento, mas os peritos concluíram que não houve arrombamento e nada foi levado.

Um dia antes de falar em "ato libidinoso", Sanguinetti convocou a imprensa e afirmou que Isabella não foi esganada. Na ocasião, havia negado que Isabella tivesse sido vítima de violência sexual, embora tivesse chamado atenção a um 'esgarçamento vaginal' apontado nos laudos.

Em entrevista ao SPTV nesta segunda-feira, o legista voltou a criticar o trabalho da polícia paulista e levantou a possibilidade de tentativa de estupro:

- Falo ao senhor em primeira mão: haviam três lesões na genitália de Isabella, três. E na resposta aos quesitos quando a delegada solicita eles acrescentam a ruptura, uma ruptura de intróito (entrada) de vagina. Então, quem observa o trabalho, quer observar, pareceria que era exatamente uma tentativa de violência sexual. Procurar um pedófilo, procurar, como se tivesse acontecido algo nesse sentido - disse, acrescentando que os trabalho dos legistas "é ruim na interpretação"

Sanguinetti associou às lesões a mancha de sangue encontrada no lençol de uma das camas:

- Se o senhor me perguntar, o que significa isso sem dar detalhes de qualquer caso, eu digo tentativa de estupro ou atentado violento ao pudor. Havia uma mancha de sangue no lençol. Então, quem foi o autor, vamos procurar, vamos buscar. Houve manuseio, eles afastaram isso com o perito odontologista, mas o que eu quero dizer é que eles acrescentaram uma ruptura, uma lesão significativa que não está no laudo. E isto não está correto, vamos esclarecer isso aí, porque o laudo não está correto - afirmou Sanguinetti ao SPTV.

A Secretaria de Segurança Pública informou que não vai se pronunciar e que os laudos já foram entregues à Justiça. A Associação dos Peritos Criminais informou ao SPTV que vai interpelar judicialmente Sanguinetti para que ele se retrate nas críticas feitas ao trabalho dos peritos da polícia paulista. Se ele não se retratar, a entidade diz que pretende processá-lo por injúria, calúnia e difamação.

Sanguinetti ironizou a reação:

- Mais importante do que me processar é corrigir os laudos - afirmou, voltando a afirmar que 'ninguém morre duas vezes", para criticar o fato de os laudos apontarem morte por asfixia mecânica, causada por esganadura, e por politraumatismo, provocado pela queda.

Sanguinetti fez questão de ressaltar que não criticou os peritos, mas o trabalho deles.

- Não quis ofender os peritos, ofendo o trabalhos. Se algum se sentiu ofendido, corrija seu trabalho - disse.

Especialista contesta Sanguinetti

O professor Henrique Soares, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), contesta a afirmação do perito George Sanguinetti, de que a menina Isabella Nardoni não teria sofrido esganadura antes de ser atirada do sexta andar do prédio onde moravam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta Anna Carolina, Jatobá. Segundo Soares, é possível fazer asfixia manual (esganadura) sem deixar marcas.

- É possível fazer a asfixia mecânica sem deixar marcas de unhas. Basta para isso usar um lenço, uma fralda, uma gravata entre a mão e o pescoço - afirmou o médico.

Sanguinetti foi contratado pela defesa do casal para contestar os laudos feitos pela perícia paulista que apontaram que o pai e a madrasta foram os autores do crime.

A Associação de Peritos do Estado de São Paulo disse que Sanguinetti quer tumultuar e promete entrar na Justiça contra o legista alagoano por calúnia e difamação.


Sanguinetti diz que Isabella sofreu tentativa de estupro

Perito contratado pela defesa dos Nardoni pretende apresentar seu laudo ao juiz nesta quarta

da Redação - estadao.com.br


SÃO PAULO - Em entrevista concedida ao programa SPTV, da Rede Globo, nesta terça-feira, 27, o médico-legista George Sanguinetti afirmou que a menina Isabella de Oliveira Nardoni, morta no dia 29 de abril, sofreu tentativa de estupro. "Em primeira mão, eu digo que havia três lesões na genitália de Isabella. Na resposta aos quesitos, quando a delegada solicita, eles acrescentam a ruptura, uma ruptura de 'inctróide' de vagina. Para quem observar o trabalho, pareceria que era uma tentativa de violência sexual. (Seria melhor) procurar um pedófilo, como se houvesse algo neste sentido. Há três lesões descritivas no laudo e ele acrescenta mais uma. Então, o que eu quero dizer é que o trabalho dos meus colegas é ruim na interpretação. Há erros nas respostas aos requisitos".

Segundo Sanguinetti, é importante corrigir o que foi feito. "Constam duas mortes para Isabella e ninguém morre duas vezes. Isabella morreu, conforme consta no atestado de óbito, de asfixia mecânica e esganadura. Isso nunca houve. Eu mostrei e mostro que não houve e de politraumatismo. Também não procede o que os senhores peritos alegam que a fratura de bacia e de radio foi feita no apartamento. Isso não procede".

Sanguinetti aproveitou a oportunidade e disse que não pretendeu ofender ninguém. Ele criticou o trabalho. "Veja, dispersão de sangue em todo canto. Isso é uma ferida aberta, de uns dois centímetros, na região frontal. De onde veio todo aquele sangue no interior do apartamento e também no carro, se não tinha ferida aberta? E o sangue na região frontal é lateral", falou.

O legista assegurou que já tem um laudo pronto sobre o episódio e que o juiz irá apresentá-lo amanhã ao juiz que cuida do caso. "O meu laudo está pronto, está correto e apresenta todas essas falhas. Me ouçam, vejam a parte científica, sentem comigo, discutam e dirimam as dúvidas. Agora, não parto para o pessoal, não quis ofender ninguém. Estou me retratando, aqui e agora. Se algum perito se sentiu ofendido, desculpe. Agora, corrija o seu trabalho. Consta no laudo deles a tentativa de estupro" - considerou.

A Associação dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo anunciou nesta terça que vai entrar na Justiça contra o legista. Ele foi contratado pelos advogados de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá para contestar o trabalho dos peritos que investigaram o caso. De acordo com a presidente da entidade, Maria do Rosário Serafim, o perito deve se retratar em relação às críticas que fez sobre o trabalho executado pelos legistas de São Paulo no casal Isabella Nardoni. Ela quer que Sanguinetti se explique e se retrate. Se isso não acontecer, a associação irá processar o legista por injúria, calúnia e difamação.

Legista não descarta hipótese de Isabella ter sido vítima de ato libidinoso


Wagner Gomes, O Globo Online

SÃO PAULO - O legista George Sanguinetti afirmou que irá ao apartamento do pai de Isabella Nardoni, 5 anos, de onde a menina foi jogada do sexto andar, para verificar se a palmeira existente no jardim do prédio, em cima da qual a criança teria caído, seria a responsável por uma das quatro lesões apresentadas na vagina e que constam no laudo da polícia paulista.

Segundo Sanguinetti, das quatro lesões, uma pode ter sido provocada pela palmeira, uma vez que o ferimento teria sido feito de baixo para cima. O legista afirma que o laudo dos peritos informou sobre uma das lesões depois que a delegada Renata Pontes, do 9º Distrito Policial, pediu informações sobre três lesões constatadas anteriormente.

O legista, porém, não descarta a possibilidade de Isabella ter sido vítima de "ato libidinoso".

- O primeiro laudo aponta três lesões: um edema do hímem, escoriações na região da vulva e uma ecmose (mancha roxa) de 2 milímetros. Por este laudo, não houve tentativa de estupro. A perícia informou à delegada, posteriormente, uma quarta ruptura e preciso verificar se é justa. Se foi real. Uma ferida aberta foi citada e isso me chamou atenção. As lesões são características de um ato libidinoso - disse.


Especialista contesta Sanguinetti e diz que é possível esganar sem deixar marcas

Plantão | Publicada em 27/05/2008 às 20h27m

Jornal Nacional

SÃO PAULO - O professor Henrique Soares, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), contesta a afirmação do perito George Sanguinetti, de que a menina Isabella Nardoni não teria sofrido esganadura antes de ser atirada do sexta andar do prédio onde moravam seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta Anna Carolina, Jatobá. Segundo Soares, é possível fazer asfixia manual (esganadura) sem deixar marcas.

- É possível fazer a asfixia mecânica sem deixar marcas de unhas. Basta para isso usar um lenço, uma fralda, uma gravata entre a mão e o pescoço - afirmou o médico.

Sanguinetti foi contratado pela defesa do casal para contestar os laudos feitos pela perícia paulista que apontaram que o pai e a madrasta foram os autores do crime. Sanguinetti afirmou que Isabella não foi esganada porque não foram encontradas marcas externas em seu pescoço.

( NÃO ENTENDI MUITO BEM ... SE USARAM UM TECIDO, COMO ELES CHEGARAM AO TAMANHO DA MÃO E AINDA AFIRMAR QUE ERA MÃO DE UMA MULHER, HOMEM NÃO TEM MÃO PEQUENA, OU UM ADOLESCENTE DEPENDENDO DO PORTE?)



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