Muitos são luxuosos e custam até R$ 4 mil.
Para presidente da CPI dos Cemitérios, há indícios de irregularidades.
Uma marcenaria em Santa Maria, cidade próxima a Brasília, é acusada de restaurar caixões que seriam reutilizados. Uma denúncia anônima levou parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde foi instalada a CPI dos Cemitérios, a um galpão com 30 urnas sujas de terra e sangue, que seriam restauradas.
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A marcenaria estava funcionando normalmente na última terça-feira (27), dia em que o lugar foi vistoriado. O dono da marcenaria alega que quando acertou o serviço, achou que iria reformar urnas de eleição. Disse também que não sabia que o cliente era dono de funerária.
“A mercadoria que eu esperava não eram caixões, eram urnas. E como já estavam aqui dentro, tentei entender o que estava acontecendo, mas fui muito claro. Na verdade, não tinha nem fechado o negócio porque não tinha como dar preço”, conta o proprietário da marcenaria.
Os caixões recolhidos pela polícia estão no depósito da Delegacia de Santa Maria. Muitos são luxuosos e custam até R$ 4 mil. De acordo com a polícia, o suposto dono dos caixões disse que eles eram usados apenas para transportar corpos.
“Nós precisamos investigar a origem dos caixões. Se eles realmente pertencem ao proprietário da funerária ou se ocorreu algum crime, no local de onde vieram”, diz o delegado Jorge Cheim Pires.
Para o presidente da CPI dos Cemitérios, o deputado Rogério Ulysses (PSB), há fortes indícios de irregularidades. Ele disse que vai convocar o dono da marcenaria e o suposto dono dos caixões para depor.
“A primeira linha é que seriam urnas oriundas dos crematórios próximos a Brasília. A outra linha é que poderiam ser urnas de exumação, onde os corpos foram exumados. Os caixões seriam reutilizados. Ainda é prematuro para afirmar, mas pode ter certeza que nós vamos descobrir a origem e o destino dessas urnas”, garante o deputado.
A equipe do DFTV tentou falar com o suposto dono dos caixões, mas ele não foi encontrado.
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