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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Por R$ 3 bi, Maluf quer cobrir rios Tietê e Pinheiros

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, elegeu como mote da sua futura campanha o trânsito da cidade. Para combater o problema, sugere cobrir os rios Pinheiros e Tietê com oito faixas de rolamento para automóveis, a um custo estimado de R$ 3 bilhões, em até quatro anos de obras. Segundo ele, desobstruindo as artérias principais, automaticamente as demais avenidas fluiriam melhor.

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"Tenho um anteprojeto da construção e acredito que é uma obra executável. Se pensarmos que os R$ 3 bilhões serão divididos em quatro anos, com um investimento de R$ 750 milhões por ano, dá para fazer. O orçamento da cidade é de R$ 25 bilhões. Ou seja, investiríamos na obra 3% desse orçamento. Será a grande obra das muitas que já fiz", diz.

Segundo ele, a obra seria semelhante ao que hoje existe sobre o rio Tamanduateí, na avenida do Estado. "Muita gente chama aquilo ali de tampão. Eu não gosto muito do nome. Prefiro dizer que vamos colocar uma laje sobre os rios Pinheiros e Tietê. E podem acreditar: vai funcionar, assim como todas as obras que fiz na cidade", diz.

Maluf diz que muitos criticam esteticamente o "Minhocão", construído durante sua gestão à frente da prefeitura nos anos 70 e que certamente a idéia de cobrir os rios será criticada da mesma forma.

"Já falaram em demolir o Minhocão. Mas podiam fazer um teste. Deixá-lo fechado por 30 dias. Só para ver o que aconteceria", diz.

Maluf diz que além do investimento nessa obra, a cidade tem fôlego para colocar dinheiro em outras, como a ampliação do Metrô e dos corredores de ônibus. "Essa obra não inviabiliza as outras. Temos de pensar na cidade como um todo."

Disputa
Maluf elogia seus possíveis oponentes. Classifica Marta Suplicy (PT)como "boa candidata", Gilberto Kassab (DEM) como um "prefeito esforçado" e Geraldo Alckmin como "correto". "Ninguém pode se envergonhar em votar neles". Porém, garante estar com saúde e disposição para encarar a campanha eleitoral.

Em 2005, quando ficou preso por 50 dias na Superintendência da Polícia Federal de São Paulo, Maluf sentiu dores no peito e foi levado ao Incor, onde passou por um cateterismo. Recuperado, voltou à carceragem.

"Hoje estou me sentindo renovado. Passei por uma cirurgia de apêndice aos 14 anos, nas amígdalas aos 30 anos e de próstata aos 65 anos. Não tenho do que me queixar", afirma. "Costumo dizer que eu agüento sorrindo o que muito jovem não aguenta chorando".

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