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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dívida cara, menor renda e mais juros fazem inadimplência avançar



SÃO PAULO – A inadimplência do consumidor continua em alta, tendo avançado 8,2% em maio, na comparação com o mês imediatamente anterior. Para o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, isso se justifica basicamente pelos seguintes fatores: dívida cara, menor renda do trabalhador e mais juros.

O cenário atual não está favorável, pois as dívidas que os brasileiros já vinham acumulando nos últimos meses somam-se ao momento de restrição ao crédito e aumento de juros, o que contribui para a elevação da inadimplência, principalmente com os bancos.

As estimativas para os próximos meses também não são das mais positivas. De acordo com Almeida, o terceiro trimestre será um momento difícil para o consumidor, uma vez que já estão previstas mais duas novas elevações da Selic e o aumento na inadimplência reflete, sobretudo, o aumento nas taxas de juros.

Segundo estudos, a estimativa era de que a inadimplência terminasse 2011 no patamar de 8%, mas com o acirramento da inflação e mais a elevação de juros, a inadimplência também deverá acelerar, chegando a algo próximo dos 10% no final deste ano.

Educação financeira
De acordo com o indicador Serasa Experian da Inadimplência do Consumidor, o consumidor mantém um movimento de endividamento comprando principalmente bens de consumo duráveis. Nesse sentido, Almeida ressalta as aquisições dos automóveis, quem vêm batendo recordes de vendas mesmo com as restrições que o governo adotou em dezembro de 2010 ao anunciar seu pacote de medidas macro prudenciais.

À época, passou-se a exigir uma entrada maior para a compra de carros, mas, mesmo assim, as vendas continuaram em alta. Os eletroeletrônicos também estão entre os produtos preferidos pelos consumidores.

O economista da Serasa avalia que, como tais produtos estão sendo consumidos a prazo, e com prazos cada vez mais longos, isso favorece o acúmulo de dívidas. Esse acúmulo de dívidas, somado à falta de educação financeira dos cidadãos, faz com que eles adquiram cada vez mais dívidas no longo prazo, que depois não vai ter condições de pagar.






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