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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Argentina: imóveis de Mães da Praça de Maio são revistados


15 de junho de 2011 22h50 atualizado às 22h57


A Polícia Federal da Argentina revistou nesta quarta-feira vários imóveis da Associação Mães da Praça de Maio por ordem do juiz encarregado da causa que investiga o ex-procurador da instituição, Sergio Schoklender, por suposta lavagem de dinheiro e fraude ao Estado, informou o advogado da entidade. Os agentes entraram no edifício no qual funciona a Universidade das Mães da Praça de Maio e na sede da Fundação Sonhos Compartilhados, por meio da qual constroem casas populares com milionários recursos estatais.

O juiz federal Norberto Oyarbide determinou que fossem revistados um total de 12 edifícios pertencentes às Mães, a Schoklender e a pessoas que estão sendo investigadas por seu suposto envolvimento nos fatos, entre elas o irmão do ex-procurador, Pablo Schoklender, que também trabalhava na associação. O advogado das Mães, Eduardo Barcesat, confirmou que policiais revistaram vários edifícios vinculados à associação para confiscar toda a documentação relacionada aos irmãos Schoklender e a um total de 21 empresas que estão sendo investigadas no caso.

Na segunda-feira, as Mães da Praça de Maio solicitaram a Oyarbide que fossem admitidas como parte querelante do processo e denunciaram os irmãos Schoklender por formação de quadrilha, administração fraudulenta e falsidade ideológica. A presidente da associação, Hebe de Bonafini, retirou toda responsabilidade das Mães dos crimes investigados pela Justiça.

Este escândalo, que pôs em xeque a fiscalização estatal na entrega de subsídios a entidades beneficentes, explodiu há algumas semanas, quando Sergio Schoklender pediu demissão de seu cargo de procurador da Associação Mães da Praça de Maio por desentendimentos internos no manejo dos fundos para a construção das casas populares. As suspeitas apontam à empresa Meldorek, contratada pelas Mães para realizar a construção dos imóveis, mas que, segundo informou a imprensa local, tem 90% de suas ações pertencentes ao próprio Sergio Schoklender, que permanece em liberdade, embora a Justiça tenha proibido que deixe o país.

A imprensa argentina vem revelando a cada dia novas informações sobre o imenso patrimônio atribuído ao advogado, que inclui um avião, iates, carros de luxo e várias propriedades não declaradas.







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