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quinta-feira, 31 de março de 2011

Bolsonaro Militância e ódio à verdade

O assunto é bom. Sigamos ainda na tolerância. Peguei no pé de Dilma Rousseff e do jornalista português que a entrevistou, Sousa Tavares, por causa do número de desaparecidos no Brasil (post desta manhã). Ele falou em “500″; ela, em “milhões, milhares, centenas”. Informei que são 133, segundo um levantamento feito por um esquerdista que estudou a questão e escreveu um livro a respeito.

Não escrevi ou sugeri que era pouco. Só deixei claro que não são 500, milhões, milhares, centenas. O exagero e a imprecisão, nesse caso, fazem parte de um folclore moral criado pela esquerda destinado a esconder seus próprios crimes. E eu partilho da tese de que a verdade faz bem ao Brasil. É moralmente indecente que as 119 pessoas assassinadas pelos movimentos de esquerda tenham virado pó da história.

Não preciso que tenha havido “milhões” de desaparecidos ou de torturados para me escandalizar. Um só já bastaria. Ocorre, reitero, que a imprecisão faz parte de uma narrativa que tem um sentido político.

Pois acreditem: a simples exposição da verdade bastou para que viesse um enxame de canalhas me torrar a paciência: “Você está tentando minimizar os crimes da ditadura”. Eu entendo essas almas. Para certos esquerdistas, 424 mortes são quase nada; eles estão acostumados com milhões; para certos esquerdistas, 133 desaparecidos não dramatizam a situação o suficiente: quando no poder, eles não costumam fazer menos de 100 mil… E ainda pode ter trilha de Chico Buarque, não é, Fidel?

Os poderes de turno costumam ser intolerantes com as verdades que não lhes servem, ainda que elas, por si, não revelem méritos de seus adversários.

Por Reinaldo Azevedo





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