EFE
Manuel Zelaya vai retomar a pompa da presidência de Honduras. Mas seus rivais ditam as circunstâncias.
Depois de um angustiante chove-não-molha, fechou um acordo na noite passada –madrugada de sexta (30), no Brasil.
Prevê, entre outros pontos, que caberá ao Congresso hondurenho decidir sobre a restituição de Zelaya à cadeira de presidente, usurpada por Roberto Micheletti.
Não há prazos. Mas “não pode demorar muito”, disse Thomas Shannon, o desatador de nós que os EUA enviaram a Tegucigalpa.
Ficou combinado que todo mundo reconhecerá como legítimas as eleições presidenciais marcadas para 29 de novembro.
Pois bem. Suponha o Congresso devolva a presidência a Zelaya. Com alguma sorte, o chapelão estará de volta à cadeira em 15 dias.
Dali a duas semanas, os hondurenhos irão às urnas para informar o nome do sucessor. A essa altura, Zelaya já será passado.
Fica no cargo até 26 de janeiro de 2010. Mas não dará um mísero passo sem a supervisão do novo dono da faixa.
Ou seja, mantido o acordo, Zelaya volta. Mas só para que Honduras possa salvar as aparências e livrar-se das sanções internacionais.
Thomas Shannon, o enviado de Barack Obama a Hondunras, recomenda "atenção". Está especialmente preocupado com a parte do acordo que prevê a volta de Zelaya.
No Brasil, o Itamaraty festejou, em nota, o "desfecho pacífico" da crise.