Pará - A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira 58 pessoas acusadas de participarem de um esquema de fraude contra o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) no Pará. Eles formaram uma quadrilha que pode ter fraudado, segundo o INSS, dois mil benefícios previdenciários, com prejuízo de quase R$ 50 milhões.
Entre os presos estão servidores públicos, falsários, corretores de financeiras e pessoas que participavam do esquema fazendo retiradas de aposentadorias falsas. Todos estão com prisão preventiva decretada e podem ficar presos por tempo indeterminado.
De acordo com o Ministério Público Federal, responsável pelas investigações, a quadrilha fraudava principalmente os benefícios de prestação continuada ao idoso, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Eles também atuavam realizando empréstimos consignados ilegais em benefícios regulares, tirando dinheiro de beneficiários verdadeiros da Previdência.
A quadrilha funcionava em núcleos, cada um com função definida dentro do esquema. Alguns integrantes convenciam pessoas a dar entrada em requerimentos de benefícios com documentos falsos. Os 21 intermediários também pagavam propina a servidores do INSS que aceitavam fazer as operações e garantiam os benefícios forjados.
Outros integrantes falsificavam documentos para que os pedidos de aposentadoria pudessem ser requeridos. O bando ainda era formado por cerca de 10 funcionários de empresas financeiras, que realizavam empréstimos consignados aos benefícios fraudados e por outros membros que eram resposáveis pelos saques.
De acordo com o MPF, as prisões foram necessárias para garantir que a União não continuasse a ser lesada pela fraude. Eles poderão ser denunciados à Justiça Federal por nove crimes diferentes. São suspeitos de praticar corrupção ativa e passiva, peculato, estelionato, formação de quadrilha, falsidade material, falsidade ideológica e uso de documento falso.
As informações são do Terra