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sexta-feira, 11 de março de 2011

Luis Nassif (PIP) recebe R$660.000, 00 por ano do PT! #pt #inss #aposentadoria #japao #money #sus #lula #dilma

Pena muito bem Paga!

Nassif, despedido da folha, ganha dinheiro do Franklin Martins para fazer propaganda do PT no seu Blog de Merda.

O Pena-Paga de merda
O Pena-Paga de merda

Comprovado:

Luis Nassif recebe 660.000 reais por ano (é mais que isso ) PT para fazer propaganda chapa-branca no seu Blog de merda.

O pena-paga do PiP (Partido da Imprensa Petista) cagou uma lauda tentando justificar o injustificável no seu fedorento Blog, mas só deu voltas e não conseguiu explicar porque alguém receberia tanta bufunfa para trabalhar para uma TV que tem audiência zero.

Agora fica a pergunta: por mais idiota que os Petistas, esquerdistas e outros istas em geral sejam, será que eles acreditam mesmo na honestidade de cuzões como Nassif, Paulo Henrique Amorim, Azenha e outros receptadores de dinheiro público desviado pelo PT?

Será que a cara de pau chega a tanto, ou eles sabem, não ligam e se finjem de indignados?

Respondam aí, petistas de merda.

RUBENS VALENTE

ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O jornalista e empresário Luís Nassif mantém um contrato anual, fechado sem licitação, de R$ 1,28 milhão com a estatal EBC (Empresa Brasil de Comunicação), vinculada ao Palácio do Planalto e responsável pela TV Brasil.

A empresa de Nassif, Dinheiro Vivo Agência de Informações, produz um debate semanal, de uma hora, e cinco filmetes semanais de três minutos.

Do R$ 1,28 milhão do contrato, o jornalista fica com R$ 660 mil anuais a título de remuneração, o que equivale a salário de R$ 55 mil. Os pagamentos começaram em agosto. O programa estreou segunda-feira.

À Folha, por e-mail, Nassif afirmou que os insumos de produção cresceram de forma ?não prevista no contrato original?, por conta de ?demandas adicionais da EBC?, e que a parte destinada à Dinheiro Vivo corresponde a R$ 49 mil brutos mensais (ou R$ 39 mil líquidos), e não R$ 55 mil.

Os outros R$ 558 mil do contrato são destinados ao pagamento de uma equipe de nove pessoas e à compra de equipamentos. A gravação do debate é feita no estúdio da EBC, que também custeia deslocamento e hospedagem de convidados.

Em seu blog, Nassif tem se posicionado a favor do governo em várias polêmicas, discussões e escândalos. A página também se caracteriza por críticas a jornais e jornalistas.

Após a Folha ter revelado, no mês passado, que a Eletronet, empresa interessada em atos do governo, pagou R$ 620 mil ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, Nassif tentou desqualificar os jornalistas e fez a defesa de Dirceu.

www.midiaindependente.org
  1. Blogueiro que critica a mídia é contratado da EBC - brasil ...

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    www.estadao.com.br › Brasil - Em cache
  2. Luiz Nassif, blogueiro que critica a mídia, é contratado da EBC ...

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    jc3.uol.com.br/.../blogjamildo/.../luiz_nassif_blogueiro_que_critica_a_midia_e_contratado_da_ebc_vai_receber_r_180_mil_para_atuar_... - Em cache
  3. Toma Mais Uma: Luis Nassif, além de tudo, mente

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    tomauma.blogspot.com/.../luis-nassif-alem-de-tudo-mente.html - Em cache
  4. BLOG DU BÓIS: Luis Nassif é contratado pela EBC por R$ 180 mil sem ...

    23 set. 2010 ... Luis Nassif é contratado pela EBC por R$ 180 mil sem licitação. O jornalista Luis Nassif foi contratado há uma semana, sem licitação, ...
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  5. Sul 21 » Luiz Nassif é recontratado pela EBC

    24 set. 2010... o contrato do jornalista Luis Nassif por R$ 30 mil mensais. ... Segundo a EBC, Nassif foi contratado para prestar serviços de entrevistador e ... de Comunicação por um valor de R$ 180 mil e vigência de seis meses. ...
    sul21.com.br/jornal/.../luiz-nassif-e-recontratado-pela-ebc/ - Em cache
  6. Luís Nassif responde a mais um ataque de diário conservador ...

    23 set. 2010... o jornalista Luis Nassif foi citado por um contrato de R$ 30 mil por mês, ... de Comunicação por um valor de R$ 180 mil e vigência de seis meses. ... “– Quais tipos de serviços são prestados além do contrato acima ...
    correiodobrasil.com.br/luis-nassif-responde.../182481/ - Em cache
  7. Luis Nassif - E-mail, Endereço, Número de telefone, tudo!

    Tudo o que você precisa saber sobre Luis Nassif Email addresses, Phone numbers, ... sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    www.123people.com.br/s/luis+nassif
  8. Jornalista que critica a mídia é contratado do governo ...

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
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  9. O caso Elmar Bones e Germano Rigotto | Brasilianas.Org

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    www.advivo.com.br › BlogsBlog de luisnassif - Em cache
  10. Governo contrata blogueiro que desqualifica a imprensa « República ...

    24 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    republicadosbananas.com.br/.../governo-contrata-blogueiro-que-desqualifica-a-imprensa/ - Em cache
  1. Jornalista Polibio Braga: Blogueiro chapa branca que critica a ...

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    polibiobraga.blogspot.com/.../blogueiro-chapa-branca-que-critica.html - Em cache
  2. Filosofia Cirúrgica: Nassif, o crítico da mídia, contratado pelo ...

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    www.filosofiacirurgica.com/.../nassif-o-critico-da-midia-contratado.html - Em cache
  3. EBC contrata Nassif, sem licitação, por R$180 mil, diz jornal ...

    23 set. 2010 ... São Paulo - O jornalista e empresário Luís Nassif, conhecido por ... o contrato prevê pagamento de R$ 180 mil pelos serviços de Nassif e ...
    exame.abril.com.br/.../ebc-contrata-nassif-licitacao-r-180-diz-jornal-598943 - Em cache
  4. Blogueiro que critica a mídia é contratado da EBC | Prosa e Politica

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
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  5. Blog da CIT: Nassif se supera

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
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  6. Mama na tetinha NASSIFÃO!

    23 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    gentedecente.com.br/.../1415-mama-na-tetinha-nassifao.html - Em cache
  7. 2010 Setembro - Blog do QUEMEL

    A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. O contrato terá vigência ...
    blog.consultoriadomestica.com.br/2010/09/ - Em cache
  8. PIG gaúcho silencia sobre violência de Rigotto contra jornalista ...

    22 set. 2010 ... “A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    www.conversaafiada.com.br/.../pig-gaucho-silencia-sobre-violencia-de-rigotto-contra-jornalista/ - Em cache
  9. Clipping do dia | Brasilianas.Org

    9 mar. 2011... (em torno de R$ 180 bilhões) neste ano para apoiar regimes corruptos ... Esse é o regime afegão ao qual dedicaremos mais de US$ 110 ... Mas atualmente nosso envolvimento nesses dois países –que envolve 150 mil soldados para confrontar a ... Luis Nassif. Introdutor do jornalismo de serviços e do ...
    advivo.com.br › BlogsBlog de luisnassif - Em cache
  10. Alegrai-vos, já está chegando a primavera | Balaio do Kotscho

    19 set. 2010 ... A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) contratou há uma semana, sem licitação, os serviços do jornalista Luis Nassif por R$ 180 mil. ...
    colunistas.ig.com.br/.../alegrai-vos-ja-esta-chegando-a-primavera/

ESSE É O NÍVEL DE LUIS NASSIF

Neste sábado, o blogueiro Luis Nassif protagonizou uma cena absurda no Twitter. Em seu espaço na web, ele usa um expediente curioso, tratando por "troll" tudo e todos, chegando ao ponto de dizer que há uma "rede" preparada para conspirar, organizada por fulano ou sicrano, e assim por diante. Vez por outra, aponta o nome de alguém que ousou desafiá-lo e o pobre-coitado é massacrado pelos comentaristas.

Tudo até ontem era feito de forma relativamente esperta, embora manjada: troca de farpas pelo Twitter, texto "revelando" o suposto troll (basta discordar para ganhar tal qualificação) e, em seguida, uma saraivada de xingamentos por parte de quem comenta no blog. Isso, é claro, provoca receio nos demais adversários ideológicos, pois poucos têm vontade de passar por esse tipo de aborrecimento.

Mas ontem foi demais. Um sujeito publicou o tweet a seguir (apagarei o nome por questões jurídicas, já que as ofensas talvez ensejarão processo de reparação de dano moral):

Vejam as respostas de Luis Nassif, que já foi do conselho editorial de um jornal de grande circulação (hoje ele o ataca diuturnamente):

A essa altura, nem daria mais para fingir ilusão com seriedade e alto nível, não é mesmo? Mas a parte espantosa vem agora, quando Nassif diz que O OUTRO seria o troll:

Entenderam a tática? Uma pergunta, de fato incisiva, é rebatida com alegações acusatórias e tacanhas sobre a vida íntima do outro, no mais baixo nível que se possa imaginar. E O TROLL É O OUTRO! E os trolls somos nós...

Acusações
O rapaz que acusa Luis Nassif fala em partido pagando e, nesse caso, o blogueiro também pode alegar ter havido excesso. Segundo o Diário Oficial, como divulgado por Folha e O Globo, a empresa de Nassif foi contratada sem licitação pela estatal federal que controla a TV Brasil, por cerca de R$ 1,2 milhões de reais. Mas o twitteiro se excedeu ao falar em vinculação partidária da forma como o fez.

De todo modo, nada justifica a reação de Luis Nassif. A Folha de São Paulo, mesmo, chama o blogueiro (na manchete!) de "jornalista pró-governo" e, ao que se sabe, não há até agora qualquer processo judicial por conta disso.

E vamos torcer para que também não venha algum ataque baixo sobre a sexualidade do jornalista.


10/03/2011

às 19:47

Isso é que é jornalismo fino! EBC, que cuida da ex-Lula News, atribui a ministro do TCU o que ele nunca disse!

Vamos atualizar a notícia. A Empresa Brasileira de Comunicação, que cuida da TV Brasil — antiga Lula News, atual Dilma News — não sabe atrair o telespectador. Já sabemos disso. Segundo um relatório preliminar do TCU, a TV Brasil já aprendeu a fraudar licitação, o que teria beneficiado o filho de Franklin Martins, ex-chefão do pedaço. Sabemos disso também. Agora, a empresa se dedica à tarefa de atribuir a terceiros o que estes não disseram. Leiam o que informa Leandro Colon no Estadão Online. É um espanto! Franklin dizia querer uma TV pública forte para que ela, entre outras coisas, servisse de referência de bom jornalismo. É, dá para perceber…

Ministro do TCU desmente nota da EBC

O ministro Ubiratan Aguiar, do Tribunal de Contas da União (TCU), desmentiu nesta quinta-feira, 10, nota oficial da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Em nota, a EBC informou que Aguiar “desmentiu” e “contestou” a reportagem do Estado revelando que auditoria do tribunal identificou fraudes numa licitação de R$ 6,2 milhões da TV Brasil. Procurado pelo jornal, o ministro disse que, em nenhum momento, quis “desmentir” ou “contestar” o conteúdo da matéria. Apenas informou à EBC que o processo está em fase de análise, conforme já havia relatado a reportagem.

O ministro informou ao Estado, por meio da assessoria de imprensa do TCU, que nem teve acesso aos autos do processo, que está em fase de instrução técnica. Segundo o TCU, Aguiar “ainda não examinou as informações obtidas pela auditoria, não podendo se posicionar a respeito”. “O ministro ainda não examinou o processo, não tem como desmentir ou confirmar as informações da matéria”, diz a assessoria.

Entre essas “informações” citada por Aguiar está a auditoria revelada pelo Estado, realizada pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (Sefti) do TCU, de 23 páginas, que foi anexada ao processo no último dia 20 de janeiro. É, até agora, o principal elemento de investigação do tribunal.

A auditoria aponta uma série de irregularidades, inclusive uso de documento falso e favorecimento, na licitação que contratou por R$ 6,2 milhões a Tecnet Comércio e Serviços Ltda. Cláudio Martins, filho do ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, é funcionário da empresa. Segundo o TCU, a Tecnet não poderia disputar a licitação, nem a EBC deveria ter aceitado a sua participação.

O resultado da auditoria, elaborado após a EBC ser ouvida, aponta, entre outras coisas, que a Tecnet falsificou um atestado para comprovar que atendia aos requisitos da concorrência. “A declaração apresentada pela empresa Tecnet acerca do integral atendimento de seu sistema aos requisitos especificados no termo de referência do Pregão 85/2009 é falsa”, diz o relatório.

Por Reinaldo Azevedo

O texto que Luiz Nassif fez de cócoras

Leitor, trata-se de um texto longo, que começa com um “Reinaldão” e termina com dois legítimos “Diogo Mainardi”. No meio, Luiz Nassif. Parece divertido ao menos. Vamos lá?

Quem levou o caso das apostilas do COC para, vá lá, a grande imprensa fui eu. Tanto quanto meu blog, hospedado na VEJA On Line, é grande imprensa… Um leitor me mandou o link do site Escola Sem Partido. Mirian Macedo, mãe de uma aluna, relatava alguns disparates contidos no material didático. Li a história, achei o caso importante, fiz um post — reproduzindo, inclusive, o artigo (no dia 1º de junho) — e liguei para a VEJA: “Olhem, isso parece interessante”. A redação achou que merecia uma reportagem. E assim se deu. Todas as personagens relevantes são ouvidas: a mãe, um representante da escola e um do COC. À revista, a direção do sistema informou que vai fazer uma revisão do material didático. O dono do grupo foi enfático: “Erramos mesmo”. Alguma dúvida?

Eis que um leitor me manda a transcrição de um post do Blog de Luiz Nassif. Lê-se o que vai em vermelho:

Confesso que não entendi direito a matéria, acho que na “Folha”, falando da mãe que resolveu denunciar o material didático do sistema COC de ensino. Depois, a análise de um especialista mostrando que, fora alguns problemas menores de linguagem, o material era correto.
Agora me falaram que a matéria foi dada na Veja. Fui ler. Intertítulo: “Mirian com a filha, Luísa: indignada com os erros factuais e com a doutrinação esquerdista”.
Segue-se uma longa catilinária, com uma conclamação para que colégios deixem de utilizar o material do COC. “O colégio onde estuda a filha reagiu com coragem e correção. Não renovou o contrato com o COC e mandou tirar de sua própria apostila o texto em questão”. Depois, críticas genéricas de especialistas contra a má qualidade dos livros didáticos, mas sem deixar claro se são críticas genéricas ou específicas.
Faltou à matéria informar que a Editora Abril, através de duas editoras que adquiriu nos últimos anos, é concorrente direta do COC no fornecimento de material didático às escolas; que a matéria favorece a Abril nessa disputa; que a defesa do COC aparece em apenas uma frase do proprietário.
Eis aí uma das facetas mais perigosas dessa concentração de poder na mídia. Pode-se utilizar a notícia como ferramenta empresarial para sufocar concorrentes, sem o risco desse tipo de posição ser questionada por outros veículos.

Voltei
Lá vou eu garantir um pouco de trânsito para Luiz Nassif. Entrei no seu Blog só para ver se o post realmente estava lá. Estava. Ontem, ele recebeu, ao todo, 95 comentários, o que dá conta da sua importância no debate. É o que jogo fora, por hora, de comentários de petralhas. Tal irrelevância foi construída de maneira meticulosa — provavelmente com textos soberbos como o que vai acima: desinformado e inepto. Eu desafio Nassif a provar que eu esteja a serviço de uma briga entre empresas que produzem material didático, mas não é difícil evidenciar que ele usa release de empresário como se fosse texto de sua autoria. E isso ainda é o de menos. Já chego lá.

Antes, a seu texto:
1 - Ele escreve sobre algo que confessa não ter entendido direito;
2 – A matéria da Folha, de fato, é muito ruim porque cita apenas uma das distorções do material — sobre o apoio da Igreja à escravidão. Não ouve “especialista” coisa nenhuma, e sim um padre da Teologia da Libertação;
3 – Mesmo assim, é mentira que ele tenha dito que o material está correto. Até porque ele aborda apenas a questão da Igreja. O “material” é bem mais amplo;
4 – O que Nassif chama de “intertítulo” na reportagem é uma legenda;
5 – A reportagem não é uma “longa catilinária”; é curta: 3.854 toques;
6 – Nassif, vejam só, nega o erro — que o próprio dono do sistema admite;
7 – Nassif omite que o COC, antes de admitir os erros, havia entrado na Justiça contra a mãe e contra o site “Escola Sem Partido”. Ambos tiveram garantido o direito de publicar a crítica.

A delinqüência petralha, claro, já mandou comentários pra cá, comprando a versão da disputa comercial. Relembro algumas das pérolas que a corajosa Mirian Macedo aponta em seu artigo. Se Nassif quiser, a gente pode marcar um debate: ele defende o ponto de vista das apostilas. Eu combato. Vamos a algumas (apenas algumas) das bobagens relatadas por Mirian:

Sobre o papel da mulher - “O progresso técnico aplicado à agricultura (…) levou o homem a estabelecer seu domínio sobre a produção agrícola em detrimento da mulher”.

Classes sociais no pós-neolítico - “Estas transformações provocaram a dissolução das comunidades neolíticas, como também da propriedade coletiva, dando lugar à propriedade privada e à formação das classes sociais, isto é, a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais - daí as classes sociais - e a um poder teoricamente colocado acima delas, como árbitro dos antagonismos e contradições, mas que, no final de tudo, é o legitimador e sustentáculo disso: o Estado”.

O dilúvio - O “dilúvio seria enviado por Deus, como castigo às cidades de Sodoma e Gomorra”.

O que vai acima é exemplo de puro besteirol, digamos, factual. Mas há também os muitos exemplos de doutrinação ideológica. Com efeito, a matéria da Folha, que pautou a hipótese conspiratória de Nassif, ignorou o essencial e se contentou com a máxima de que toda pendenga tem dois lados. Bom, todo mundo tem o direito de achar que Deus mandou o dilúvio para acabar com a sem-vergonhice de Sodoma e Gomorra. É um lado: o da ignorância. É, o governo Lula recomendaria ao Altíssimo só uma política de “redução de danos”…

Na única questão que interessou à Folha, Mirian contestou, de modo irretocável, esta passagem, entre outras de marxismo chulé: “Sabemos que a história é escrita pelo vencedor; daí o derrotado sempre ser apresentado como culpado ou condições de inferioridade (sic). Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado (sic) como animal, pois era ‘desprovido de alma’. Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira?

A inculta e bela, como vocês vêem, já mereceria um tratado. Mirian lembrou, com propriedade, que, “em 1537, o Papa Paulo III publicou a Bula Veritas Ipsa (também chamada Sublimis Deus), condenando a escravidão dos ‘índios e as mais gentes’.” A simples omissão desse dado constitui falha da apostila. O que é educar? Com efeito, é transmitir um conteúdo, tão objetivo quanto possível, e provocar a reflexão dos alunos. É inegável a tolerância da Igreja Católica com a escravidão, mas que se fale, por exemplo, de Padre Vieira no Brasil e suas censuras severas aos senhores de engenho. Como isso era possível? Há de haver alguma explicação. É ela que interessa. Tratar, por exemplo, das diferenças entre a orientação oficial da Igreja e a ação dos jesuítas na colônia portuguesa é, com efeito, ensinar história. O trecho da apostila é só uma estupidez, uma declaração de princípio, vazada em péssimo português. Mas não é irrelevante: ao evitar os matizes, estimula os estudantes a ser judiciosos com o passado — julgando-o com os olhos do presente.

Nassif, obviamente, ignora todos esses aspectos e prefere inventar uma história: VEJA teria feito a reportagem a serviço de uma disputa comercial, que, de resto, é só uma fantasia de seus delírios conspiratórios. Não age por acaso. Ao pôr aquele texto sob suspeição, pretende fazer o mesmo com todas as matérias da revista. Renan Calheiros, Vavá e Zuleido, entre outros moralistas, lhe ficam muito gratos. Seria ridículo eu ficar defendendo VEJA aqui. Isso é feito por milhões de leitores a cada semana. Falo por mim. Sou muito zeloso da minha independência para que alguns me avaliem por seu metro.

Depois que vim para a VEJA, como já disse, um monte de gente oferece o traseiro para que eu chute. Costumo ignorar porque não tenho tempo pra isso. Preciso trabalhar. Não ganho dinheiro fazendo lobby para empreiteira. Mas, às vezes, acho que é o caso de responder. São mais de duas da manhã de quinta. Enquanto Nassif dorme o sono dos que têm biografia impoluta, fico aqui conspirando a serviço de uma guerra comercial. Hoje Nassif arrebenta a boca do balão. Os que lêem este blog talvez passem lá para ver se ele responde alguma coisa. Se responder, esperarão a tréplica (tou bem animado!). E assim vai. Até eu ficar enjoado dele.

Em nome da Editora do Reinaldão, aceito um debate público com Nassif. Ele sustenta que o surgimento das classes sociais pôs fim ao neolítico, e eu vou afirmar que ele é maluco. O encontro poderia ser na reitoria da USP. Talvez lá ele tenha alguma chance.

Por fim, já que o assunto é independência, relembro duas colunas de Diogo Mainardi. Quando ele as escreveu, Nassif ainda era colunista na Folha. Não é mais. A culpa, claro, não é nem de Diogo nem de VEJA.

Chega de ética, Nassif
13/08/2005

Sou um conspirador. Um conspirador da elite. Quero derrubar Lula. Só não quero ter muito trabalho. Quero derrubar Lula sem sair de casa. Quase deu certo na semana passada. Telefonei para o deputado José Janene. Ele reconheceu que José Dirceu comandou o esquema de compra de deputados por parte do governo. Foi a primeira vez que um dos envolvidos nas denúncias do mensalão acusou o Palácio do Planalto de distribuir dinheiro sujo a parlamentares. Janene pediu que eu publicasse a notícia em off, sem citá-lo. Não aceitei. Não sou padre, que ouve confissão calado. Dedurei Janene. O Jornal Nacional procurou-o na segunda-feira, para confirmar o conteúdo da entrevista. Janene preferiu não se manifestar. Como não gravei nossa conversa, o assunto morreu. O maior sucesso de minha atividade como conspirador falhou miseravelmente. Decidi começar a gravar meus telefonemas. Virei o Juruna da imprensa. Gravo tudo no aparelho de karaokê de meu filho. Quero derrubar Lula, mas só vale se for desse jeito: sem sair de casa e com o karaokê da Chicco. Derrubar Lula de qualquer outra maneira seria conferir-lhe um crédito exagerado.

O deputado Janene reprovou minha atitude. Disse que quebrei o código de ética do jornalismo. Outra autoridade em matéria de ética, que se sentiu no direito de me passar um pito, foi Luis Nassif, colunista de economia da Folha de S.Paulo. Ele escreveu: “Para combater a falta de escrúpulos do governo, agora, chega-se a atropelar até valores sagrados da imprensa, como o instituto do off the record. Em uma coluna, em revista de larga circulação, o autor se vangloria de ter passado a perna em um deputado, prometendo-lhe manter uma declaração em off e não cumprindo a promessa”. Isso foi publicado na última quinta-feira.

Na quinta-feira da semana anterior, Nassif deu um perfeito exemplo de ética jornalística. Num artigo sobre Daniel Dantas, ele reproduziu palavra por palavra, sem citar o autor, uma mensagem enviada a diversos jornalistas por Luiz Roberto Demarco. Demarco não é o que se poderia definir como uma fonte isenta. Pelo contrário: ele está processando Dantas na Justiça, numa ação bilionária. Como se pode notar, Nassif é um jornalista ético, que sabe preservar suas fontes. Ele é tão cioso de sua responsabilidade que decidiu copiar até mesmo os erros de grafia da mensagem original de Demarco, como o nome do presidente da Portugal Telecom no Brasil, Shakhaf Wine, chamado por ambos de Shakaf Wine.

Além da coluna na Folha de S.Paulo, Nassif tem também um site de notícias, que foi financiado com empréstimos do BNDES. Um dos patrocinadores do site é o próprio BNDES, coincidentemente o maior acionista da Telemar, concorrente direta de Dantas. Não surpreende que um paladino da ética como Nassif tenha defendido a compra, por parte da Telemar, da produtora de fundo de quintal do filho de Lula, Fábio Luís. Outro importante patrocinador do site de Nassif é a Odebrecht, cujo fundador mereceu um panegírico apaixonado numa coluna recente. Nassif me deu uma lição de ética. Janene me deu uma lição de ética. Lula afirmou que não existe ninguém mais ético do que ele. Eu não aceito lição dessa gente. O Brasil tem off demais. Tudo o que se faz aqui é em off. Esta não é a hora do off. É a hora de abrir o jogo, de contar tudo, de falar a verdade.

O empresário Nassif
22/08/2005

É bom brigar. É um prazer brigar. Prefiro brigar quando não tenho razão. Quando não tenho argumentos. No caso de minha briga com Luis Nassif, colunista da Folha de S.Paulo, estou coberto de razão. Estou cheio de argumentos. Não preciso enfiar dedo no olho. Não preciso recorrer a golpes baixos. Quase não tem graça brigar com ele.

Quem começou tudo foi Nassif. Ele me recriminou porque dedurei uma fonte. Respondi na coluna da semana passada, desmerecendo sua autoridade moral. Na última terça-feira, ele fez a bobagem de retomar o assunto, num artigo intitulado “O caso Mainardi”. No artigo, ele me define como um “showman”, um parajornalista. Não sei como definir Nassif. Ele é jornalista, mas é também dono de um site de economia. A função de jornalista não é inteiramente compatível com a de empresário. O empresário Nassif lucra com o patrocínio oferecido por uma empreiteira ao seu site. O jornalista Nassif elogia a empreiteira em sua coluna, citando-a como exemplo de “gestão inovadora”. O empresário Nassif recebe dinheiro de um banco oficial para seu site. O jornalista Nassif defende o banco oficial em sua coluna.

No artigo da semana passada, acusei Nassif de reproduzir informações fornecidas por uma fonte suspeita. No caso, Luiz Roberto Demarco, que usou Nassif para defender seus interesses contra Daniel Dantas. Nassif copiou integralmente uma mensagem que Demarco mandou a vários outros jornalistas, sobre as negociações entre o banco Opportunity e a Portugal Telecom.

Demarco:
Participaram das negociações pelo lado do Opportunity, Daniel Dantas, Carlos Rodemburg, Artur Carvalho, Veronica Dantas, Francisco Mussnich. Pelo lado da Portugal Telecom, entre outros, Carlos Vasconcellos, o chefe mundial de investimentos da PT, Eduardo Amaral Lyra Neto, ex-presidente da PT Brasil, e Shakaf Wine, atual presidente da PT, e na época advisor de investimentos.

Nassif:
Pelo lado do Opportunity, participaram das negociações Daniel Dantas, Carlos Rodemburg, Arthur Carvalho, Verônica Dantas, Francisco Mussnich. Pelo lado da Portugal Telecom, entre outros, Carlos Vasconcellos, chefe mundial de investimentos da PT, Eduardo Amaral Lyra Neto, ex-presidente da PT Brasil, e Shakaf Wine, atual presidente da PT e na época “advisor” de investimentos.

Para provar que Nassif copiou a mensagem de Demarco sem conferir seu conteúdo, chamei atenção para o fato de que ambos grafaram errado o nome de Shakhaf Wine. Se for para ser implicante, se for para enfiar o dedo no olho, digo que eles grafaram errado também o nome de Carlos Rodenburg. Pior: chamaram o então presidente da Portugal Telecom, Eduardo Correia de Matos, de Eduardo Amaral Lyra Neto. Nassif garante que consultou a Portugal Telecom antes de publicar seu artigo. Duvido. A Portugal Telecom teria corrigido ao menos o nome de seu presidente.

Nassif deu a entender que minha coluna estava relacionada a um encarte publicitário de uma empresa de Dantas, veiculado “com exclusividade” em VEJA. Na verdade, o encarte foi veiculado também pelo jornal Valor, cujo dono é o mesmo da Folha de S.Paulo. A mensagem de Demarco, diligentemente copiada por Nassif, acusa Dantas de usar Marcos Valério para repassar dinheiro ilícito à camarilha que apóia o governo Lula. Nesse ponto – só nesse ponto – o empresário endividado num banco oficial Nassif preferiu ignorar sua fonte. Deve ser uma questão de ética jornalística.

Por Reinaldo Azevedo

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26/10/2008 free counters

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