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sexta-feira, 26 de março de 2010

Tese da terceira pessoa


O promotor ironizou a versão da defesa de que uma terceira pessoa teria entrado no apartamento naquele dia. “A defesa diz que essa pessoa resolveu fazer um absurdo. Entrou no apartamento, tentou matar a menina e não conseguiu e, então, resolveu dar o alarme jogando-a da janela bem perto de um quartel policial”, disse.

Em seguida, no relato do promotor, esse “matador” agiria descalço não deixando marca do solado do sapato na cama dos irmãos. “Como o apartamento estava uma bagunça, ele teria resolvido fazer uma faxina e limpado tudo com um pano, guardado a tesoura na gaveta e, em um gesto de solidariedade, lavado uma única fralda em meio a toda aquela roupa suja. Depois, ele saiu, trancou a porta e, num gesto verdadeiro, apagou a luz”, ironizou.

O promotor também minimizou a importância do depoimento das duas testemunhas da defesa que restaram. "Havia um repórter, que não esclareceu nada e cuja participação só vai ficar marcada no corpo de maquete, e o outro investigador, que só fez o trabalho dele”, disse. “A Justiça caminha em um sentido. A defesa pede que os senhores votem na contramão”, afirmou.

Nesse momento, Podval interrompeu e disse que irá usar as próprias testemunhas da acusação para provar que não há nada de concreto contra seus clientes.

O promotor retomou em seguida e atacou o laudo do perito George Sanguinetti, apresentado no início do processo pela defesa. “O trapalhão de Alagoas chegou a falar que Isabella tinha sofrido abuso sexual. Quando viram que ele só estavam tentando divagar e conquistar fama, eles mesmo o descartaram”, acusou.

A referência se deve ao fato de Sanguinetti, que já atuou em vários casos de grande repercussão, ter trabalhado no caso da morte de Paulo César Farias, homem forte do governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992).

PC foi tesoureiro da campanha do hoje senador por Alagoas e foi assassinado em circunstâncias misteriosas. Em 1997, um laudo do legista descreditou a versão inicial de que Farias teria sido morto pela namorada, Suzana Marcolino, que depois teria se suicidado. Mas o crime segue sem solução.

No final de sua fala, o promotor disse que pedirá réplica para mostrar ainda mais provas e condenar o casal. Ele classificou o júri como “divisor de água”. “Vocês vão dizer, jurados, se temos que caminhar para frente com a tecnologia ou se voltamos para trás com o subjetivismo das testemunhas”, disse.






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