Colunista do UOL
Usando mesmo recurso observado na Globo em duas ocasiões, a Record está radicalizando na eliminação da presença de marcas e logotipos espalhados em área urbana --e que porventura sejam captados em entrevistas.
O recurso, uma espécie de “cleaner”, borra a imagem do logotipo da empresa ou instituição, embaça a marca. O efeito, óbvio, chama a atenção de telespectadores, pois há reação àquela estranha textura que surge no vídeo. A medida, na verdade, chama ainda mais a atenção do telespectador para a marca que se tenta esconder.
Na última sexta-feira, na Record, o recurso foi usado duas vezes numa mesma matéria. Uma repórter entrevistava o cantor Luciano e o médico do hospital Pro-Matre. Ambos falaram do nascimento das filhas do cantor, prematuras e ainda internadas. Os dois deram entrevistas em frente ao hospital, mas a marca da instituição foi “deletada”.
Procurada, a GCRecord limitou-se a dizer que o recurso foi usado “não em uma reportagem jornalística, mas em uma matéria de entretenimento”.
Além de Globo e Record, Amaury Jr., na Rede TV!, tem feito o mesmo em algumas matérias.
Quem é legal
TV Brasil, de madrugada
Este colunista faz firme crítica do conteúdo e imagem da jovem e custosa estatal TV Brasil, mas uma coisa ali tem qualidade: a excelente programação da música clássica durante as madrugadas, quando o canal está fora do ar. Muitas obras encantadoras, compositores que fogem do clichê, como Elgar, Sibelius, Corelli e Strauss (o Richard, claro, porque o outro se tornou o próprio chavão do clássico)...
Quem Irrita
Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária)
O famoso conselho tem histórico de sobriedade em seu papel de avaliar e mediar disputas e polêmicas publicitárias, entre outras incumbências. Mas, ao alegar apelo sexual excessivo na peça de uma determinada cerveja cabe-nos perguntar: Por que essa cerveja, Conar? Por que não as outras peças alcoólicas exibidas na TV aberta nos últimos dez ou quinze anos? Onde está a isonomia?
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