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quinta-feira, 4 de março de 2010

"Agradável e interessante"


Dessa maneira Celso Amorim definiu o encontro entre Hillary e Lula. Chanceler também afirmou que a relação entre Brasil e EUA "está ótima"

Tânia Monteiro

lula_hilary.jpg

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ficou cerca de uma hora com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Ao deixar a reunião, o ministro Celso Amorim contou que a conversa entre a secretária de Estado e o presidente Lula foi "agradável e interessante".

Segundo relato de Amorim, vários assuntos foram tratados na reunião e o presidente Lula começou falando da Conferência do Clima. "Ele está disposto a continuar dialogando para o êxito da Conferência da COP 16, no México. O presidente Lula mencionou a importância de o presidente Obama (Barack Obama) continuar o diálogo com a América Latina, em especial com a América do Sul, citando o que ocorreu em Trinidad e Tobago", disse o ministro.

Amorim contou que, no encontro, houve alguma referência ao Oriente Médio, quando o presidente Lula comunicou que visitará Israel, Palestina e Jordânia na próxima semana e mencionou que irá ao Irã em maio. Lula também, segundo relato de Amorim, disse que tem a intenção de falar com os principais líderes do mundo, entre eles, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a questão do Irã e sobre a busca que ele tem feito para uma solução pacífica para esta situação.

O ministro disse que não ficou acertada data para a visita do presidente Obama ao Brasil. "O convite foi por mim reiterado e nem é a Presidência que trata disso", disse Amorim. Ele também disse que não houve, na conversa com Lula, nenhuma tratativa sobre a compra dos caças e nem sobre a questão do Irã. Sobre os caças, Amorim disse que Hillary Clinton abordou o assunto na reunião mais cedo no Itamaraty. "Disseram que o caça é o melhor, o mais barato, da melhor qualidade do mundo e eu não esperava ouvir nada de diferente", disse Amorim.

Relações abaladas

Questionado sobre se uma das intenções do encontro com Hillary Clinton não era melhorar a relação entre os países, que estaria um pouco ruim, Amorim disse: "não estão um pouco nada. A relação (com os EUA) está ótima. Eu não vejo nenhum problema", disse. Segundo ele, só pessoas adultas conseguem conviver com a divergência.

"No nosso caso, divergência é diálogo, discussão, é troca de pontos de vista. Quando há divergências. No nosso caso, há convergência em muita coisa, em Haiti, em cooperação trilateral, em cooperação para evitar violência contra as mulheres, em cooperação para promoção de igualdade racial. Tudo isso é convergência e como há convergência também nos objetivos, em relação ao Irã, em relação ao Oriente Médio e muitos outros assuntos", disse, esclarecendo em seguida que, em relação ao Irã, era ele, chanceler, quem estava falando.

Ao final do encontro com Hillary Clinton, o presidente Lula a chamou para uma foto e fez uma brincadeira. Todos colocaram uma mão sobre a outra, Lula, Amorim e Hillary e, então, Lula chamou a ministra Dilma, que participou da reunião, e colocou sua mão sobre as mãos dos quatro e comentou: "Sabe lá, quem sabe um dia..."

hilary_lula_dilma.jpg

(REPAREM NA POSIÇÃO DO LULA EMPURANDO A CLINTON E PUXANDO A DILMA , FORÇANDO UMA FOTO DE BOM MARKETING , A DILMA SE ANCORA E RESISTE SEGURANDO NA MESA, ESSA MULHER VAI SER DIFICIL DE VENDER !E COM CARA DE BABÃO, ESSE LULA É MUUUUITO TOSCO!)


Lula para as damas: ‘Ninguém sabe o dia de amanhã’

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Sérgio Lima/Folha

Ao acomodar Dilma Rousseff a quatro pontos de seu principal rival, o Datafolha conferiu à candidata de Lula uma aparência de ex-poste.

O cabo-eleitoral da ministra, que carregou Dilma em sua fase mais pesada, agora mesmo é que não perde oportunidade de levá-la aos ombros.

Nesta quarta (3), Lula aproveitou uma audiência com Hillary Clinton para prover a Dilma uma imagem de campanha.

À mesa, a ministra de Lula sentara-se distante da secretária de Estado de Barack Obama. Súbito, Lula autorizou a entrada dos repórtres fotográficos.

Em pé, Dilma continuava separada de Hillary por dois corpos, o de Lula e o do chanceler Celso Amorim.

Lula cuidou de estreitar a distância. Instou Dilma a cumprimentar a visitante. Aos risos, disse: “Sabe como é, ninguém sabe o dia de amanhã”.

Era como se o chefe dissesse à subordinada: Veja bem, Dilma, você sou eu amanhã. Vê se vai pegando o jeito.

Afora a foto, a audiência não produziu novidades. Naquilo que de fato interessa, as divergências entre Brasil e EUA em relação ao Irã, nada mudou.

Antes do encontro, Lula cuidara de fincar o : "O Brasil mantém sua posição. O Brasil tem uma visão clara sobre o Oriente Médio e sobre o Irã...”

“...O Brasil entende que é possível construir outro rumo. Eu já disse que para Obama, o [Nicolas] Sarkozy, não é prudente encostar o Irã na parede. O que é prudente é estabelecer negociações..."

"...Eu quero para o Irã o mesmo que quero para o Brasil: utilizar o desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos...”

“...Se o Irã tiver concordância com isso, terá apoio do Brasil. Se quiser ir além disso, o Irã irá contra ao que está previsto na Constituição brasileira e, portanto, não podemos concordar".

Mais cedo, em reunião com Celso Amorim, no Itamaraty, Hillary dissera que descrê dos ímpetos negociadores do Irã. A hora, disse ela, é de sanções.

Lula visistará o Irã em maio.




















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