[Valid Atom 1.0]

domingo, 15 de novembro de 2009

Especialista americano vê falha tripla no apagão


Publicada em 14/11/2009 às 20h45m

Gilberto Scofield Jr.

WASHINGTON - Ross Baldick, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola Cockrell, da Universidade do Texas, não concorda com a tese de que "o sistema de Itaipu falhou" na busca de razões sobre o apagão que deixou o Brasil nas trevas na última terça-feira.

Baldick acredita numa falha tripla simultânea nos sistemas de geração, transmissão e distribuição ligados a Itaipu, a partir da queda dos três circuitos que conectam a usina a São Paulo. Ainda assim, diz, só se terá um quadro completo quando os computadores do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) descobrirem o que causou a queda nessas três linhas e por que a restauração da energia demorou tanto.

" Dadas as circunstâncias, era absolutamente necessário tirar de operação Itaipu "

Para Baldick, com a queda nas linhas de transmissão, não havia outra saída a não ser o desligamento de Itaipu, já que não havia para onde mandar a imensa quantidade de energia ali gerada, de 14.000 megawatts (MW). Sistemas de distribuição são mais expostos a falhas isoladas que causam apagões localizados, ao contrário dos sistemas de geração e transmissão, que possuem "saídas" de engenharia para o caso de falhas isoladas.

- Dadas as circunstâncias, era absolutamente necessário tirar de operação Itaipu. Porém, ainda há fatos inexplicados, que só poderão ser corretamente interpretados com as informações do ONS. Qualquer especulação neste momento não tem apoio em dados científicos válidos - diz Baldick.

Matemático acredita em erro na restauração da energia

O professor está em contato com o matemático Luiz Augusto Barroso, diretor da empresa de consultoria e soluções de tecnologia e engenharia PSR, na busca de explicações para o apagão. Para este, a queda dos três circuitos entre Itaipu e São Paulo não parece causada por problemas meteorológicos.

- O sistema de rejeição de energia automaticamente desconectou 10.000MW de energia que Itaipu gerava naquele momento para o Sudeste, de forma a criar "ilhas" que poderiam, então, ser usadas para restaurar a energia no sistema como um todo. Mas um erro parece ter ocorrido no processo de restauração de energia. Em vez dos 40 minutos que um problema como esse exige (como ocorreu no apagão de 2003), o país ficou oito horas sem luz - diz Barroso.

Baldick diz que uma falha dessa magnitude, envolvendo os sistemas de geração, transmissão e distribuição, não é muito comum em sistema de linhas longas, como o brasileiro. E esta é uma vulnerabilidade do sistema nacional.

- Quanto mais longa a linha, maior a probabilidade de ela ser atingida por um raio, por exemplo. Mas os centros de demanda de energia de Rio e São Paulo estão longe dos de geração, como Itaipu. Construir termelétricas mais próximas das grandes cidades pode ser uma saída para minimizar a exposição ao risco, mas ao custo elevado de aumentar as emissões de gases do efeito estufa. Um sistema energético baseado em hidrelétricas, como o brasileiro, tem vantagens em caso de apagão, porque hidrelétricas são reativadas mais rapidamente no caso de uma queda de força que termelétricas, que podem levar horas para ser religadas. Isso ocorreu no apagão que afetou o Nordeste dos EUA em 2003 - explica.

Nos EUA, conta o professor, os grandes centros consumidores estão geralmente próximos de termelétricas geradoras, o que reduz os riscos de apagão geral. A exceção é a energia comprada do Canadá, transportada para os EUA por linhas de alta voltagem controladas por computadores.




Trânsito em SP pela Rádio SulAmérica








Lula acumula: -Aposentadoria por invalidez,aposentadoria de Aposentadoria por invalidez,Pensão Vitalícia de "perseguido político" isenta de IR,salário de presidente de honra do PT,salário de Presidente da República.Você sabia???

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters