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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

#SUS: Mulher agride atendente após esperar por atendimento em posto no PR


09/11/2011 07h46 - Atualizado em 09/11/2011 09h14

Caso ocorreu na noite de terça (8), em Curitiba; veja o vídeo.
Mulher afirmou à polícia que esperou por pelo menos 4 horas.

Do G1 PR, com informações da RPC TV

Uma mulher foi detida pela Guarda Municipal após agredir uma funcionária de uma Unidade de Saúde 24 horas no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, na noite de terça-feira (8).
Veja a reportagem do Bom Dia Paraná, da RPC TV
De acordo com os policiais, a mulher era parente de um dos pacientes e teria agredido a atendente porque cansou de esperar pelo atendimento do familiar. Ela afirmou que ficou pelo menos quatro horas esperando o atendimento médico.
No local, outros pacientes também reclamaram da demora. "Nossa ajuda aqui não existe. Ou você tem dinheiro para pagar um plano de saúde ou você vai penar (...) a criança vai sofrer", disse a mãe de um dos pacientes que aguardava na fila.
Luis Girardello, que é coordenador da unidade de urgência e emergência da unidade, afirma que a equipe está completa e que a demora não está relacionada à falta de médicos. "Os pacientes que são classificados com risco de vida são atendidos em menos de dez minutos. Os pacientes que não são classificados como urgência e emergência deveriam ser consultados em unidades básicas de saúde. Por isso, essas pessoas acabam esperando por muito mais tempo porque a demanda é muito grande", relatou.
A mulher detida foi encaminhada para a delegacia. Ela foi indiciada por dano ao patrimônio público, lesão corporal e por desacato a autoridade. Segundo os policiais, ela foi liberada por volta das 6h desta quarta-feira (9).

ENQUANTO ISSO :

Programa federal prevê assistência médica domiciliar e blablablabla

Agência Estado



O governo lançou hoje o Melhor em Casa, um programa que prevê a assistência médica domiciliar para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa, que já é encontrada em alguns pontos do País, permite que pessoas com doenças crônicas, em recuperação de cirurgias e idosos tenham atendimento em casa, o que reduz a necessidade e o tempo de internação. Pacientes de baixa renda que participem do programa e tenham equipamentos de uso contínuo em casa terão desconto da conta de luz.Portaria interministerial foi publicada hoje para evitar que o atendimento domiciliar acabe provocando um rombo no orçamento das famílias. O desconto deverá variar entre 10% e 65%. Para ter direito ao desconto, famílias terão de se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal e ganhar até 3 salários mínimos.
A expectativa é de cadastrar este ano 250 equipes multidisciplinares. Para financiamento das atividades, o governo deverá destinar até dezembro R$ 8,6 milhões - R$ 34.560 mensais para cada equipe. Os recursos serão usados para pagar equipamentos, medicamentos e transporte. A meta do Ministério da Saúde é implantar 1 mil equipes até 2014 e 400 equipes multidisciplinares de apoio, formadas por fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. O investimento previsto para todo projeto é de R$ 1 bilhão.
Além do Melhor em Casa, o governo anunciou um programa para melhorar a gestão e atendimento nos serviços de emergência do SUS. "Os programas não vão resolver da noite para o dia todos os problemas de atendimento médico", reconheceu a presidente Dilma Rousseff no lançamento das medidas. Ela admitiu que o sistema de saúde do País tem muito para avançar. Mas emendou dizendo que é preciso ter humildade para reconhecer que a situação de saúde "pode e deve melhorar" e coragem "para liderar esse processo".
Cada equipe do Melhor em Casa deverá atender até 60 pacientes. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que equipes somente serão credenciadas em municípios que tenham cobertura do Samu e que contem com hospital com pelo menos 60 leitos e UTI. Pelos cálculos do governo, o programa deverá alcançar mil equipes.
A periodicidade das visitas domiciliares aos pacientes dependerá de caso a caso. O atendimento terá de ser feito de segunda à sexta, com jornada de 12 horas diárias e em regime de plantão em fins de semana e feriados. O Secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda, afirma que o desempenho das equipes será monitorado, com avaliação dos índices de óbitos entre pacientes e o tempo de alta. Ele afastou o risco de que a alta de pacientes seja apressada para liberar leitos hospitalares. "Eles terão de responder pelos pacientes, haverá um bom controle".
O fato de o País não contar com rede de saneamento em várias regiões, na avaliação de Miranda, não será empecilho para liberação de atendimento domiciliar. Ele reconhece, no entanto, que o mesmo não pode ocorrer em relação a locais onde abastecimento de água é inexistente ou intermitente. "Isso é um ponto que de fato tem de ser avaliado. Não há como liberar o paciente para recuperação em casa se ali faltar água".








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