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Bob Wolfenson/DivulgaçãoJô posa para a "Rolling Stone Brasil" (nov/2011)
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Jô também fala sobre a paródia do Carioca, que interpreta o personagem Jô Suado do “Pânico na TV”, da Rede TV! “Eu acho que não se pode proibir. Nada pior do que a proibição, porque quem tem que fazer a escolha não é a censura – é quem está assistindo. Eu acho, por exemplo, o menino que faz o Jô Suado [Márvio Lúcio, o Carioca do “Pânico na TV”]... Bem, eu acho ele magnífico! Inclusive, quando fui homenageado na Risadaria, ele veio me perguntar se poderia fazer a imitação. Você não pode é perguntar se podia fazer. Claro que sim! Tem muita gente boa, como o Eduardo Sterblitch, que é um comediante espetacular, e vários outros que entrevistei”, afirma.
No bate-papo, Jô relembra sua história e analisa o atual cenário do humor nacional. “O humor não peca quando é grosso: é quando não tem graça. Como é que você pode criterizar o humor? Pra mim, só desta maneira: se é engraçado ou não”, afirma. Ele fala sobre o inesquecível Capitão Gay, de “Viva o Gordo”, que na época chegou a ser convidado por um deputado federal de Pernambuco a subir no palanque. “Desculpe, evidentemente que eu sou a favor de tudo que você é a favor, mas eu, pessoalmente, não sou gay. O personagem é que é gay. Então eu não posso entrar vestido de Capitão Gay num palanque”, diz Jô, relembrando o que respondeu ao deputado na ocasião. “Eu acho, aliás, já falei isso e repito, que a única coisa que precisava ser politicamente correta no Brasil são os políticos”, acrescenta.
Jô mostra que tem uma opinião bem definida no que diz respeito a ser politicamente correto no humor. “Eu acho, por exemplo, que o [deputado federal Jair] Bolsonaro faz declarações muito mais incorretas politicamente do que qualquer outra coisa que um humorista tenha escrito ou falado. Aquilo, sim, é politicamente incorretíssimo e, é claro, não tem a menor graça”, pondera.
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