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terça-feira, 19 de julho de 2011

#RIO Estado vai pedir mais de R$ 650 milhões para a Região Serrana


Rio - Um levantamento da Secretaria de Obras sobre as intervenções necessárias para que a Região Serrana esteja preparada para enfrentar as chuvas de verão aponta que será necessário captar mais R$ 688 milhões. Para executar as obras consideradas indispensáveis, o Governo do Estado vai pleitear recursos federais para as cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Areal.

O novo aporte será destinado à aquisição de equipamentos para a retomada da agricultura, dragagem de rios e canais – com a recuperação de mata ciliar e implantação de parques fluviais que preservem o entorno – e obras de infraestrutura, como pavimentação e drenagem de ruas, estruturas de contenção e recuperação de rodovias e estradas vicinais.

Além dos R$ 147 milhões – adquiridos pelo Governo do Estado junto ao Banco Mundial – que estão sendo investidos exclusivamente na contenção de encostas, mais R$ 99 milhões da verba federal devem reforçar o trabalho, que inclui o replantio da vegetação das áreas em morros atingidos pelas chuvas de janeiro. A previsão de conclusão é de seis meses.

No projeto, estão inseridos os rios Grande e Bengala, os córregos Dantas e Roncador e os ribeirões São José e Capitão, em Nova Friburgo; os rios Santo Antônio, do Carvão e Cuiabá, em Petrópolis. Em Teresópolis, estão contemplados os rios Vieira, da Formiga, dos Frades, Paquequer, Quebra-Frasco, Imbuí, do Príncipe, Preto e o Córrego Morro Agudo, além do Ribeirão Santa Rita e do Córrego do Arrieiro.

As rodovias RJ-148 e RJ-150, que passam por Friburgo, e RJ-134, que liga o distrito de Posse, em Petrópolis, a Campanha, em Teresópolis, são algumas das estradas com recuperação prevista. A previsão é que R$ 96 milhões sejam investidos no setor, além dos R$ 101 milhões orçados para obras de pavimentação e drenagem no perímetro urbano das três cidades.

Desde a tragédia de janeiro de 2011, o governo federal repassou ao Estado R$ 70 milhões para serviços emergenciais que incluíam apoio ao Corpo de Bombeiros, retirada de entulho e lama das ruas, pagamento de aluguel social e demolição de casas condenadas. Mais R$ 678 milhões foram anunciados, em junho, para a construção de 6.840 unidades habitacionais e 163 comerciais, obras de estabilização de 37 encostas e reconstrução de 69 pontes.


Empreiteira contratada para obras em Friburgo funciona em escritório sem placa no Centro

Publicada em 18/07/2011 às 23h14m

Emanuel Alencar (emanuel.alencar@oglobo.com.br)

A Zadar, em prédio no Centro: sede não tem sequer placa (Foto: Emanuel Alencar / Agência O Globo)

RIO - Contratada por R$ 52,5 milhões para obras de contenção de encostas em Nova Friburgo, a construtora Zadar preza pela discrição. Em vez de grandes galpões, repletos de máquinas e entra-e-sai de operários, a empreiteira tem como sede uma sala vazia num prédio comercial na Rua Rua Senador Dantas, no Centro. Nem mesmo uma placa indica que ali funciona a empresa, como constatou O GLOBO ao procurar o endereço fornecido à Receita Federal e à Junta Comercial do Rio.

A Zadar foi uma das quatro empreiteiras contratadas emergencialmente - junto com a Geomecânica, a Contemat e a Tecnosolo - para obras nos municípios afetados pelas chuvas de janeiro. O total dos repasses chega a R$ 147,6 milhões . A Zadar ficou com 35,5% desse montante.

Num imóvel vizinho à suposta sala da Zadar, onde funciona um SPA, uma funcionária disse nunca ter visto qualquer movimentação no número 2.213, cuja porta não traz qualquer placa de identificação.

- Tem sempre gente tocando a campainha, mas nunca vi ninguém trabalhando aí. Faz o seguinte: pergunte aos porteiros - sugeriu.

A partir da sugestão, uma nova pista. A Zadar funcionaria no 19º andar. Mas lá fica a sede de uma outra empresa, a Riwa S/A, que, por sua vez, informa ser preciso procurar outra sala para se conseguir um contato com a diretoria da Zadar. Mais uma porta sem placa. Uma mulher, que se identificou como Sheila, sugeriu que o contato fosse, enfim, feito por e-mail.

No dia seguinte, depois de troca de mensagens, o engenheiro Amauri Cunha se apresentou para falar sobre a empreiteira. Ele explicou os contratempos:

- A sala 2.213 era uma antiga sede. Funcionamos no 19. A construtora Zadar é uma subsidiária do grupo Riwa. Não somos dados a muita publicidade - explicou Cunha, que não soube informar o total de funcionários da Zadar. - Usamos muita mão de obra terceirizada.

Segundo Cunha, a Zadar tem depósito e oficinas em São Gonçalo. Ele não informou os endereços.

Sobre as obras, o engenheiro disse que elas estão em curso em Friburgo, mas não forneceu o cronograma. Depois das explicações, convidou para uma visita a outras salas da Riwa, que seria sócia de outras 18 empresas. Ele admitiu nunca ter ido à sede da Zadar, na sala 2.213, usada apenas para receber correspondências. Seria a primeira vez dele, mas, a exemplo dos repórteres, também não teve a sorte de ser atendido.

Na Junta Comercial, consta que um dos administradores da Zadar é Walter Guimarães de Moraes Junior, que estaria viajando.

Especialista em finanças, o professor do Ibmec Gilberto Braga observa que a imprecisão no cadastro da Zadar na Receita Federal pode gerar uma investigação do Ministério Público.

- Se ela (a Zadar) é derivada de uma outra companhia, isto deveria estar transparente - observa Braga.

O presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro, acrescenta ser estranho uma empresa com tantos contratos expressivos não ter uma sede ativa.

Por meio da assessoria, a Secretaria estadual de Obras informou que a Zadar pertence a um grupo empresarial de atua há mais de 30 anos, "já tendo executado obras de porte para vários órgãos do estado e da prefeitura".


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