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sábado, 27 de março de 2010

Thiago tem doença rara e sofre com atraso no envio de remédios








Thiago sorri para a mãe. Foto:  Gustavo Azeredo


Portador de uma doença raríssima, o menino Thiago Henrique Rocha Lopes, de 4 anos, está há mais de dois meses sem parte dos 11 medicamentos que precisa tomar diariamente por causa dos atrasos na entrega dos remédios pelas secretarias estadual e municipal de Saúde. Sem a medicação, que custa mais de R$ 5 mil por mês, a criança corre o risco de ter convulsões e sofrer danos cerebrais.

Assista ao depoimento dos pais de Thiago

Desde que Thiago foi diagnosticado com a síndrome de hiperinsulinismo associado à hiperamonemia com sensibilidade à leucina, aos 4 meses de idade, os pais do menino conseguiram na Justiça o direito de receber os remédios gratuitamente.

— Como estamos sem a medicação, tivemos que diminuir a dose de um dos três anticonvulsivos. Ficamos preocupados porque ele pode acabar tendo uma convulsão — conta o pai, Márcio Duarte Lopes, de 41 anos.
A síndrome é um erro de metabolismo que se caracteriza pelo excesso de insulina e de amônia no organismo. Por isso, Thiago tem dieta restrita. Não pode consumir carne, leite ou glúten. O caso do menino já chegou à internet. No Twitter, uma rede pede ajuda em nome da criança (#ajudathiago).

— Meu filho precisa desses remédios para viver e crescer sem sequelas. Como mãe, acredito em Deus e na cura do meu filho, mas até lá, precisamos de ajuda — diz Cristhiane Lopes.

A Secretaria municipal de Saúde informou que forneceu uma remessa de medicamentos para um período de quatro meses, mas admite atraso na entrega de Tensuril, Vitamina C em gotas e Clusivol. Segundo o órgão, os remédios não foram entregues pelo fornecedor. A secretaria informou que não entregou caixas de Puran T4 e Trileptal porque esses remédios não fazem parte da receita médica enviada.

A assessora-chefe da Central de Mandados Judiciais da Secretaria estadual de Saúde, Mariana Bueno Brandão, informou, por meio de nota, que já foi aberto processo de licitação para compra dos medicamentos, incluindo o Proglycem. Por ser importado, ainda não há prazo para regularização. Quanto aos demais medicamentos, a previsão é que a entrega esteja regularizada até o início da segunda quinzena de abril. Segundo a secretaria, houve um aumento da demanda e o estoque não foi suficiente.





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