Cartazes com as imagens de Isabella e do casal Nardoni diante do fórum onde ocorreu o julgamento
Foram 728 dias tentando sustentar inocência. Alexandre Nardoni, de 31 anos, e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, de 26, jamais admitiram ter culpa na morte de Isabella. Dois anos depois do crime e cinco dias após o início do julgamento, os sete jurados que integraram a comissão de sentença responderam a um conjunto de questões formuladas pelo juiz Maurício Fossen. As respostas a cada uma delas definiram o destino dos réus. Aos 26 minutos da madrugada do sábado, o juiz começou a ler a sentença do casal Nardoni. Falou da “frieza emocional” e da “insensibilidade acentuada” do casal, que “investiu de forma covarde” sobre a vítima. Os réus foram condenados por homicídio doloso triplamente qualificado. A pena de Anna Jatobá somou 26 anos e oito meses. Por ser pai da vítima, Alexandre foi condenado a uma pena maior: 31 anos, um mês e dez dias de prisão. Na prática, segundo o jurista Luiz Flávio Gomes, ficarão, respectivamente, 11 e 13 anos na cadeia. Ambos cumprirão suas penas em regime fechado. Por fraude processual (tentar ocultar provas), os dois foram condenados a mais oito meses em regime semiaberto.
O julgamento que atraiu todas as atenções do país por cinco dias chegou ao fim com o resultado que a população clamava. Fogos de artifício e gritos de “assassinos” foram ouvidos do lado de fora do Fórum de Santana. Para o povo, a Justiça fora feita.
O cenário do Tribunal do Júri onde ocorreu o embate entre a acusação e a defesa