Fotos:Sérgio Lima e Alan Marques
Terminou a penúltima viagem de Lula ao estrangeiro.
De volta ao Brasil, deveria chamar Dilma Rousseff e Marco Aurélio Garcia para um dedo de prosa.
A trinca andou produzindo manifestações sobre Honduras.
Embora estivessem no exterior, expressaram-se em português.
Mas falaram línguas diferentes.
Nesta sexta (4), Dilma disse que o Brasil não pode desconsiderar a eleição ocorrida em Honduras no domingo passado.
"Nós não estávamos discutindo eleição. Nós estávamos discutindo golpe de Estado. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra..."
"...Uma coisa é um golpe. Outra coisa é a discussão (eleitoral), tanto é que eu acho que esse novo processo vai ter de ser considerado".
Dito de outro modo: para Dilma, não resta ao Brasil senão reconhecer a legitimidade do novo governo hondurenho, que se instala no fim de janeiro de 2010.
Lula dissera coisa bem diferente. Condicionara o reconhecimento do triunfo do presidente eleito Porfírio Lobo ao retorno prévio do deposto Manuel Zelaya ao poder.
Horas antes do encontro de Dilma com os microfones, o ‘chanceler do B’ Marco Aurélio Garcia, ecoara o chefe.
O Brasil, Marco Aurélio dissera, vai manter a posição de desconsiderar as eleições presidenciais hondurenhas.
Daqui a duas semanas, a hospedagem de Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa fará aniversário de três meses.
Até quando? Sobre isso ninguém disse palavra.
Escrito por Josias de SouzaSphere: Related Content