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domingo, 6 de dezembro de 2009

Governo fala em línguas diferentes no mesmo idoma


Fotos:Sérgio Lima e Alan Marques
Terminou a penúltima viagem de Lula ao estrangeiro.

De volta ao Brasil, deveria chamar Dilma Rousseff e Marco Aurélio Garcia para um dedo de prosa.

A trinca andou produzindo manifestações sobre Honduras.

Embora estivessem no exterior, expressaram-se em português.

Mas falaram línguas diferentes.

Nesta sexta (4), Dilma disse que o Brasil não pode desconsiderar a eleição ocorrida em Honduras no domingo passado.

"Nós não estávamos discutindo eleição. Nós estávamos discutindo golpe de Estado. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra..."

"...Uma coisa é um golpe. Outra coisa é a discussão (eleitoral), tanto é que eu acho que esse novo processo vai ter de ser considerado".

Dito de outro modo: para Dilma, não resta ao Brasil senão reconhecer a legitimidade do novo governo hondurenho, que se instala no fim de janeiro de 2010.

Lula dissera coisa bem diferente. Condicionara o reconhecimento do triunfo do presidente eleito Porfírio Lobo ao retorno prévio do deposto Manuel Zelaya ao poder.

Horas antes do encontro de Dilma com os microfones, o ‘chanceler do B’ Marco Aurélio Garcia, ecoara o chefe.

O Brasil, Marco Aurélio dissera, vai manter a posição de desconsiderar as eleições presidenciais hondurenhas.

Daqui a duas semanas, a hospedagem de Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa fará aniversário de três meses.

Até quando? Sobre isso ninguém disse palavra.

Escrito por Josias de Souza







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