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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Unifesp é a melhor universidade do País, aponta MEC


EUGÊNIA LOPES E SIMONE IWASSO - Agencia Estado


BRASÍLIA - O Ministério da Educação divulgou hoje, pela primeira vez, um índice classificatório de todas as instituições de ensino superior do País - até então as notas para comparação existiam apenas para os cursos oferecidos por elas. No ranking das universidades, a primeira que aparece na lista é a Federal de São Paulo (Unifesp), que sofreu com crise política deflagrada pela denúncia que o ex-reitor Ulysses Fagundes Neto teria feito gastos irregulares com cartão corporativo. Ele pediu demissão do cargo no mês passado.



Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, um dos motivos para as instituições federais terem um bom desempenho deve-se ao corpo docente. "Infra-estrutura é um elemento importante que é levado em conta para compor o ICG (Índice Geral de Cursos), mas não é o único. A valorização do professor talvez explique a melhor performance das federais." A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) optaram por não participar do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), portanto não têm conceito.



O panorama, porém, traz uma revelação: entre as faculdades que estão na faixa mais alta de pontuação, as primeiras são particulares, com mensalidades entre as mais altas do mercado, focadas em uma área do conhecimento, têm vestibulares disputados e contam com parte de seus alunos oriundos das classes A e B.



O panorama não surpreendeu o ministério. "São nas instituições com um só curso que vamos encontrar mais notas 4 e 5", afirmou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes. "É natural que as instituições com mais tradição apresentem os melhores indicadores", afirmou o ministro, durante a divulgação dos dados. "Agora não tem cabimento comparar o indicador de uma universidade com o de uma faculdade com um único curso."



IGC



Neste primeiro ano, a pontuação (de 0 a 500) foi dada a 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades isoladas e integradas - representando 78,8% das instituições de ensino superior. Além da pontuação, as instituições tiveram conceitos de 1 a 5. Para se chegar a eles, foram usadas, em relação à graduação, a média dos conceitos preliminares dos cursos da instituição, obtido a partir do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) e, para a pós-graduação, o conceito fixado pela Capes.



Daqui a um ano, as instituições que receberam notas 1 e 2 terão de assinar termo de compromisso com o MEC comprometendo-se a melhorar nos itens considerados ruins. "A instituição assina o termo de compromisso de que vai sanar a deficiência. No limite, ela poderá ser privada de sua autonomia ou até descredenciada", explicou o ministro

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