Polícia Civil adota burocracia em greve
Em operação padrão, policiais civis usam o Código Penal para pressionar por aumento
A Polícia Civil de São Paulo está em estado de greve e as delegacias funcionam em operação padrão. Os policiais, em campanha salarial, reivindicam melhores condições de trabalho. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (9) em reunião entre representantes da classe.
Como tática para pressionar o governo do estado por aumento de salário e melhoria das condições de trabalho, a Polícia diz que vai cumprir integralmente o que diz o Código Penal. No caso de registro de boletim de ocorrência (B.O.), por exemplo, os delegados devem pedir perícia técnica sempre que houver "resquícios", como em casos de furto - o que nem sempre acontece na prática para deixar o atendimento mais ágil. Assim, a Polícia Civil pretenede usar a burocracia imposta pelo próprio estado como forma de pressão.
Uma nova assembléia está marcada para o dia 18 de setembro, quando deve sair o resultado do julgamento do dissídio coletivo da categoria. Os policiais pedem 60% de reajuste e reestruturação nas bases da carreira. O governo ofereceu 7,5% e não houve acordo. Um policial em início de carreira atualmente recebe, em média, R$ 3.400, salário que a Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo (Adpesp) afirma ser o baixo do País na categoria.
Uma nova assembléia deve acontecer no dia 18 de setembro, após o julgamento do dissídio coletivo da categoria pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
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