Para corte, aparição paga em TV viola Constituição do país; partido promete reapresentar candidatura
Agências internacionais
Sundaravej, 73, que enfrenta protestos e oposição dentro do Exército, é um declarado amante da culinária e apresenta há oito anos um programa gastronômico pelo qual recebe um módico pagamento. Entre outras atrações, passeia por mercados tradicionais tailandeses. De acordo com a Constituição aprovada no ano passado, funcionários do governo não podem manter interesse comercial enquanto estiverem no serviço público.
O porta-voz do PPP, Kudeb Saikrachang, disse aos jornalistas, em Bangcoc, que, dado que a sentença da alta magistratura não implica em uma desqualificação a seu trabalho como primeiro-ministro, vão propor a reeleição de Sundaravej. Não está claro quando haverá a votação no Legislativo sobre o próximo governo, mas um deputado antecipou que poderia ocorrer na sexta-feira. O governante alegou durante sua defesa que não estava contratado pelo canal de televisão e que só recebia pelas despesas do transporte e dos ingredientes, por isso não existia nenhum tipo de incompatibilidade.
Segundo a BBC, um vácuo legal pode permitir que o partido do premiê, o maior do Parlamento, simplesmente volte a reelegê-lo no futuro, dando continuidade à atual crise política no país. A decisão da Corte ocorre em um contexto de turbulência política que se acentuou nas últimas duas semanas, quando manifestantes começaram a ocupar prédios do governo em Bangcoc.
O ministro do Exterior renunciou e o Exército se recusou a garantir um estado de emergência decretado após a morte de uma pessoa em choques entre manifestantes, liderados pela Aliança do Povo para a Democracia (PAD), e a polícia. O PAD, que reúne monarquistas, empresários e a classe média urbana, foi formado meses antes da deposição do ex-premiê Thaksin Shinawatra em um golpe militar em 2006.
Partidários da legenda dizem que o atual primeiro-ministro é uma marionete dos interesses de Thaksin, que fugiu do país para evitar um processo por corrupção. O rei Bhumibol, muito reverenciado no país, vem se recusando a intervir na crise.
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