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sexta-feira, 18 de março de 2011

Banco é condenado por pedir a cliente para tirar roupa em SC


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FÁBIO FREITAS
DE SÃO PAULO

O Banco do Brasil e a empresa Orcali Serviços de Segurança foram condenados pela Justiça catarinense a indenizar em R$ 15 mil, por danos morais, uma cliente instada por um funcionário a tirar a roupa para entrar em agência bancária.

O caso ocorreu em março de 2007, em Florianópolis, em agência do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), que foi incorporado pelo BB.

Segundo a condenação, a porta giratória travou várias vezes, mesmo após a mulher deixar objetos metálicos na caixa coletora. Um funcionário examinou a bolsa da cliente, que foi revistada também por um policial militar que estava na agência. Nada foi encontrado.

Ainda assim, o funcionário disse que só autorizaria a entrada da cliente se ela tirasse a roupa, segundo o texto.

A condenação diz que a "situação virou um circo" e que várias pessoas na fila disseram "tira, tira". Segundo o advogado da mulher, Daniel da Silva Luz, ela conseguiu entrar na agência por pressão de outros clientes.

"Minha cliente ficou indignada, ultrajada. Pediu pra chamar um gerente do banco, mas ninguém apareceu", afirmou.

A Justiça decidiu pela condenação em primeira instância em abril de 2009, sentença que foi confirmada no fim de 2010 pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Neste mês, a corte rejeitou recurso e manteve a decisão.

O BB disse que não vai se manifestar. Segundo os autos, o banco afirmou não ter cometido ato ilícito, negou a existência de provas e disse que a empresa de segurança é que deve ser responsabilizada.

A advogada da Orcali, Roberta Volpato Hanoff, afirmou que a empresa estava apenas cumprindo funções determinadas pelo Besc, que a contratara.

Segundo Hanoff, a pessoa que disse à mulher para tirar a roupa era funcionária do banco, e não da Orcali, pois vestia colete verde, como o usado por auxiliares do então Besc.

Ainda de acordo com Hanoff, uma testemunha de defesa disse não ter visto o vigilante da Orcali mandar a mulher tirar a roupa. A empresa pretende recorrer da decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça). O BB também pode recorrer ao STJ.







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