A petista adotou postura rigorosa para controlar o tempo destinado a cada senador durante seus discursos, incluindo do ex-marido Eduardo Suplicy (PT-SP).
Enquanto Suplicy discursava, Marta o alertou por três vezes sobre a necessidade de encerrar o pronunciamento.
Em uma delas, o microfone do petista acabou cortado, mas a senadora permitiu que ele concluísse o discurso.
"O último minuto, senador, porque já foi prorrogado várias vezes. Agora, vamos para mais 1 minuto e encerramos", disse a petista.
Marta também endureceu o jogo para outros parlamentares, como José Agripino (DEM-RN). "Só mais um minuto, senador, para encerrar", disse.
Como Marta acabou concedendo tempo extra para Suplicy e para senador Inácio Arruda (PC do B-CE), Demóstenes Torres (DEM-GO) protestou contra a postura da petista.
"Quando se abre exceção para um senador, creio que seja de bom alvitre dar o mesmo tempo para os demais", disse.
O presidente José Sarney (PMDB-AP) começou a presidir a sessão, mas se retirou do plenário para permitir que Marta ficasse pela primeira vez no comando da Casa depois de eleita.
"Tenho a honra de transmitir a presidência desta sessão e da Casa para a senadora Marta Suplicy, senhora primeira vice-presidente", disse o peemedebista.
Sem experiência na função, Marta recorreu inúmeras vezes aos assessores da Mesa Diretora para tomar decisões durante a sessão --que durou mais de duas horas.
Pacientemente, a senadora ouviu seguidos discursos dos colegas, que se revezaram na tribuna para falar de diversos temas do cenário nacional.
Folha online
Sphere: Related Content
Nenhum comentário:
Postar um comentário