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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Jornalistas brasileiros são presos, vendados e deportados do Egito


Redação Portal IMPRENSA

O repórter Corban Costa, da Rádio Nacional, e o cinegrafista Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos no Egito.


Agência Brasil
Costa e Rocha
Segundo informa a Agência Brasil, os dois ficaram sem água desde a última quarta-feira (2) até esta manhã e presos em uma sala sem janelas e com apenas com duas cadeiras e uma mesa, em uma delegacia da capital Cairo.

"É uma sensação horrível. Não se sabe o que vai acontecer. Em um primeiro momento, achei que seríamos fuzilados porque nos colocaram de frente para um paredão, mas, graças a Deus, isso não aconteceu", afirmou Corban, que volta na próxima sexta-feira (4) com Gilvan para o Brasil.

Os repórteres só foram libertados após assinar um depoimento em árabe, no qual, de acordo com a tradução do policial, ambos confirmavam a disposição de deixar o Egito imediatamente e voltar para o Brasil. "Tivemos que confiar no que ele [o policial] dizia e assinar o documento", relatou Corban.

Desde o início dos protestos contra o presidente Hosny Mubarak, que há 30 anos ocupa o cargo, cerca de 300 pessoas morreram e três mil ficaram feridas.

Ainda que nenhum profissional de imprensa tenha sido gravemente ferido ou morto, a intimidação dos manifestantes pró-Mubarak e das forças segurança do país tem assustado os jornalistas.

Na última quarta, jornalistas brasileiros de diversos veículos informaram que os quartos em que estão hospedados foram invadidos por policiais que procuravam câmeras e advertiam que estava proibido registrar os protestos contra o governo.




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