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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

#Dilma enfatiza o salário mínimo, mas no Maranhão de Sarney há quem receba R$ 150

Vergonha nacional – Na quarta-feira (2), durante a leitura da mensagem presidencial que entregou pessoalmente ao Congresso Nacional, a petista Dilma Vana Rousseff deu destaque a diversos pontos e repetiu o messianismo mambembe do seu mentor eleitoral, o falastrão Luiz Inácio da Silva. Sem convencer diversos parlamentares, Dilma deu ênfase à erradicação da miséria e ao aumento do salário mínimo, garantindo aos trabalhadores a elaboração de um projeto de longo prazo que contemple reajustes salariais acima da inflação e ganhos reais. Mesmo com esse discurso carregado de soluções impossíveis, Dilma continua insistindo em conceder apenas mais R$ 5 de aumento ao salário mínimo, que passará a valer R$ 545.

Durante todo o tempo em que permaneceu no plenário da Câmara dos Deputados, palco da cerimônia, Dilma teve ao seu lado o presidente do Senado Federal, o maranhense José Sarney, eleito senador pelo PMDB do Amapá. Sucessor de Vitorino Freire no comando da política do Maranhão, Sarney deveria ter aproveitado a oportunidade para fazer um profundo exame de consciência, pois no mais pobre estado brasileiro, governado pela filha Roseana, miséria e baixos salários são a tônica do cotidiano. No estado em que Sarney e sua turma garantem defender os interesses da população, muitos são os que recebem menos que um salário mínimo em troca de labuta diária e nada fácil.

Para que os nossos leitores compreendam a extensão do estrago que o clã Sarney vem promovendo no estado ao longo dos últimos 50 anos, a reportagem do ucho.info encontrou na capital, São Luís, uma mulher, mãe de dois filhos menores de idade, que trabalha oito horas diárias em um restaurante e recebe apenas e tão somente R$ 150 mensais. Por questões de segurança, a nossa entrevistada terá o nome reservado, pois na terra dos velhos coronéis tudo é possível. Se o jornalista e escritor Palmério Dória, homem letrado e dono de boa pena, não conseguiu que as livrarias ludovicenses colocassem à venda o livro “Honoráveis Bandidos”, obra de sua autoria que relata a trajetória desse decano do coronelismo político, não será uma reles e miserável trabalhadora que enfrentará a fúria bestial do dono de tudo e de todos.

Para chegar ao Palácio do Planalto e ocupar a principal cadeira, Dilma Rousseff flanou como quis no mentiroso slogan do governo Lula, ”Brasil, um país de todos”. A triste realidade que impera no Maranhão de Sarney e companhia mostra que o Brasil está a anos-luz de ser um país justo, assim como Dilma selou parceria política com alguém pouco recomendável.

Quem já foi ao Norte e Nordeste , sabe muito bem que o salario minimo dessas regioes costuma ser muito a baixo do minimo e ainda não se tem carteira assinada, e os direitos que são dos trabalhadores , plano de sáude, vale transporte ... e assim os coronéis continuam cada vez mais ricos, a população mais faminta e ignorante, morrendo por qualquer bobagem, pois não contam com nada e nem com ninguem.


''Estado'' está sob censura há 552 dias

03 de fevereiro de 2011 | 0h 00
- O Estado de S.Paulo

Desde 29 de janeiro de 2010, o Estado aguarda definição judicial sobre o processo que o impede de divulgar informações a respeito da Operação Boi Barrica, pela qual a Polícia Federal investigou a atuação do empresário Fernando Sarney.

A pedido do empresário, que é filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o jornal foi proibido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em 31 de julho de 2009, de noticiar as investigações da Polícia Federal relacionadas com essa operação.

No dia 18 de dezembro de 2009, Fernando Sarney entrou com pedido de desistência da ação movida contra o jornal, mas o Estado não aceitou e, em 29 de janeiro de 2010, manifestou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal a preferência por sua continuidade, a fim de que haja o julgamento do mérito.

José Sarney

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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José Sarney
José Sarney
31presidente do Brasil Brasil
Mandato
15 de março de 1985 até
15 de março de 1990
Vice-presidente nenhum
Precedido por Tancredo Neves
Sucedido por Fernando Collor
Coat of arms of Brazil.svg

Presidente do Senado Federal do Brasil

Mandato
2 de fevereiro de 2009 até
atualidade
Precedido por Garibaldi Alves Filho
Senador pelo Amapá Bandeira do Amapá.svg
Mandato
1º de fevereiro de 2007 até
2014
Governador do Maranhão Bandeira do Maranhão.svg
Mandato
31 de janeiro de 1966 até
15 de março de 1971
Precedido por Newton de Barros Belo
Sucedido por Pedro Neiva de Santana

Nascido em 24 de abril de 1930 (80 anos)
Pinheiro, Maranhão
Partido político PSD, UDN, ARENA, PDS, PMDB (atual)
Profissão Político, escritor

José Ribamar Sarney de Araújo Costa[1] (Pinheiro, 24 de abril de 1930) é um político e escritor brasileiro, tendo sido o 31º Presidente do Brasil, de 1985 a 1990, Governador do estado do Maranhão de 1966 a 1971, e Presidente do Senado Federal de 1995 a 1997, 2003 a 2005, de 2009 a 2011 e de 2011 até a atualidade.

Bacharelou-se em Direito na Universidade Federal do Maranhão em 1953, época em que ingressou na Academia Maranhense de Letras. Ao lado de famosos escritores como Bandeira Tribuzi e Ferreira Gullar, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Ingressou na carreira política em 1954 quando, filiado ao Partido Social Democrático (PSD), foi eleito suplente de Deputado Federal[2], sendo portanto, o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso Nacional.[3] Não conformado com a liderança partidária de Vitorino Freire, migrou para a União Democrática Nacional (UDN), onde foi eleito deputado federal em 1958 e 1962 e, com o apoio do Presidente Castelo Branco, elegeu-se Governador do Maranhão em 1965. Pela ARENA, foi eleito Senador em 1970 e 1978. Presidiu o ARENA e seu sucessor Partido Democrático Social (PDS) durante o governo de João Figueiredo. Na eleição presidencial brasileira de 1985, descontente com a candidatura de Paulo Maluf à presidência, Sarney retirou-se da presidência do PDS para criar o Partido da Frente Liberal (PFL) e assim, construir uma Aliança Democrática com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e concorrer à vice-presidência, junto à chapa de Tancredo Neves.[4]

Tancredo e Sarney foram eleitos com 72,40% dos votos; a posse de Neves viria a ocorrer em 15 de março, porém o presidente-eleito veio a falecer em 21 de abril, vindo Sarney a assumir a Presidência do Brasil. Seu mandato caracterizou-se pela consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação e moratória. Uma de suas medidas de maior destaque foi a criação do Plano Cruzado, em 1986, que a princípio teve efeito na contenção dos preços e no aumento do poder aquisitivo da população. O plano perdeu sua eficiência com uma grave crise de abastecimento, a cobrança de ágio disseminada entre fornecedores e a volta da inflação. Outros planos posteriores vieram, como o Plano Bresser e o Plano Verão, sem sucesso no combate à escalada inflacionária.

O governo Sarney notabilizou-se pela sua condução do processo de redemocratização do país.[5][6][7] Em 1985, realizaram-se as primeiras eleições diretas para prefeito das capitais em vinte anos. Meses antes foram legalizados os partidos políticos até então clandestinos e extinta a censura prévia. Em 1986, ocorreram as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, a qual promulgou a Constituição brasileira de 1988 em 5 de outubro de 1988. Foi no governo dele que houve a Eleição presidencial brasileira de 1989, a primeira eleição presidencial direta do país desde a eleição de Jânio Quadros em 1960. Em 2009, como Senador pelo Amapá, foi eleito pela terceira vez Presidente do Senado Federal do Brasil, onde em sua regência, recebeu críticas internacionais, que comentavam sua chefia em oligarquias e acusava-o de nepotismo.[8][9][10] Entretanto, Sarney se recuperou da crise e se elegeu pela quarta vez presidente do Senado em fevereiro de 2011.

Índice

[esconder]

[editar] Biografia

Nascido José Ribamar Ferreira de Araújo Costa[11] no estado do Maranhão, filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa.

Em 1965, adotou legalmente o nome de José Sarney de Araújo Costa, o qual já utilizava para fins eleitorais desde 1958 por ser conhecido como "Zé do Sarney", isto é, "José filho de Sarney".[12]

Fez os estudos secundários no Colégio Marista e no Liceu Maranhense, cursando depois a Faculdade de Direito da atual Universidade Federal do Maranhão, pela qual se bacharelou em 1953. Nessa época ingressou na Academia Maranhense de Letras. Ambos os cursos foram realizados em São Luís.

Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, Ferreira Gullar e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Anteriormente dirigiu o suplemento literário do jornal O Imparcial.

[editar] Carreira política

Ingressou na vida pública na década de 1950. Eleito suplente de deputado federal pelo PSD em 1954[2] chegou a exercer o mandato em virtude de convocação. É portanto o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso Nacional.[3]

A partir dessa experiência renegou a liderança de Vitorino Freire, migrou para a UDN e foi eleito deputado federal em 1958 e 1962 (foi líder do governo Jânio Quadros) e contou com o apoio do presidente Humberto de Alencar Castelo Branco para sepultar o vitorinismo e eleger-se governador do Maranhão em 1965. Pela ARENA foi eleito senador em 1970 e 1978, presidindo tanto este partido quanto o seu sucedâneo, o PDS. Pelo PMDB foi Presidente da República (1985-1990) e eleito senador pelo Amapá em 1990, 1998 e 2006.

Na sua posse como governador do Maranhão em 31 de janeiro de 1966, o cineasta Gláuber Rocha produziu o documentário Maranhão 66, que mesclava cenas da posse com cenas do povo maranhense. Posteriormente, José Sarney rejeitou o trabalho de Gláuber, que era seu amigo pessoal. Ficou no cargo por quatro anos.

Sarney era o presidente do PDS, partido do governo Figueiredo.O partido tinha maioria no Colégio Eleitoral para eleger, de forma indireta, seu candidato. Para a eleição presidencial de 1985, descontentes do PDS com a indicação de Paulo Salim Maluf como candidato do governo provocaram um racha no partido criando, sob a liderança do próprio presidente do PDS , José Sarney, o Frente Liberal. Com isso possibilitou ao PMDB chegar ao poder de forma indireta. e em troca foi indicado para compor, como candidato a vice-presidente, a chapa da Aliança Democrática, encabeçada por Tancredo Neves.[4].A chapa Tancredo/Sarney venceu as eleições indiretas, Tancredo Neves faleceu antes de ser empossado e seu vice governou integralmente o mandato conseguido pela oposição.

Após deixar a presidência, em 1990, Sarney continuou sua trajetória política como senador pelo estado do Amapá. Foi presidente do Senado Federal de 1995 a 1997 e de 2003 a 2005, cargo que ocupa novamente desde 2 de fevereiro de 2009. Cumpre ressaltar que o presidente do Senado é também presidente do Congresso Nacional.

José Sarney é pai de Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão, do deputado federal Sarney Filho e do empresário Fernando Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicação, dono de três emissoras e dezenas de retransmissoras de televisão Rede Mirante (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio (Rádio Mirante AMs e FMs e o jornal O Estado do Maranhão.[13]

[editar] Presidência da República

José Sarney, presidente do Brasil, recebe Mário Soares, ex-presidente de Portugal.

Sarney foi eleito vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves, por eleição indireta, superando a chapa do candidato Paulo Maluf. Assumiu a presidência, como vice-presidente, em 15 de março de 1985, diante do adoecimento de Tancredo Neves. Com o falecimento de Tancredo em 21 de abril, tornou-se o titular do cargo de presidente da República.

Sua posse foi tensa pois havia dúvidas constitucionais sobre se era Sarney ou o presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães, quem deveria assumir a presidência da República. Foi decisivo para sua posse o apoio do general Leônidas Pires Gonçalves indicado por Tancredo Neves para Ministro do Exército que apoiou a posse de Sarney.

Seu mandato caracterizou-se pela consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória.

Também se notabilizaram as acusações de corrupção endêmica em todas as esferas do governo, sendo o próprio Presidente José Sarney denunciado, embora as acusações não tenham sido levadas à frente pelo Congresso Nacional. Foi período entre 1987 a 1989, que eclodia a crise política, aliada à crise econômica. Foram citadas suspeitas de superfaturamento e irregularidades em concorrências públicas, como a da licitação da Ferrovia Norte-Sul,[14] que voltou ser construída a partir de 2004, no Governo Lula.

[editar] O Plano Cruzado

Na área econômica, o governo Sarney adotou uma política considerada heterodoxa. Entre as medidas de maior destaque estão o Plano Cruzado, em 1986: congelamento geral de preços por doze meses, e a adoção do "gatilho salarial" (reajuste automático de salários sempre que a inflação atingia ou ultrapassava os 20%).

O Plano Cruzado a princípio teve efeito na contenção dos preços e no aumento do poder aquisitivo da população. Milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações, ficando conhecidos como "fiscais do Sarney".

No decorrer do ano o Cruzado foi perdendo sua eficiência, com uma grave crise de abastecimento, a cobrança de ágio disseminada entre fornecedores e a volta da inflação. O governo manteve o congelamento até as eleições estaduais de 1986, tentando obter os maiores dividendos políticos possíveis do plano.

[editar] Moratória e novos planos econômicos

A estratégia eleitoral rendeu ao PMDB sucesso nas eleições de governador em 22 dos 23 estados brasileiros. A economia, no entanto, não resistiu ao controle estatal sobre a inflação, ao mesmo tempo em que o governo não era capaz de conter gastos. Foi lançado o Plano Cruzado II, sem que a situação melhorasse. Esse processo culminou com a decretação da moratória, em 20 de janeiro de 1987, decisão considerada altamente controversa.

Sucederam-se os Planos Bresser e Verão, sem sucesso no combate à escalada inflacionária. No fim do governo Sarney, o Brasil mergulha numa crise: entre fevereiro de 1989 e março de 1990, a inflação chega a cerca de 86% ao mês ou 2.751% ao ano. Foi nessa situação que ele entregou seu governo ao seu sucessor Fernando Collor de Mello.

[editar] Eleições e Constituinte

Sarney notabilizou-se pela sua condução do processo de redemocratização do país.[5][6][7] Em 1985 realizaram-se as primeiras eleições diretas para prefeito das capitais em vinte anos. Meses antes foram legalizados os partidos políticos até então clandestinos e extinta a censura prévia.

Em 1986 ocorreram as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, a qual promulgou uma nova constituição em 5 de outubro de 1988.

Foram realizadas eleições diretas para Presidente da República em 1989, as primeiras em 29 anos. José Sarney foi sucedido na Presidência por Fernando Collor de Mello, que apesar de ter feito campanha em franca oposição ao governo federal, foi seu aliado em tempos idos.[15]

[editar] Após a Presidência

Após a transmitir a presidência em 1990 a Fernando Collor de Melo, Sarney transferiu seu domicílio eleitoral para o recém-criado estado do Amapá, antigo território, candidatou-se e foi eleito senador no mesmo ano.[16]

Segundo denúncias de imprensa da época, a transferência de domicílio eleitoral e sua eleição seriam uma forma de impedir que Collor fizesse uma devassa no governo Sarney e atingisse seu antecessor, embora, curiosamente o próprio Collor fosse afastado do cargo por motivo semelhante . Reeleito ao Senado em 1998 e 2006 é representante do Amapá há quase vinte anos.[17]

Nas eleições de 2006, embora com o mais alto índice de rejeição dentre os candidatos ao Senado pelo Amapá nas pesquisas pré-eleitorais,[18] Sarney venceu o pleito e manteve-se no Senado Federal com 53,8% dos votos válidos, contra 43,5% da segunda colocada, Maria Cristina Almeida (PSB), e 1,2% da terceira colocada, Celisa Capelari (PSOL).[19]

Em sua atividade política, José Sarney sempre foi governista, como fez na época de João Goulart antes do Golpe Militar. Mais tarde integrou-se à ARENA e apoiou todos os generais-presidentes. Em meados da década de 1980, Sarney, juntamente com políticos do PDS, como Antônio Carlos Magalhães e Marco Maciel, deixou o governo para fundar a Frente Liberal (atual DEM) e foi candidato a vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Seu único período afastado do poder foi durante o governo do presidente Fernando Collor, mas após o impeachment Sarney aliou-se a Itamar Franco.

Posteriormente, foi aliado do presidente Fernando Henrique Cardoso, elegendo-se Presidente do Senado com seu apoio. Durante o governo Lula continuou na base governistas e hoje é um dos principais aliados da presidenta Dilma Rousseff. Em 2009 elegeu-se presidente do Senado com apoio de Lula, embora Tião Viana do PT também tenha sido candidato, e em 2011 foi o único candidato governista e se elegeu com o apoio de Dilma Rousseff.

[editar] Eleição em 2009

Em 2 de fevereiro de 2009, foi eleito e tomou posse como Presidente do Senado Federal do Brasil, pela terceira vez. Sarney foi eleito com 49 dos 81 votos dos senadores, derrotando o adversário do PT, Tião Viana.

[editar] Acusações em 2009

Usando camisetas que formam a frase "Fora Sarney", estudantes protestam contra permanência de José Sarney, na presidência do Senado.

A eleição de Sarney para a Presidência do Senado pela terceira vez provocou controvérsias no meio político e críticas da imprensa, já que contou apoio de governistas e até oposicionistas que mudaram de voto em última hora.

Em meados do final de fevereiro, a revista inglesa The Economist publicou reportagem fazendo críticas ao Sarney, classificando-o como "dinossauro" e "semifeudal": a revista trouxe reportagem que classificou sua eleição de “vitória do semifeudalismo”. A reportagem, intitulada “Onde os dinossauros ainda vagam” (“Where dinosaurs still roam”), de autoria do jornalista John Prideaux, afirmou que talvez fosse “hora de (Sarney) se aposentar”.

Um dia depois, os jornais O Estado de São Paulo e Folha de S. Paulo trouxeram à tona pela primeira vez um diálogo entre José Sarney e seu filho Fernando Sarney (superintendente do Sistema Mirante), ocorrida no dia 17 de abril de 2009, perguntando sobre investigações da Abin no próprio nome e que admite usar a emissora TV Mirante para fins eleitorais, o que é crime. A ligação coincidiu com a posse da filha Roseana Sarney depois que Jackson Lago foi cassado no dia anterior.

Em 1ª de março, a Folha de S. Paulo revela que Agaciel Maia, diretor geral do Senado desde 1995 (nomeado por José Sarney), usou o irmão e deputado João Maia (PR-RN) para esconder da Justiça, desde 1996, a propriedade de uma casa avaliada em cerca de R$ 5 milhões. Pressionado, Agaciel se demitiu em 4 de março.[20]

Adversários, jornalistas e cientistas já se referiram ao período de preponderância da família Sarney na política maranhense como uma época de "dominação" da "mais antiga oligarquia política vigente no país".[8][9][10] Segundo Veja, "o resultado desse domínio é visível a olho nu: a família Sarney está milionária, mas o Maranhão lidera o ranking brasileiro de subdesenvolvimento." Também já foram criticados o controle das concessões públicas de comunicação por Sarney e o uso do Convento das Mercês como sede da Fundação José Sarney.[10]

Críticas durante o mandato envolvendo nomeação de parentes em cargos públicos fizeram com que surgisse na Internet (especialmente em blogs e no Twitter) a campanha #forasarney.[21] Sarney já havia em 2006, motivado a campanha hostil Xô Sarney no Amapá.

Quando presidente da República foi bastante criticado pelo então candidato Lula. Porém, Lula, em 2009, quase 20 anos depois, como presidente, opôs-se abertamente ao movimento pela cassação ou afastamento do seu cargo.[22] A declaração provocou polêmica, pois na prática o presidente brasileiro permitiu mais desgaste no aliado, que recuou no fim do mês. Caso Sarney saísse, quem assumiria é um senador da oposição.

Em agosto, contrariando a opinião pública e senadores da oposição, os senadores barraram investigações das irregularidades de Sarney sobre os atos secretos e a Fundação José Sarney, o que provocou duras críticas em todos os setores da sociedade brasileira, principalmente os votos que resolveram eram do PT.

Em outubro anunciou o fim da Fundação José Sarney, em razão das denúncias.

Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.[23]

[editar] Eleição em 2011

Em 1 de fevereiro de 2011, foi eleito e tomou posse como Presidente do Senado Federal do Brasil, pela quarta vez. Sarney foi o candidato governistas e foi eleito com 70 dos 81 votos dos senadores, derrotando o senador do PSOL Randolfe Rodrigues que obteve oito votos. [24] Em seu discurso de posse Sarney se emocionou a afirmar que esta seria sua última vez na presidência do Senado, pois não pretende pleitear a reeleição em 2014, quando deverá se aposentar e completar 56 anos de mandato, mais do que Rui Barbosa, pratono do Senado Federal.

[editar] Carreira literária

A par de sua carreira política, José Sarney é autor de contos, crônicas, ensaios e de três romances: O dono do mar, Saraminda e A Duquesa vale uma missa. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1980, ocupando a cadeira de número 38, cujo patrono é Tobias Barreto.

[editar] Obras

Encontro dos escritores brasileiros Glauco Ortolano e José Sarney na sede da União Brasileira de Escritores de Nova York (UBENY).

Incluem-se entre as principais obras do autor José Sarney:

  • A pesca do curral (ensaio), 1953
  • A canção inicial (poesia), 1954
  • Norte das águas (contos), 1969
  • Marimbondos de fogo (poesia), 1978
  • O parlamento necessário, 1982 (discursos, 2 volumes)
  • Falas de bem-querer, 1983 (discursos)
  • Dez contos escolhidos, 1985
  • Brejal dos Guajás e outras histórias, 1985
  • A palavra do presidente, 1985-1990 (discursos, 6 volumes)
  • Sexta-feira, Folha, 1994 (crônica)
  • O dono do mar (romance), 1995
  • Amapá, a Terra onde o Brasil começa, 1998 (história)
  • A onda liberal na hora da verdade, 1999 (crônica)
  • Saraminda (romance), 2000
  • Saudades mortas (poesia), 2002
  • Canto de página, 2002 (crônica)
  • Crônicas do Brasil contemporâneo, 2004, 2 volumes
  • Tempo de pacotilha, 2004
  • 20 anos de democracia, 2005 (discursos, 2 volumes)
  • 20 anos do Plano Cruzado, 2006 (discursos)
  • Semana sim, outra também, 2006 (crônica)
  • A duquesa vale uma missa (romance), 2007

[editar] Lorbeerkranz.pngAcademia Brasileira de Letras

Eleito em 17 de julho de 1980, na sucessão de José Américo de Almeida na cadeira 38, é recebido em 6 de novembro de 1980 pelo acadêmico Josué Montello. Recebeu os acadêmicos Marcos Vinicios Vilaça e Affonso Arinos de Mello Franco. Dos atuais integrantes da Academia Brasileira de Letras, José Sarney é o membro mais antigo. Também é presidente de Honra da Academia Pinheirense de Letras, Artes e Ciências - APLAC

José Sarney é também, desde 1985, acadêmico correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.

[editar] Critica

José Sarney já foi alvo de críticas afiadas de alguns intelectuais, entre os quais se destacam Paulo Francis e Millôr Fernandes. A respeito de Brejal dos Guajas, Millôr disse que se tratava de "uma obra-prima sem similar na literatura de todos os tempos, pois só um gênio poderia fazer um livro errado da primeira à última frase".[25] Afirmou ainda que "em qualquer país civilizado Brejal dos Guajas seria motivo para impeachment". Além disso, quando foi publicado o livro de poesias "Marimbondos de Fogo", o grupo Casseta & Planeta disse que a obra era parte da trilogia completada por "Marimbondos de Porre" e "Marimbondos de Ressaca".[26]

[editar] Condecorações

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José Sarney foi agraciado com as seguintes condecorações:


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Referências

  1. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa muda oficialmente seu nome em 1965. Ver Gutemberg, Luiz, 2001, "Revista da História: José Sarney Democrata Humanista", pg. 21.
  2. a b Almanaque Abril 1986, p. 85.
  3. a b A página oficial da Câmara dos Deputados informa que José Sarney exerceu o mandato como suplente convocado por sete vezes estreando em 06 de junho de 1955.
  4. a b Gutemberg, Luiz, 2001, "Revista da História: José Sarney Democrata Humanista", pp. 116-117.
  5. a b Deputado Chico Alencar, discurso proferido na Câmara dos Deputados em 16 de março de 2005, durante a sessão de homenagem aos 20 anos do retorno à democracia.
  6. a b Senadores Pedro Simon, Marco Maciel, Arthur Virgílio, discursos proferidos no Senado Federal em 15 de março de 2005, durante a sessão de homenagem aos 20 anos do retorno à democracia.
  7. a b Seminário "Olhares sobre 1985, Vinte Anos de Redemocratização do Brasil: Debate entre estadistas", Jornal do Brasil, discursos de Julio Sanguinetti e Raúl Alfonsín, em 9 de maio de 2005.
  8. a b Do "Maranhão Novo" ao "Novo Tempo": a trajetória da oligarquia Sarney no Maranhão
  9. a b Governador prestigia lançamento do livro 'Oligarquia da Serpente'
  10. a b c Revista Veja. Edição 2110. 29 de abril de 2009.
  11. UOL Educação. José Sarney. Página visitada em 23/10/2009.
  12. O prenome do pai, Sarney, foi tirado pelo avô de uma edição de 1901 do Almanaque Bristol: fonte: Gutemberg, Luiz, 2001, "Revista da História: José Sarney Democrata Humanista", pg. 21.
  13. De antena ligada - NEMP-UnB
  14. Editorial sítio Desemprego Zero
  15. José Sarney e Fernando Collor estiveram juntos na ARENA, PDS e PMDB por pelo menos dez anos.
  16. Eleito pela ARENA do Maranhão em 1970 e 1978 e pelo PMDB do Amapá em 1990, 1998 e 2006, José Sarney detém o recorde de cinco mandatos de senador. Depois dele temos o gaúcho Pedro Simon com quatro mandatos e um grupo de senadores com três: Álvaro Dias, Edison Lobão, Eduardo Suplicy, Gérson Camata, José Agripino Maia e Marco Maciel. Esses dados consideram apenas os senadores em atividade.
  17. Tomou posse em 1º de fevereiro de 1991.
  18. 20% contra 5% da concorrente mais próxima, em 20 de agosto de 2006 (fonte).
  19. Fonte: TSE
  20. http://www.jornalpequeno.com.br/2009/6/14/Pagina111728.htm
  21. O Dia online. "Artistas abraçam a campanha 'Fora Sarney' no Twitter". . (página da notícia visitada em 04/07/2009)
  22. Folha Online. "Lula defende Sarney e diz que país não pode parar e discutir por um mês "coisas menores"". . (página da notícia visitada em 04/07/2009)
  23. Época - NOTÍCIAS - Os 100 brasileiros mais influentes de 2009. revistaepoca.globo.com. Página visitada em 20 de Dezembro de 2009.
  24. http://noticias.uol.com.br/politica/2011/02/01/sarney-e-reeleito-presidente-do-senado.jhtm
  25. http://www2.uol.com.br/millor/aberto/textos/004/007.htm
  26. História do Brasil, Zero Hora, página 279
  27. Academia Brasileira de Letras - José Sarney - Biografia. Página visitada em 2 de junho de 2009.

[editar] Bibliografia

  • FASSY, Amaury, De Castelo a Sarney, Editora Thesaurus, 1987.
  • NOBLAT, Ricardo, Céu dos Favoritos o Brasil de Sarney a Collor, Editora Rio Fundo, 1990.
  • OLIVEIRA, Raymundo, De Jango a Sarney, 1986.
  • OLIVEIRA, Bastos, Sarney: O Outro Lado da História, Editora Nova Fronteira.
  • PINHEIRO, Luiz Adolfo, A República dos Golpes - de Jânio a Sarney, Editora Best Seller, 1993.
  • PINTO, Celi Regina Jardim, Com a Palavra o Senhor Presidente José Sarney, Editora Hucitec, 1989.
  • RODRIGUES, Newton, Brasil - Provisório - de Jânio a Sarney, Editora Guanabara, 1986.
  • SARNEY, José, Palavras do Presidente José Sarney, Vol. I, Editora Gráfica Brasiliana, Brasília, 1985.
  • SARNEY, José, Sexta-feira na Folha, Editora Siciliano , 1994.
  • SARNEY, José, A onda liberal na hora da verdade, Editora Siciliano, 1999.
  • VELLOSO, João Paulo dos Reis, O Último Trem para Paris - de Getúlio a Sarney, Editora Nova Fronteira, 1986.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas


Precedido por
Newton de Barros Belo
Governador do Maranhão
19661971
Sucedido por
Pedro Neiva de Santana
Precedido por
José Américo de Almeida
Lorbeerkranz.png ABL - sexto acadêmico da cadeira 38
1980 — atualidade
Sucedido por
-
Precedido por
Aureliano Chaves
Vice-presidente do Brasil
15 de março de 198521 de abril de 1985
Sucedido por
Itamar Franco
Precedido por
Tancredo Neves
Brasil Presidente do Brasil
19851990
Sucedido por
Fernando Collor
Precedido por
Humberto Lucena
Presidente do Senado Federal do Brasil
19951997
Sucedido por
Antônio Carlos Magalhães
Precedido por
Ramez Tebet
Presidente do Senado Federal do Brasil
20032005
Sucedido por
Renan Calheiros
Precedido por
Garibaldi Alves Filho
Presidente do Senado Federal do Brasil
2009 — atualidade
Sucedido por



Maranhão

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Estado do Maranhão
Bandeira do Maranhão
Brasão do Maranhão
(Bandeira) (Brasão)
Hino: Hino do estado do Maranhão
Gentílico: maranhense

Localização do Maranhão no Brasil

Localização
- Região Nordeste
- Estados limítrofes Piauí (leste), Tocantins (sudoeste) e Pará (oeste)
- Mesorregiões 5
- Microrregiões 21
- Municípios 217
Capital São Luís
Governo 2011 a 2014
- Governador(a) Roseana Sarney (PMDB)
- Vice-governador(a) Joaquim Washington (PT)
- Deputados federais 18
- Deputados estaduais 42
- Senadores Edison Lobão Filho (PMDB)
Epitácio Cafeteira (PTB)
João Alberto (PMDB)
Área
- Total 331 983,293 km² () [1]
População 2010
- Estimativa 6 569 683 hab. (10º)
- Densidade 19,79 hab./km² (16º)
Economia 2006
- PIB R$28.621.860 (16º)
- PIB per capita R$4.628 (26º)
Indicadores 2008[2]
- Esper. de vida 68,0 anos (26º)
- Mort. infantil 37,9‰ nasc. (26º)
- Analfabetismo 19,5% (23º)
- IDH (2005) 0,683 (26º) – médio[3]
Fuso horário UTC-3
Clima tropical Af/Aw
Cód. ISO 3166-2 BR-MA
Site governamental www.ma.gov.br

Mapa do Maranhão

O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no oeste da região Nordeste e tem como limites o Oceano Atlântico (N), o Piauí (L), Tocantins (S e SO) e o Pará (O). Um pouco maior que a Itália e um pouco menor que a Alemanha, o Estado ocupa uma área de 331.983,293 km², sendo o 2º maior Estado em extensão do Nordeste e o 8º do País. É o 4º Estado mais rico (PIB) do Nordeste e a 16ª maior economia (PIB) do Brasil. É rico em poetas e escritores no país, considerado desde o século XIX até os dias de hoje o maior em quantidade desses intelectuais.

A origem do Maranhão tem por base a luta entre povos, a luta pelo território. No ano do descobrimento do Brasil, os espanhóis foram os primeiros europeus a chegarem à região onde hoje se encontra o Maranhão. Somente trinta e cinco anos depois, que os portugueses tentaram ocupar o território, sem êxito. E a partir disso, em 1612, os franceses ocuparam definitivamente o Maranhão, originando a França Equinocial. A ocupação foi num cenário de lutas e tréguas entre portugueses e franceses durante três anos e, no ano de 1615, os franceses retomaram definitivamente a colônia.

Localizado entre as regiões Norte e Nordeste, o Maranhão tem o privilégio de possuir, devido a exuberante mistura de aspectos da geografia, a maior diversidade de ecossistemas de todo o País. São 640 quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta Amazônica, cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de lagoas de águas cristalinas. Essa diversidade está organizada em cinco pólos turísticos, cada um com seus atrativos naturais, culturais e arquitetônicos, muitos ainda por serem descobertos. São eles: O Pólo turistico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, O Parque Nacional da Chapada das Mesas, O Delta do Parnaíba e o Pólo da Floresta dos Guarás.

Sua capital é São Luís e outros importantes municípios são Imperatriz, Caxias, Timon, Codó, Santa Inês, Bacabal, Balsas, Pedreiras, e Barra do Corda, além de outras cidades da Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense como Açailândia, que possui o segundo PIB do estado.

Índice

[esconder]

[editar] Etimologia

Não há só uma hipótese para a origem do nome do estado do Maranhão. A teoria mais aceita é que Maranhão era o nome dado ao Rio Amazonas pelos nativos da região antes dos navegantes europeus chegarem ou que tenha alguma relação com o rio Marañón no Peru. Mas há outros possíveis significados como: grande mentira ou mexerico segundo o português antigo. Outra hipótese seria pelo fato do Estado ter um emaranhado de rios. Também pode ser referente ao caju, fruta abundante no litoral ou ainda mar grande ou mar que corre.

No contexto da história do Brasil, porém, o nome deriva dos tempos coloniais em que o Brasil esteve dividido entre apenas duas entidades administrativas: o Estado do Maranhão, ao norte, e o Estado do Brasil, ao sul. Com o fracionamento do antigo Estado do Maranhão-Grão Pará, formou-se a capitania e logo província do Maranhão, que até então incluía o território do hoje vizinho Estado do Piauí.

[editar] História

Maragnon de Frans Jansz, 1645.

[editar] Início da colonização do território maranhense

Em 1534, D. João III divide a Colônia Portuguesa no Brasil em Capitanias Hereditárias, sendo o Maranhão parte de quatro delas (Maranhão primeira seção, Maranhão segunda seção, Ceará e Rio Grande), para melhor ocupar e proteger o território colonial.

Povos indígenas no Maranhão.

Porém, a ocupação no Maranhão aconteceu a partir da invasão francesa à Ilha de Upaon-Açu (Ilha de São Luís) em 1612, liderada por Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, que tentava fundar colônias no Brasil. Os franceses chegaram a fundar um núcleo de povoamento chamado França Equinocial e um forte chamado de "Fort Saint Louis". Esse foi o início da cidade de São Luís.

Entretanto, os portugueses expulsaram os franceses em 1615 na batalha de Guaxenduba, sob o comando de Jerônimo de Albuquerque Maranhão, e passaram a ter controle das terras maranhenses. Nesse episódio, foi importante a participação dos povos indígenas que somaram forças a ambos os lados e estendendo o tamanho da batalha.

[editar] Ocupação holandesa

Depois de terem ocupado a maior parte do território do Nordeste da Colônia portuguesa na América, os holandeses dominaram as terras da Capitania do Maranhão em 1641. Eles desembarcaram em São Luís e tinham como objetivo a expansão da indústria açucareira com novas áreas de produção de cana-de-açúcar. Depois, expandiram-se para o interior da Capitania.

Os colonos, insatisfeitos com a presença holandesa, começaram movimentos para a expulsão dos holandeses do Maranhão em 1642, sendo o primeiro movimento contra a dominação holandesa. As lutas só acabaram em 1644 e nelas se destaca Antônio Texeira de Melo como um dos líderes do movimento.

[editar] Revolta de Beckman

Em 1682, a Coroa Portuguesa decidiu criar a Companhia de Comércio do Maranhão. Tal Companhia tinha o dever de enviar ao Estado do Maranhão um navio por mês carregado de escravos e alimentos como azeite e vinho. Assim, Portugal pretendia incrementar o comércio da região.

Mas a estratégia não surtiu efeito: a Companhia abusava nos preços e, por vezes, atrasava os navios. Isso, somado às difíceis condições de vida à época, fizeram com que, entre os colonos, se criasse um clima de hostilidade contra a Metrópole.

Liderada por Manuel Beckman (Bequimão) em 1684, começou uma revolta nativista conhecida como a Revolta de Beckman. Os revoltosos queriam o fim da Companhia de Comércio do Maranhão e a expulsão dos jesuítas, pois a Companhia de Jesus era contra a escravidão indígena, principal fonte de mão-de-obra na região, à época.

Em São Luís, os revoltosos chegaram a aprisionar o capitão-mor e outras autoridades, assim como expulsaram os jesuítas, mas foram derrotados pelas forças da Coroa. Manuel Beckman foi condenado à morte e enforcado em praça pública, apesar de seu irmão, Tomás Beckman ter ido a Portugal para expor diretamente ao rei o motivo da revolta.

O movimento conseguiu fazer com que a Companhia fosse extinta mas não foram atendidos sobre a expulsão dos jesuítas.

[editar] Marquês de Pombal e o Maranhão

Adotando ao modelo de déspota esclarecido, D. José I nomeou a Primeiro-Ministro, em Portugal, o Marquês de Pombal que teve importante papel na História do Maranhão.

Pombal fundou o Vice Reino do Grão-Pará e Maranhão com capital em Belém e subdivido em quatro capitanias (Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará). Além disso, expulsou os jesuítas e criou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão cuja atuação desenvolveu a economia maranhense.

Na fase pombalina, a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão incentivou as migrações de portugueses, principalmente açorianos, e aumentou o tráfico de escravos e produtos para a região. Tal fato fez com que o cultivo de arroz e algodão ganhasse força e logo colocou o Maranhão dentro do sistema agroexportador. Essa prosperidade econômica se refletiu no perfil urbano de São Luís, pois nessa época foi construída a maior parte dos casarões que compõem o Centro Histórico de São Luís que hoje é Patrimônio Mundial da Humanidade. A região enriqueceu e ficou fortemente ligada à Metrópole, quase inexistindo relação comercial com o sul do país.

Mas os projetos do Marquês de Pombal foram abalados quando subiu ao trono D. Maria I que extinguiu a Companhia de comércio e muitas outras ações do Marquês na Colônia.

[editar] Adesão do Maranhão à independência do Brasil

No Maranhão, as elites agrícolas e pecuaristas eram muito ligadas à Metrópole e a exemplo de outras províncias se recusaram a aderir à Independência do Brasil. À época, o Maranhão era uma das mais ricas regiões do Brasil. O intenso tráfego marítimo com a Metrópole, justificado pela maior proximidade com a Europa, tornava mais fácil o acesso e as trocas comerciais com Lisboa do que com o sul do país. Os filhos dos comerciantes ricos estudavam em Portugal. A região era conservadora e avessa aos comandos vindos do Rio de Janeiro.

Foi da Junta Governativa da Capital, São Luís, que partiu a iniciativa da repressão ao movimento da Independência no Piauí. A Junta controlava ainda a região produtora do vale do rio Itapecuru, onde o principal centro era a vila de Caxias. Esta foi a localidade escolhida pelo Major Fidié para se fortificar após a derrota definitiva na Batalha do Jenipapo, no Piauí, imposta pelas tropas brasileiras, compostas por contingentes oriundos do Piauí e do Ceará. Fidié teve que capitular, sendo preso em Caxias e depois mandado para Portugal, onde foi recebido como herói. São Luís, a bela capital e tradicional reduto português, foi finalmente bloqueada por mar e ameaçada de bombardeio pela esquadra do Lord Cochrane, sendo obrigada a aderir à Independência em 28 de julho de 1823. Os anos imperiais que seguiram foram vingativos com o Maranhão; o abandono e descaso com a rica região levaram a um empobrecimento secular, ainda hoje não rompido.

[editar] A Balaiada

Foi o mais importante movimento popular do Maranhão e ocorreu entre Período Regencial e o primeiro ano do império de D. Pedro II.

Os revoltosos exigiam melhores condições sociais e foram influenciados pelas lutas partidárias da aristocracia rural.

Como líderes tiveram: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (O Balaio), Raimundo Gomes e Cosme dos Santos. Eles ainda conseguiram tomar a cidade de Caxias e estender o movimento até o Piauí, porém, as tropas do imperador lideradas por Luís Alves de Lima e Silva (que mais tarde receberia o título de Duque de Caxias) reprimiram o movimento. Os envolvidos foram anistiados e Manuel dos Anjos Ferreira e Negro Cosme foram mortos.

[editar] Geografia

O oeste maranhense está dentro da área de atuação do clima equatorial com médias pluviométricas e térmicas altas. Já na maior parte do Estado, se manifesta o clima tropical com chuvas distribuídas nos primeiros meses do ano, mas o estado não sofre com períodos de seca.

Do ponto de vista ecológico, o Maranhão apresenta uma grande diversidade de espécies de plantas e animais. Na região oeste do estado estão demarcados de 300 mil hectares de terra referentes à Reserva Biológica do Gurupi, que é o que restou da floresta amazônica no Maranhão.

Mata dos Cocais no Maranhão.
  • Amazônica: Predominante no oeste do Estado e encontra-se muito devastada em consequência das siderúrgicas de ferro gusa .
  • Mata de Cocais: Mata característica do Maranhão onde predomina o babaçu e carnaúba. Cobre a parte central do Estado.
  • Campos: Próxima ao Golfão Maranhense, tem como característica vegetação herbácia alagável pelos rios e lagos da Baixada Maranhense.
  • Mangues: Predominam no litoral maranhense desde a foz do Gurupi até a foz do Periá.
  • Cerrado: vegetação predominante no Maranhão. Formada por árvores de porte médio e vegetação rasteira.

O Maranhão possui o segundo maior litoral do Brasil com 640 km de extensão, indo desde o Delta do rio Parnaíba até a foz do rio Gurupi. Ao longo de sua extensão, podem ser encontradas diversas praias além de regiões de mangues.

Veja a lista de rios do Maranhão.

[editar] Relevo

Com altitudes reduzidas e topografia regular, apresenta um relevo modesto, com cerca de 90% da superfície abaixo dos 300 metros. Apresenta duas regiões distintas: a planície litorânea e o planalto tabular.

A primeira delas, ao norte, compreendendo toda região litorânea, é formada por planícies de baixas altitudes marcadas por extensas praias, tabuleiros e baixadas alagadiças. Destaca-se em especial as grandes extensões de dunas e as baías de São Marcos e São José. Nesta região encontra-se uma das três ilha-capitais do Brasil, a Ilha de São Luís (ou Upaon-Açu na língua tupinambá), onde estão localizados os municípios de São Luís (capital do estado), Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar. Ao nordeste do estado maranhense encontra-se uma interessante formação geológica de dunas e lagoas de água doce sobre uma área de 155 mil hectares, os Lençóis Maranhenses, também conhecida como deserto brasileiro.

No centro-sul nota-se a predominância do relevo de planaltos e chapadas com formação de serras e abrangendo uma porção do Planalto Central brasileiro. Pode-se obter uma boa noção do relevo maranhense através de uma imagem de satélite onde se evidenciam as duas regiões mencionadas.

[editar] Economia

Fachada azulejada na capital São Luís.

A economia maranhense foi uma das mais prósperas do país até a metade do século XIX. Mas após o fim da Guerra Civil Americana, quando perdeu espaço na exportação de algodão, o estado entrou em colapso, agravado pelo abandono gerado pelos governos imperial e republicano; somente após o final da década de 1960 no século XX o estado passou a receber incentivos e saiu do isolamento, com ligações férreas e rodoviárias com outras regiões. A inauguração do Porto do Itaqui, em São Luís, um dos mais profundos e movimentados do país, serviu para escoar a produção industrial e de minério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás, atividade explorada pela Vale. A estratégica proximidade com os mercados europeus e norte-americanos fez do Porto uma atraente opção de exportação, mas padece de maior navegação de cabotagem. A economia estadual atualmente se baseia na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, madeireira, extrativismo (babaçu), agricultura (soja, mandioca, arroz, milho), na pecuária e nos serviços.

São Luís concentra grande parte do PIB do estado; a capital passa por um processo marcante de crescimento econômico, sediando mais de três universidades (duas públicas e uma privada), além de uma dezena de centros de ensino e faculdades particulares. A expansão imobiliária é visível, mas o custo de vida ainda é bastante elevado e a exclusão social acentuada. Há grande dependência de empregos públicos.

[editar] Setor primário

A agricultura e a pecuária são atividades importantes na economia do Maranhão, além da pesca, que lhe dá a liderança na produção de pescado artesanal do país. Afinal, o estado possui 640 km de litoral, o segundo maior do Brasil, que fornece produtos bastante utilizados na culinária regional, como o camarão, caranguejo e sururu.

O Maranhão aumentou a produção de grãos, em 2000, e teve significativo crescimento industrial, de acordo com a Sudene. Apesar disso, o estado está entre os mais pobres do país.

[editar] Setor terciário

O Maranhão, por ser localizado em um bioma de transição entre o sertão nordestino e a Amazônia, apresenta ao visitante uma mescla de ecossistemas somente comparada, no Brasil, com a do Pantanal Mato-Grossense. Possui mais de 640 km de litoral, sendo, portanto, o estado com o 2º maior litoral brasileiro, superado apenas pela Bahia. O turismo praticado nele pode ser classificado em 2 tipos: turismo ecológico e turismo cultural/religioso.

O Maranhão tem o privilégio de possuir, devido a exuberante mistura de aspectos da geografia, a maior diversidade de ecossistemas de todo o País. São 640 quilômetros de extensão de praias tropicais, floresta Amazônica, cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de lagoas de águas cristalinas. Essa diversidade está organizada em cinco pólos turísticos, cada um com seus atrativos naturais, culturais e arquitetônicos, muitos ainda por serem descobertos. São eles: O Pólo turistico de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, O Parque Nacional da Chapada das Mesas, O Delta do Parnaíba e o Pólo da Floresta dos Guarás.

O Pólo turistico de São Luís, localizado na ilha Upaon-Açu, que abrange os municípios que compõem a Ilha, a capital São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, e a cidade Monumento de Alcântara.

O Parque dos Lençóis, situado no litoral oriental do Maranhão, envolve os municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro e Barreirinhas. Seu maior atrativo é o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, belo e intrigante fenômeno da natureza, um paraíso ecológico com 155 mil hectares de dunas, rios, lagoas e manguezais.

O Parque Nacional da Chapada das Mesas, um paraíso de 160.046 hectares de cerrado localizado no Sudoeste Maranhense. São inúmeras as surpresas que uma viagem à Chapada das Mesas pode revelar ao viajante, como banhos em Cachoeiras, trilhas ecológicas em cavernas e desfiladeiros, rappel, visitas em sítios arqueológicos com inscrições rupestres, mergulhos em rios de águas cristalinas e outras belas paisagens. As principais cidades do pólo são Imperatriz, Carolina e Riachão, circundadas por um mundo mágico e grandioso.

O Delta do Parnaíba é o terceiro maior delta oceânico do mundo. Raro fenômeno da natureza que ocorre também no rio Nilo, na África, e Mekong, no Vietnã. Sua configuração se assemelha a uma mão aberta, onde os dedos representariam os principais afluentes do Parnaíba, que se ramificam formando um grandioso santuário ecológico. Rios, flora, fauna, dunas de areias alvas, banhos em lagoas e de mar são alguns atrativos que o lugar oferece. Localizado a nordeste do Estado, na divisa com o Piauí. Envolve a região sob influência do Delta do Rio Parnaíba, que tem setenta por cento da sua área no Maranhão. Tutóia, Paulino Neves e Araioses são os principais municípios. Deste último partem excursões turísticas para o Delta.

O Pólo da Floresta dos Guarás fica na parte amazônica do Maranhão, no litoral ocidental do Estado. Incluído como Pólo ecoturístico por excelência, envolve os municípios de Cedral, Mirinzal, Cururupu, Guimarães e Porto Rico do Maranhão, entre outros. Seu nome deve-se à bela ave de plumagem vermelha, comum na região. O lugar, que conta com incríveis atrativos naturais e culturais, destaca-se como um santuário ecológico, formado por baías e estuários onde os rios deságuam em meio a manguezais. Entre os maiores atrativos turísticos deste Pólo, está a Ilha dos Lençóis, em Cururupu. Outros atrativos: Praias de Caçacueira, São Lucas e Mangunça; Parcel de Manuel Luís, um banco de corais ao alcance apenas de mergulhadores profissionais; estaleiros, onde os mestres constroem embarcações típicas do Maranhão, inteiramente artesanais; pássaros como guarás, garças, colhereiros e marrecos.


[editar] Demografia


Cidades mais populosas do Maranhão

Posição Cidade Microrregião População Posição Cidade Microrregião População

Avenida Colares Moreira - São Luís.jpg
São Luís
Ponte Imperatriz.jpg
Imperatriz
Centro de Cultura.jpg
Caxias

1 São Luís São Luís 997 098 11 Balsas Balsas 83 617
2 Imperatriz Imperatriz 236.691 12 Barra do Corda Alto Mearim 81 329
3 Timon Caxias 150 635 13 Pinheiro Baixada Maranhense 77 182
4 Caxias Caxias 148 072 14 Santa Luzia Pindaré 71 455
5 São José de Ribamar São Luís 139 473 15 Chapadinha Chapadinha 70 537
6 Codó Codó 121 937 16 Buriticupu Pindaré 64 685
7 Paço do Lumiar São Luís 103 958 17 Coroatá Codó 63 081
8 Açailândia Imperatriz 101 130 18 Itapecuru-Mirim Itapecuru Mirim 56 810
9 Bacabal Médio Mearim 98 489 19 Grajaú Alto Mearim e Grajaú 56 633
10 Santa Inês Pindaré 85 701 20 Barreirinhas Lençois Maranhenses 50 354
Fonte: IBGE, estimativa populacional 2009[4]
Demografia do Maranhão
Ficha técnica
Área 331.983,293 km²[5]
População 6.118.995 hab. (2008)[5]
Densidade 18,43 hab/km² (2008)[6]
Crescimento demográfico 1,5% ao ano (1991-2006)[6]
População urbana 68,1% (2004)[6]
Domicílios 1.442.500 (2005)[6]
Carência habitacional 570.606 unidades[7]
Acesso à água 61,3% (2005)[6]
Acesso à rede de esgoto 49,5% (2005)[6]
IDH 0,683 (2005)
Número de Municípios 217.[5]

O Maranhão possui 217 municípios distribuídos em uma área de 331.983,293 km²,[5] sendo o oitavo maior estado do Brasil, um pouco menor que a Alemanha. Sua população estimada em 2007 é de 6.118.995 habitantes,[5] sendo o décimo estado mais populoso do país, com população superior à da Jordânia. Cerca de 70% dos maranhenses vivem em áreas urbanas.[6] O Maranhão possui 18,43 habitantes por km², sendo o décimo sexto na lista de estados brasileiros por densidade demográfica.

[editar] Indicadores sociais

O Maranhão é um dos estados mais pobres do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual a 0,683, comparável ao do Brasil em 1980 e superior apenas ao de Alagoas na lista dos estados brasileiros por IDH. O estado possui a segunda pior expectativa de vida do Brasil, também superior apenas à de Alagoas.

Segundo o livro Honoráveis Bandidos, a família Sarney, através do seu envolvimento na política, fez com que o estado empobrecesse e as pessoas migrassem da região.

Déficit habitacional

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2007, o Maranhão é o estado com o maior déficit habitacional relativo do país. O Maranhão apresenta um índice de 38,1% (que equivale ao número de imóveis existentes, dividido pelo de moradias necessárias para suprir a demanda da população). Em termos absolutos, o déficit no estado chega a 570.606 unidades, o quinto maior do país. O déficit maranhense representa 7,14% do déficit absoluto total brasileiro, estimado em 7.984.057. A média maranhense é quase três vezes maior do que a nacional, de 14,6%. Para a FGV, as causas do déficit no estado estariam relacionadas à má distribuição de renda, à inadimplência do Estado e Municípios e à política aplicada no setor. O então secretário adjunto da Secretaria de Estado das Cidades, Desenvolvimento Regional Sustentável e Infra-Estrutura (Secid), Heraldo Marinelli, contestou parte dessas causas. Para ele, o déficit "não têm correlação com a falta de políticas ao setor e com a inadimplência de Estado e Municípios" e também influenciaria o "processo histórico de concentração de renda" no estado.[7]

Resultados no ENEM
Ano↓ Português↓ Redação↓
2006[8]
Média
31,35 (24º)
36,90
48,93 (22º)
52,08
2007[9]
Média
45,15 (21º)
51,52
54,84 (16º)
55,99
2008[10]
Média
35,62 (21º)
41,69
57,99 (17º)
59,35
Educação

De acordo com dados divulgados pelo IBGE em 2009, o Maranhão possui o maior número de crianças entre oito e nove anos de idade analfabetas. Quase 40% das crianças do estado nessa faixa etária não sabem ler e escrever, enquanto que a média nacional é de apenas 11,5%. Os dados do IBGE, porém, não oferecem um diagnóstico completo da situação, pois se baseiam somente na informação de pais sobre se seus filhos sabem ler e escrever um bilhete simples.[11][12] Em 2006, os alunos Maranhão obtiveram a quarta pior nota na prova do ENEM de língua portuguesa. Em 2007, obtiveram a sétima pior, que foi mantida na avaliação de 2008. Na redação, os alunos se sairam um pouco melhor, apresentando a sexta pior nota em 2006 e subindo seis posições em 2007.

Mortalidade infantil

O Maranhão apresenta o segundo maior índice de mortalidade infantil do Brasil, inferior apenas ao de Alagoas. De acordo com dados do IBGE, de cada mil nascidos no Maranhão por ano, 39 não sobreviverão ao primeiro ano de vida. Vários fatores contribuem para o alto índice de mortalidade infantil no estado, dentre eles o fato de que metade da população tem acesso à rede de esgoto e quase 40% não tem acesso a água tratada.[6]

[editar] Etnias

O Maranhão é um dos estados mais miscigenados do país, o que pode ser demonstrado pelo número de 68,8% de pardos auto-declarados ao IBGE, resultado da grande concentração de escravos indígenas e africanos nas lavouras de cana-de-açúcar, arroz e algodão; os grupos indígenas remanescentes e predominantes são dos grupos linguísticos e Tupi. No tronco Macro-Jê destaca-se a família Jê, com povos falantes da língua Timbira (Mehim), Kanela (Apanyekra e Ramkokamekra), Krikati, Gavião (Pukobyê), Kokuiregatejê, Timbira do Pindaré e Krejê. No Tronco Tupi a família tupi-guarani, com os povos falantes das línguas Tenetehára: Guajajara, Tembé e Urubu-Kaapor, além dos Awá-Guajá e e um pequeno grupo Guaranis, concentrados principalmente na pré-Amazônia, no Alto Mearim e na região de Barra do Corda e Grajaú.

Raça Porcentagem
Branca 24,9%
Negra 5,5%
Parda 68,8%%
Indígena 0,7%
Fonte: PNAD[13]

Houve forte tráfico negreiro entre os séculos XVIII e XIX, que trouxe milhares de negros da Costa da Mina e da Guiné, mas precisamente do Benin, antigo Daomé, Ghana e Togo, mas também em levas não menos importantes de africanos do Congo, Cabinda e Angola. Muitas das tradições maranhenses tem a forte marca das culturas africanas: culinária (Arroz de Cuxá), religião (Tambor de Mina e Terecô), festas (Bumba-Meu-Boi e Tambor de Crioula) e músicas (Reggae). Atualmente, o Maranhão conta muitas comunidades quilombolas em toda região da Baixada, rio Itapecuru e Mearim.

A população branca, 24,9% é quase exclusivamente composta de descendentes de portugueses, dada a pequena migração de outros europeus para a região. Ainda no início do século XX a maior parte dos imigrantes portugueses era oriunda dos Açores e da região de Trás-os-Montes. Também no século XX vieram contingentes significativos de sírios e libaneses, refugiados do desmonte do Império Otomano e que hoje têm grande e tradicional presença no estado. A proximidade com a cultura portuguesa e o isolamento do estado até a metade do século XX gerou aqui um sotaque próprio e ainda bastante similar ao português falado em Portugal, praticando os maranhenses uma conjugação verbal e pronominal vizinha àquela lusitana.

[editar] Infraestrutura

A população de grande parte do estado ainda sofre com problemas de saneamento básico e de desnutrição infantil. O Maranhão apresenta altos índices de desnutrição entre as crianças de 0 a 5 anos, de acordo com levantamento do Unicef (Fundo da Nações Unidas para a Infância), feito em 1999.

[editar] Energia

O estado conta com um eficiente sistema de abastecimento de energia, através da Substação da Eletronorte instalada no Distrito Industrial do Município de Imperatriz, além de estar bastante próxima das hidroelétricas de estreito (1.328 megawatts) e de serra quebrada.

A concessionária de energia elétrica que cobre o Maranhão é a CEMAR (Companhia Energética do Maranhão).[14]

[editar] Transporte

Aeroporto Internacional de São Luís
Aeroportos
Portos
Terminal Rodoviário
Rodovias
Ferrovias

[editar] Cultura

  • Pindaré Mirim. O município de Pindaré é um município rico em Cultura, conhecido como berço da Cultura Maranhense, Pindaré Mirim trás no período junino a maior festividade dos seus arraiais, como apresentações de várias atrações Folclóricas, mas o principal foco dos Pindareenses e Turistas é o Bumba - Meu - Boi, que durante esse período, nos quatro cantos da cidade ouve-se as batucadas dos tambores que aquecem-se até amanhecer o dia com as danças e uma festividade jamais vista. Sendo que o Bumba - Meu Boi é Cultura típica do povo maranhense e em especial dos pindareense, já foi até intensificadas en Culturas de Gênero como é o caso do Boi - Bumbá no estado do Amazonas, onde essa cultura se aprimorou com as lendas da amazônia e se intensificou, sendo levada pra lá por nordestinos, e que já é uma Cultura Mundial. Em Pindaré existe um Grupo Folclórico que faz alusão a essa Cultura de Gênero Maranhense oriunda do Bumba-Meu-Boi, que são as apresentações das Danças Indígenas na cidade e no Estado. O Grupo Upaon-Açú é o principal grupo da região que exerce essa cultura no Estado com o primor e a exuberância de suas apresentações, e são muito conhecidos pelo figurino apresentado durante suas danças, são roupas total e artesanalmente confeccionadas e cheias de riquezas nas suas combinações e transfigurando seus personagens. O fundador do Grupo é o Senhor Lobo da Cultura, como é conhecido, é um dos principais artesãos do Grupo e sem falar que é cantor e compositor de toadas de Bumba-Meu-Boi, onde já gravou alguns cd´s, é sem dúvida um homem conservador da Cultura Pindareense e por que não dizer também da Maranhense.

[editar] Culinária

A cozinha maranhense sofreu influência francesa,[carece de fontes?] portuguesa, africana e indígena. O tempero é diferenciado fazendo uso de ingredientes como cheiro-verde (coentro e cebolinha verde), cominho em pó e pimenta-do-reino. No Maranhão é marcante a presença de peixes e frutos do mar como camarão, sururu, caranguejo, siri, pescada, robalo, tainha, curimbatá, mero, surubim e outros peixes de água doce e salgada. Além de consumir outros pratos como sarrabulho, dobradinha, mocotó, carne-de-sol, galinha ao molho pardo, todos acompanhados de farinha d'água. Da farta cozinha maranhense destaca-se o Arroz-de-Cuxá, símbolo da culinária do Maranhão, é feito com uma mistura de gergelim, farinha seca, camarão seco, pimenta-de-cheiro e o ingrediente especial - a vinagreira (hortaliça de origem africana muito comum no Maranhão).

Dentre os bolos consumidos pelos maranhenses pode-se destacar o bolo de macaxeira e o de tapioca. As sobremesas típicas da mesa maranhense são os doces portugueses e uma infinidade de doces, pudins e sorvetes feitos de frutas nativas como bacuri, buriti, murici, jenipapo, tamarindo, caju, cupuaçu, jaca etc.[15][16]

A juçara (ou açaí) é muito apreciada pelos maranhenses, consumida com farinha, camarão, peixe, carne-de-sol ou mesmo na forma de suco, sorvete e pudim. Dada a importância da juçara na cultura maranhense, é realizada anualmente a Festa da Juçara.

A panelada, um cozido preparado a partir das vísceras da vaca, é popular em Imperatriz, segunda maior cidade no interior do estado, é oferecida em diversos pontos da cidade.[17][18]

[editar] Pontos turísticos

Na capital maranhense, patrimônio cultural da humanidade, encontramos a maior parte dos valores históricos do Estado preservado, em museus. Com mais de 3500 imóveis dos séculos XVIII e XIX, é referência no Brasil de aristocracia portuguesa, que ainda podemos ver instalada nas fachadas das casas do Centro Histórico de São Luís. A uma hora de barco, saindo da capital, podemos encontrar Alcântara, outro ponto de referência histórico/arquitetônico do estado.

No que se refere a turismo religioso, o Maranhão possui três eventos importantes. Um deles acontece em Junho, na capital maranhense, onde são feitas festas em homenagem a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Já em Alcântara, no segundo domingo de agosto, acontece a festa de São Benedito. Também lá, em maio, acontece a Festa do Divino, o mais badalado evento profano-religioso do Estado.

Principais municípios turísticos
Conjunto de casarões históricos em São Luís
  • São Luís. É rica em manifestações culturais, como: o Bumba-Meu-Boi,Tambor de Crioula,Cacuriá,Dança Portuguesa, Quadrilhas Juninas, Reggae e outras. Possui o maior conjunto arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina. Possui uma vasta área de praias salgadas. Possui uma culinária peculiar da cidade, como: o cuxá, o arroz de cuxá, o peixe frito e a famosa torta de camarão. A cidade possui uma vida noturna muito movimentada, possuindo muitos bares,restaurantes,clubes de festas,teatros,cinemas e muios shows de artistas locais, nacionais e internacionais. A vida noturna funciona de 2ª feira a Domingo. É uma cidade com muitas opções de lazer e divertimentos. É conhecida como uma cidade festeira.
  • Alcântara. É uma cidade histórica. Tem como principal atração a festa do Divino Espírito Santo no mês de maio. A Base de lançamento de foguetes esta localizada nesse município. Possui muitos prédios em ruínas que foram tombados pelo Patrimônio Histórico Estadual.
  • Barreirinhas. É o município portal dos lençóis maranhenses. Possui um grande rio chamado Preguiças que é uma das atrações do município. Possui vários bares, restaurantes e hotéis de ótimas qualidades que recebem os milhares de turistas que vêm conhecer os lençóis.
  • Pindaré Mirim. Conhecido como berço da cultura maranhense, Pindaré Mirim trás no período junino a maior festividade dos seus arraiais, como apresentações de várias atrações folclóricas, mas o principal foco dos pindareenses e turistas é o Bumba - Meu - Boi, que durante esse período, nos quatro cantos da cidade ouve-se as batucadas dos tambores que aquecem-se até amanhecer o dia com as danças e uma festividade jamais vista. Sendo que o Bumba - Meu Boi é Cultura típica do povo maranhense e em especial dos pindareense, já foi até intensificadas en Culturas de Gênero como é o caso do Boi - Bumbá no estado do Amazonas, onde essa cultura se aprimorou com as lendas da amazônia e se intensificou, sendo levada pra lá por nordestinos, e que já é uma cultura mundial. Em Pindaré existe um Grupo Folclórico que faz alusão a essa cultura de gênero maranhense oriunda do Bumba-Meu-Boi, que são as apresentações das Danças Indígenas na cidade e no Estado. O Grupo Upaon-Açú é o principal grupo da região que exerce essa cultura no Estado com o primor e a exuberância de suas apresentações, e são muito conhecidos pelo figurino apresentado durante suas danças, são roupas total e artesanalmente confeccionadas e cheias de riquezas nas suas combinações e transfigurando seus personagens. O fundador do Grupo é o Senhor Lobo da Cultura, como é conhecido, é um dos principais artesãos do Grupo e sem falar que é cantor e compositor de toadas de Bumba-Meu-Boi, onde já gravou alguns cd´s, é sem dúvida um homem conservador da cultura pindareense e por que não dizer também da maranhense.
  • Carolina. Tem como atrações as cachoeiras. Está na região das águas maranhenses. As principais cachoeiras turísticas mais frequentadas são: Pedra Caída e Itapecuruzinho.A cidade possui também aspectos local histórico,pois suas ruas são todas calçadas de pedras sabão, assim como possui um conjunto de casario colonial.
  • Caxias. É conhecida como a Princesa do Sertão Maranhense por ser uma bela cidade. No passado concorria de perto com a capital São Luís em termos de economia. Atualmente, possui uma economia modesta. A principal atração turística é o balneário Veneza que é um local de rio.
  • São José de Ribamar. É um município da ilha de São Luís. É uma cidade balneária de águas salgadas. Possui como atrações:a Procissão de São José no mês de setembro, o lava pratos(o carnaval fora de época mais antigo do Brasil)que acontece no domingo seguinte do domingo de carnaval,o lava boi que acontece no mês de julho. A cidade é conhecida pela culinária do peixe pedra frito nos bares e restaurantes.
  • Raposa. É um município da Ilha de São Luís. Destaca-se por suas praias. Possui um comércio de rendas(toalhas,colchas,cobertores,etc)feitas por mulheres de descendência cearense.Possui muitos bares que servem peixes deliciosos. Ultimamente, o município tem se destacado nas pequenas dunas existentes,chamadas de fronhas maranhenses. Estas fronhas estão localizadas principalmente na Ilha de Carimã. A cidade oferece passeios de barcos,banhos em rios e passeio em trilhas.É uma grande opção quem vem a São Luís e se dirigir até o município de Raposa.
  • Pinheiro. É conhecida como a Princesa da Baixada Maranhense por ser a mais bonita dessa região.Possui como atrações turísticas os campos onde ficam os búfalos. Esses campos são pântanos, por essa razão é também conhecida como a cidade do pantanal maranhense.
  • São Bento. É conhecida por seus belíssimos campos (regiões alagadas ode pode-se observar inúmeras espécies de aves), pelo seu artesanato (redes e confecções feitas a partir do babaçu),manifestações culturais nos períodos juninos, além dos Festejos Religiosos que acontecem durante o ano.
  • São João dos Patos. Tem um dos melhores carnavais do estado. Cidade festeira, destacando eventos como Exposertão em maio, Festejos de São João e São Francisco e Patos Folia em julho considerada a melhor micareta do interior. Atrativos naturais e de aventura visita ao Moro da Cruz à Estátua de São Francisco com uma bela vista para o Açude Grande, Morro do Chapéu no povoado giló deslumbrante por sua forma natural e por último uma visita nos balneários de água doce Piqui e Mandacaru com água azul cristalina com pequenas ondas e visita na Barragem Hidrelétrica de Boa Esperança, na extremidade com o município de Guadalupe, este no estado do Piauí.

[editar] Palavras e expressões populares

  • Qualhira/ Cotchó - Gay, homossexual;
  • Praga - mosquito;
  • Troíra - lagartixa;
  • Marrapá - geralmente, indica uma reclamação, insatisfação;
  • Égua ou éguas - indica surpresa ou admiração;
  • Fuleiro - pessoa ruim; produto de má qualidade;
  • Xilado - alcoólatra, bêbado;
  • Esculhambar - brigar ou chamar atenção de alguém;
  • Tarracar - brincadeira de mau gosto;
  • Piquena - menina
  • Sapatona - lésbica
  • Xiri - vagina
  • Embucetar - irritar-se, ficar com raiva
  • Bogue - dá um soco no rosto
  • Ao pegado - vizinho ao lado (Exemplo: " Ele mora ao pegado de maria")

[editar] Órgãos maranhenses

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 22 de julho 2010.
  2. Síntese dos Inidicadores Sociais 2009. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Página visitada em 22 de outubro de 2009.
  3. Ranking do IDH dos estados do Brasil em 2005. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (15 de setembro de 2008). Página visitada em 17 de setembro de 2008.
  4. População residente no Brasil em 2009: Publicação completa. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (29 de agosto de 2009). Página visitada em 28 de novembro de 2009.
  5. a b c d e [1]
  6. a b c d e f g h [2]
  7. a b [3]
  8. [4]
  9. [5]
  10. [6]
  11. GOIS, Antônio. "Maranhão é o 1º em Analfabetismo, diz IBGE", Folha de S. Paulo, 12 de julho de 2009.
  12. [7]
  13. [8] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  14. [9]
  15. [10]
  16. [11]
  17. [12]
  18. [13]

[editar] Ver também


[editar] Ligações externas

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