CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO
O calor excessivo à noite tem obrigado os paulistanos a buscar estratégias para conseguir dormir bem. Foi o que fizeram os três filhos de Maria Aparecida Santos, 42. Sem suportar o calor, eles levaram os colchões para a varanda de casa, em Pirituba (zona norte).
Pode parecer exagero, mas não foi. De sexta-feira para sábado, São Paulo registrou uma de suas temperaturas mais altas na madrugada, em relação à média histórica.
Geralmente, na hora mais fria do dia (perto das 6h), a média histórica da temperatura em janeiro é de 18,7ºC. Neste ano foi de 20,5ºC.
E naquela madrugada essa temperatura mínima chegou a 23,5ºC, o que é considerado alto para a hora. A madrugada mais quente antes dessa foi em março de 2009.
Os três filhos de Maria Aparecida têm problemas respiratórios, que, para eles, pioram com o calor. Por isso, ela saiu em uma "batalha", no último sábado, para comprar um ventilador.
Daniel Marenco/Folhapress | ||
Irmãos Matheus e André conversam na sacada da casa onde moram em Pirituba, zona oeste de São Paulo |
Depois de andar por cinco lojas diferentes das regiões norte e oeste, ao longo de quatro horas, ela não conseguiu nenhum. "Em algumas lojas, não havia disponível nem no mostruário."
O publicitário Alexandre Giesbrecht, 34, também teve problemas em encontrar um climatizador (que umidifica o ar). Ele foi em várias lojas até encontrar um.
É consenso que o calor em excesso (assim como o frio) fragmenta o sono, segundo a médica Fernanda Haddad, otorrinolaringologista do Instituto do Sono da Unifesp.
Hoje, uma frente fria na cidade reduzirá a média da temperatura da madrugada para até 19ºC, segundo a Somar Meteorologia.
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