Plantão | Publicada em 01/02/2011 às 18h45m
Reuters/Brasil OnlineZURIQUE (Reuters) - Um enfermeiro suíço de 54 anos confessou ter cometido abusos contra 114 pessoas, inclusive crianças e inválidos, durante os últimos 29 anos em instituições da Suíça e Alemanha, disse a polícia suíça na terça-feira.
O homem foi preso em abril, depois de dois internos de uma instituição relatarem a seus pais que haviam feito sexo com ele, disse a polícia do Cantão (Estado) de Berna em nota.
O homem admitiu 114 casos de abuso e 8 tentativas, segundo a polícia. A maioria das vítimas eram homens jovens, e alguns tinham graves deficiências físicas e mentais.
"Vários casos envolvem crianças, entre elas filhos de empregados das clínicas", disse a polícia. A vítima mais jovem tinha um ano de idade na época do crime, afirmaram as autoridades.
O homem trabalhou em nove instituições na Suíça e Alemanha desde 1982. Ele já havia sido investigado por suspeita de abuso sexual contra uma menina de 13 anos com grave deficiência mental, em 2003, mas o inquérito foi arquivado porque especialistas colocaram em dúvida o relato da menina.
(Reportagem de Sven Egenter)
Homem admite abuso de pessoas com doenças mentais
Um homem de 54 anos admitiu ter abusado sexualmente de mais de 100 crianças e adultos com problemas mentais em casas de repouso localizadas na Suíça e na Alemanha, durante quase três décadas. A polícia suíça descreveu o caso como sem precedentes. As agressões ocorreram em nove diferentes casas de repouso onde o homem, cuja identidade não foi revelada, trabalhou como terapeuta desde 1982, informou a polícia do Cantão (Estado) de Berna. A polícia identificou 122 das vítimas, sendo que a mais nova tinha 1 ano na data do crime. Quarenta e duas vítimas tinham mais de 18 anos.
O homem foi detido em abril de 2010 e está na cadeia desde então, mas as autoridades divulgaram detalhes do caso somente hoje para evitar que as investigações fossem prejudicadas pela imprensa, afirmou a polícia. A chefe da unidade de investigação especial da polícia de Berna, Gabriele Berger, disse, em coletiva de imprensa, que as evidências contra o homem incluem fotografias e horas de gravações. Ela afirmou que o homem selecionava suas vítimas deliberadamente e que em muitas ocasiões escolhia pessoas que não eram capazes de falar.
O caso foi descoberto em março, depois que dois internos do sexo masculino de uma casa de repouso informaram seus pais sobre o contato sexual com o terapeuta. O homem foi posteriormente detido em sua casa em Bernese Oberland, região central da Suíça. Segundo a polícia, ele tem cooperado com as investigações desde que foi preso e se descreve como pedófilo.
O homem admitiu ter abusado sexualmente de 114 pacientes com problemas mentais, alguns dos quais também apresentavam limitações físicas. Ele admitiu ainda oito tentativas de abuso, disseram as autoridades. A maioria das vítimas era do sexo masculino. A maioria dos casos ultrapassa o estatuto de limitações, informou a polícia. Pela lei suíça, o homem só pode ser processado por 33 crimes.
"Uma das questões centrais desta investigação é como tal nível de abusos pôde passar despercebido por tanto tempo", disse Berger. O homem já havia sido investigado por abusos sexuais em 2003, mas a acusação não foi adiante por conflitos de provas, disse ela, afirmando que esse caso será reaberto. As informações são da Associated Press.Sphere: Related Content
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