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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Usuário de droga é morto por PM com 12 tiros dentro de casa

Cruzeiro On Line

Bruno Nascimento Magalhães, de 29 anos, morreu na madrugada desta 5ª feira (26), dentro de seu quarto, em Belo Horizonte (MG), após seu atingido por 12 tiros disparados por um dos policiais chamados por sua família. Ele estava no quarto, na companhia de dois amigos, usando drogas. Foi morto após desferir golpes de faca contra os PMs. O rapaz chegou durante a madrugada, trancou-se no quarto de sua confortável casa, localizada no bairro de classe média Esplanada, na zona leste da capital mineira e, com os amigos, começou a consumir droga.

O pai, que não sabia mais como lidar o vício do filho em crack e cocaína, ligou para o 190 e pediu ajuda da Polícia Militar. A versão da Polícia diz que os dois PMs que atenderam ao chamado encontraram o rapaz muito agressivo, armado com uma faca. Para tentar detê-lo, um deles disparou dois tiros de borracha. Bruno teria, então, reagido, atacando o policial na perna. O soldado Andrade, de 28 anos, teria sido atingido por duas facadas antes de atirar contra o rapaz.

Bruno chegou a ser socorrido, mas morreu antes de chegar ao hospital. O caso chocou parentes e vizinhos da família. "Foi um fuzilamento", condenou o primo Thiago Nascimento. "Ele foi tratado como um criminoso, coisa que ele nunca foi." Ele já havia sido internado seis vezes em clínicas de tratamento para dependência química. Além do problema com drogas, o rapaz era esquizofrênico.

ENTERRO

Apesar das confusões de Bruno com a família por conta do vício desagradarem a vizinhança, o clima era de indignação durante o enterro do rapaz, hoje à tarde, no Cemitério Bonfim. Os pais não quiseram dar entrevistas. O soldado Andrade, autor dos disparos, foi levado para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, mas teve alta hoje mesmo. Ele ficará afastado das suas funções até o fim das investigações O policial deverá passar também por avaliação psicológica. Os dois amigos de Bruno que estavam com ele na residência no momento dos disparos estão presos e também serão ouvidos na investigação do caso. (Ivana Moreira - AE)



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