A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje uma resolução censurando o Irã por seu programa nuclear. O Brasil se absteve de votar. Nesta semana, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, veio ao País. Durante a visita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito de Teerã de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos.
Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia, China e Estados Unidos impulsionaram a nova resolução contra o Irã na AIEA em razão das atividades nucleares do país persa. O documento pede a paralisação das obras de uma planta de enriquecimento de urânio, mantida em segredo até recentemente.
Do grupo de 35 países da atual Junta de Governadores da AIEA, 25 concordaram com a resolução, segundo diplomatas. Três países votaram contra o texto: Venezuela, Malásia e Cuba. Além do Brasil, abstiveram-se Afeganistão, Egito, Paquistão, África do Sul e Turquia. Apenas um país, o Azerbaijão, não estava representado.
É a primeira vez desde fevereiro de 2006 que a AIEA aprova uma resolução contra o Irã. Países como EUA e Israel temem que Teerã tenha um programa secreto para produzir armas nucleares. O governo iraniano nega e diz ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia. O Irã já foi alvo de três rodadas de sanções no Conselho de Segurança (CS) da ONU por se recusar a interromper seu programa nuclear. As informações são da Dow Jones.
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