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GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), defendeu nesta quarta (6) que a maconha receba um tratamento mais tolerante do que outras drogas.
A defesa da "regulação" --que deveria ser precedida de estudos científicos, segundo ele-- foi feita durante palestra a estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Ex-ministro da Justiça no governo Lula, o petista, no entanto, apresentou objeções à legalização do comércio porque o dinheiro gerado com a venda da droga é a fonte de poder do tráfico.
Tarso comparou a maconha com outras drogas e a malefícios do cigarro. "As pessoas terem tolerância com a cannabis sativa [nome científico da maconha] é diferente da heroína. Muitos especialistas dizem que a maconha faz menos mal que o cigarro. Eu nunca vi alguém matar por ter fumado um cigarro de maconha", disse.
Ao falar de sua experiência pessoal, Tarso, 64, negou ter fumado maconha na juventude. Não por falta de vontade, ressalvou ele, mas porque vivia como clandestino durante a ditadura militar (1964-1985).
"Na minha época, a gente não fumava maconha não por não ter vontade, mas porque as condições de segurança em que a gente vivia na clandestinidade", afirmou. E completou: "Mas dizem que é muito saboroso".
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