Protestos são realizados em 20 Estados; em São Paulo, ato foi realizado na Avenida Paulista
SÃO PAULO - As centrais sindicais iniciaram nesta terça-feira, 18, manifestações em todo o País para reivindicar um reajuste do salário mínimo para R$ 580 e uma correção de 6,47% da tabela do Imposto de Renda (IR). O movimento foi decidido na semana passada, após a primeira reunião conjunta das seis principais centrais sindicais neste ano.
Centrais protestam no vão livre do MASP, em São Paulo. Foto: Marcio Fernandes/AE
Caso a presidente Dilma Rousseff não respondesse até a última sexta-feira ao pedido urgente de audiência feito pelos sindicalistas, as centrais realizariam as manifestações em, pelo menos, 20 Estados. Em São Paulo, o ato foi realizado nesta amanhã, na Avenida Paulista, na capital.
Em discurso no local, o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação (Sindpd), Antonio Neto, disse que a pressão será cada vez maior para assegurar o aumento do salário mínimo. "Nós sabemos que a decisão de conceder um aumento maior é política. Por isso, ao mesmo tempo em que pressionamos nas ruas, vamos fazer os movimentos de articulação no Congresso e junto ao governo para obtermos os R$ 580", afirmou Neto.
No início de janeiro, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, protocolou emenda parlamentar que eleva o mínimo para R$ 580. O governo federal elevou o valor do vencimento de R$ 510 para R$ 540 a partir de 1º de janeiro, com correção de 5,88%, e, na última sexta-feira, o valor subiu para R$ 545, a partir de 1º de fevereiro. A estratégia das centrais sindicais é abrir negociação tanto com o Palácio do Planalto como com o Congresso para tentar a aprovação de um valor maior e evitar um veto do Executivo.
Além de passeatas, as entidades pretendem ingressar na Justiça caso o governo federal não corrija a tabela do IR em 2011.
(com Gustavo Uribe, da Agência Estado)
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